Edmundo Pedro , histórico militante do PS fez hoje 90 anos. Ao " O Público" afirmou:
"a base do PCP é gente que não pensa, não critica, não observa e está fanatizada".
...e sobre o funeral de Álvaro Cunhal, o delírio aumenta:
"Ele (Álvaro Cunhal) fez o testamento para o seu funeral. Queria que fossem todos os camaradas e mais ninguém. Ao dizer isso, apelou, implicitamente, a uma mobilização geral. Foi uma coisa fabulosa preparada por ele."
Pois claro. Mas uma linda história, é esta história sobre electrónica contada na primeira pessoa:
" (...)quando a democracia seguia o seu rumo, e Edmundo Pedro era presidente da RTP, deputado com mandato suspenso e membro do Secretariado do PS, foi preso no armazém de uma empresa de componentes de electrónica em Almada, propriedade de uma firma de sua mulher. Fora procurado pelas autoridades em Lisboa. Quando percebeu o que se passava, dirigiu-se ao armazém para entregar as armas e assumir a verdade. Foi preso em flagrante delito e ficou detido seis meses até se esclarecer a situação. Para os jornais, a história que passou foi a de que tinha sido apanhado também por contrabando de electrodomésticos. E conclui: "As armas acabaram por não ser necessárias. Mas o que complicou a minha situação foi que o Eanes encobriu"."Na altura ninguém assumiu a proveniência das armas por razões políticas", afirma, explicando: "O Vasco Lourenço é que foi o responsável operacional do 25 de Novembro, não foi o Eanes. O Eanes agiu sob a direcção do Vasco Lourenço. (...) Havia essa tensão [entre eles]. E o Eanes não contou ao Vasco Lourenço sobre as armas. O Vasco Lourenço já me disse que se tivesse sabido antes eu não ficava preso nem um dia".Foi julgado e libertado, mas sem que ninguém assumisse responsabilidades. "No julgamento, disse que tudo tinha sido da minha responsabilidade e não envolvi ninguém. Disse que o PS não tinha nada a ver com isso. Embora o teor do comunicado do PS tenha sido uma vergonha. Mas eu compreendo a atrapalhação - eu tinha aquela responsabilidade toda, o escândalo foi enorme. Mário Soares já confessou que isto tinha desorientado a direcção do partido."Em tom de mágoa, diz: "Era fácil defender-me, o partido podia fazê-lo sem se comprometer". Sobre a fama que se lhe colou como uma segunda pele (o contrabando de electrodomésticos), diz: "Isso era um absurdo. Era uma empresa de electrónica pura, com uma oficina muito competente".
"a base do PCP é gente que não pensa, não critica, não observa e está fanatizada".
...e sobre o funeral de Álvaro Cunhal, o delírio aumenta:
"Ele (Álvaro Cunhal) fez o testamento para o seu funeral. Queria que fossem todos os camaradas e mais ninguém. Ao dizer isso, apelou, implicitamente, a uma mobilização geral. Foi uma coisa fabulosa preparada por ele."
Pois claro. Mas uma linda história, é esta história sobre electrónica contada na primeira pessoa:
" (...)quando a democracia seguia o seu rumo, e Edmundo Pedro era presidente da RTP, deputado com mandato suspenso e membro do Secretariado do PS, foi preso no armazém de uma empresa de componentes de electrónica em Almada, propriedade de uma firma de sua mulher. Fora procurado pelas autoridades em Lisboa. Quando percebeu o que se passava, dirigiu-se ao armazém para entregar as armas e assumir a verdade. Foi preso em flagrante delito e ficou detido seis meses até se esclarecer a situação. Para os jornais, a história que passou foi a de que tinha sido apanhado também por contrabando de electrodomésticos. E conclui: "As armas acabaram por não ser necessárias. Mas o que complicou a minha situação foi que o Eanes encobriu"."Na altura ninguém assumiu a proveniência das armas por razões políticas", afirma, explicando: "O Vasco Lourenço é que foi o responsável operacional do 25 de Novembro, não foi o Eanes. O Eanes agiu sob a direcção do Vasco Lourenço. (...) Havia essa tensão [entre eles]. E o Eanes não contou ao Vasco Lourenço sobre as armas. O Vasco Lourenço já me disse que se tivesse sabido antes eu não ficava preso nem um dia".Foi julgado e libertado, mas sem que ninguém assumisse responsabilidades. "No julgamento, disse que tudo tinha sido da minha responsabilidade e não envolvi ninguém. Disse que o PS não tinha nada a ver com isso. Embora o teor do comunicado do PS tenha sido uma vergonha. Mas eu compreendo a atrapalhação - eu tinha aquela responsabilidade toda, o escândalo foi enorme. Mário Soares já confessou que isto tinha desorientado a direcção do partido."Em tom de mágoa, diz: "Era fácil defender-me, o partido podia fazê-lo sem se comprometer". Sobre a fama que se lhe colou como uma segunda pele (o contrabando de electrodomésticos), diz: "Isso era um absurdo. Era uma empresa de electrónica pura, com uma oficina muito competente".
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