CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

30.1.08

Vítor Dias dixit

Publicada por zemanel |


"Talvez ninguém mais escreva isto na imprensa e na blogosfera, mas eu não tenho medo de escrever que o que faz pena é o percurso político e de ideias porque enveredou um digno antifascista de antes do 25 de Abril e um homem que, depois de Abril, durante muitos anos foi um firme defensor do Serviço Nacional de Saúde numa perspectiva de esquerda. O dr. António Correia de Campos que agora é remodelado é o Correia de Campos dos últimos 12 anos, mais coisa menos coisa, não é o Correia de Campos de 1978 ou mesmo de 1988."
Vítor Dias, in O TEMPO DAS CEREJAS

...Esta é uma reflexão importante que Vítor Dias, consciente ou inconscientemente, propõe. Uma reflexão que nos leva para lá de Correia de Campos.
O que leva alguns, que a par da cumplicidade ideológica são também homens e mulheres competentes, sério(a)s e digno(a)s abraçarem projectos de poder que estão nos antípodas de tudo aquilo que defenderam e fizeram? Como se a Vida vivida fosse uma coisa que deitássemos para trás das costas - esquecendo os projectos, os amigos, os companheitros, os combates.
Estranho fenómeno este, que já vem dos Cristâos Novos.
Que fogueiras há por aí a arder? convertendo... convertendo...

30.1.08

A remodelação continua

Publicada por zemanel |

Ou muito me engano ou a esta hora, há telemóveis em Torres Novas à espera da tal chamadinha para uma secretaria de estado.


29.1.08

O novo ministro da cultura

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O novo Ministro da Cultura é administrador da Fundação Berardo. A tal fundação que tem uma colecção em exposta no CCB numa relação (€€€€€) muito estreita com o Ministério da Cultura .
Nada a dizer. Tudo perfeitamente normal.
Ah e consta que é advogado dos Gatos Fedorentos.
Normal, tudo perfeitamente normal.
É Portugal.

29.1.08

A remodelação na Saúde para Torres Novas

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Ou muito me engano ou esta remodelação traz a António Rodrigues, Presidente da Câmara de Torres Novas, uma bela alhada...
O presidente da Câmara afirmava alto e bom som que tinha um acordo pessoal com Correia de Campos em relação à desqualificação das urgências em Torres Novas e Tomar.
Entretanto o Protocolo com o Ministério que salvaguardava a qualificação das urgências no Hospital de Torres Novas ficou por assinar - estando pronto desde meados de 2007...
Se a nova ministra empreender a reforma preconizada pelo grupo de estudo das urgências do Ministério torna-se inevitável a desclassificação das urgências de Torres Novas e Tomar.
Tal como o PCP e a CDU de Torres Novas temiam e afirmaram-no ainda no final da semana passada.
Os piores receios podem agora acontecer.
E que António Rodrigues não venha a lavar as mãos como Pilatos. Foi avisado dos perigos. Se acontecer alguma coisa, agora, que desqualifique as urgências do Hospital de Torres Novas deverá assumir as suas responsabilidades políticas neste assunto.

29.1.08

A Remodelação

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Sócrates remodelou o governo.
Mas mudar as pessoas significa mudar de política?
É essa a questão que se impõe.
Para já, Ana Jorge, a indigitada futura ministra da saúde tem uma afirmação fabulosa:
"Acredito na reforma em curso e no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
Pode repetir outra vez?
É que a reforma em curso visa precisamente destruir o SNS!!!
(começa bem a senhora doutora...)

28.1.08

Esta sim. Porreiro, pá! Viva Mafamude!

Publicada por zemanel |

27.1.08

Gestão da fraude

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O telejornal da TVI acaba de noticiar que vai abrir no Porto um Curso de Gestão da Fraude.
Acho bem.
Sobretudo se tivermos em conta a dimensão da dita, só faltava ser gerida.
Acho mesmo muito bem.

27.1.08

Morreu.

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Este é o Homem que a Democracia Americana sempre apoiou.
A lança americana na Ásia.
Na chacina dos 500.000 comunistas.
Na invasão de Timor Leste.
Chamava-se Suharto.

27.1.08

Andando pela Internet (2)

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GRUDAL- Grupo de Defesa do Almonda. Conhecem?

27.1.08

Andando pela Internet (1)

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Está disponível desde esta semana o arquivo histórico de Maria de Lurdes Pintasilgo. Uma consulta rápida ao espólio permitiu-me descobrir uma entrevista ao jornal O RIACHENSE ( em 1980) na sequência de uma visita de Pintasilgo ao concelho de Torres Novas. Esta entrevista surgiu na visita a Riachos, à cooperativa de habitação SOPOVO.
Disponível para consulta no link:
Uma busca mais atenta ao arquivo poderá revelar mais algumas curiosidades. Nomeadamente em relação às Presidenciais de 1986.
Entretanto convidam-se os leitores deste blog a avivarem a memória dessas Presidenciais e a enviarem-nos pequenas histórias, quem eram os mandatários concelhios dos candidatos, quem pintou o grafiti mais bem disposto da história política torrejana: "Zenha tem medo dos trovões" e o que é que isso queria dizer, etc, etc...
Notas:
1. Alguém pode-me tirar por exemplo a dúvida em ralação ao mandatário local de Salgado Zenha: foi Eduardo Bento ou Gulherme S. Pinto?

27.1.08

Vídeo MIRANTE TV no Centro de Saúde Torres Novas

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26.1.08

Um tesourinho deprimente na Saúde do País Real

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Pois e agora o que é que faço?



NÃO NOS BASTAVA TEREM TIRADO O MÉDICO DE FAMÍLIA…
AGORA QUEREM DESCLASSIFICAR
AS URGÊNCIAS DO HOSPITAL DE TORRES NOVAS!
- A política do Governo PS de José Sócrates tem destruído o Serviço Nacional de Saúde: Encerram Hospitais, Centros de Saúde, Serviços de Atendimento Permanente sem criar alternativas, aumentam as taxas moderadoras entre outras medidas.
- Também o concelho de Torres Novas tem sofrido com esta política.
- As extensões de Saúde de Meia Via, Pedrógão e Ribeira já encerraram sobrecarregando ainda mais o Centro de Saúde de Torres Novas, onde já muitos utentes não têm médico de família.
- Para agravar esta situação, nos próximos dias as urgências do Hospital de Torres Novas poderão ser desclassificadas com o consequente agravamento da qualidade da prestação de serviços que serão reduzidos ao mínimo.
-É uma ameaça real sobre o nosso Hospital e cuja concretização depende apenas da aprovação por parte do Sr. Ministro do parecer da Comissão Técnica do Ministério da Saúde.
- O PS de Torres Novas que governa a Câmara tem tido um silêncio cúmplice na degradação das condições de prestação de cuidados de Saúde no nosso concelho.
- O Sr. Presidente da Câmara afirma repetidamente que tem uma grande consideração pelos idosos de Torres Novas – mas nunca se lhe ouviu publicamente uma única palavra de indignação com o facto de muitos idosos terem que se deslocar ao Centro de Saúde a partir das 5 horas da manhã para conseguirem ser consultados por um médico.
- Também em relação às urgências do Hospital, o Sr. Presidente da Câmara tem afirmado que tem um acordo com o Sr. Ministro e que nada sucederá. No entanto, estranhamente, esse acordo nunca foi exibido publicamente. Será que existe?
- É possível evitar a desclassificação injusta das urgências do Hospital!
- A Comissão Concelhia do PCP de Torres Novas alerta os torrejanos para a necessidade de defenderem e lutarem pelo Serviço de Urgências do Hospital.
- Os torrejanos podem contar, como sempre contaram, com o apoio do PCP.

Janeiro de 2008,
A Comissão Concelhia de Torres Novas do PCP

Foto: Canhotices
(Vaz teixeira, Ramiro Silva, Manuel Ligeiro e Carlos Tomé)
A SAÚDE NO CONCELHO DE TORRES NOVAS
- VAI DE MAL A PIOR! -


OS CUIDADOS DE SAÚDE URGENTES NO CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO – REDE DE URGÊNCIAS
A CDU – Coligação Democrática Unitária, convocou esta conferência de imprensa com o objectivo de alertar a população do Médio Tejo para o facto de o Ministro da Saúde se preparar para aprovar a rede das urgências com a desqualificação das Urgências dos Hospitais de Torres Novas e Tomar.
A CDU relembra que a Comissão Técnica nomeada pelo Ministro da Saúde propôs que as Urgências de Torres Novas e Tomar fossem desclassificadas para SUB (Serviço de Urgência Básica), proposta que foi liminarmente rejeitada, de imediato pela CDU, e, mais tarde pelas Câmaras e Assembleias Municipais e outras instituições sociais da área abrangida pela Centro Hospitalar!
Em alternativa, a proposta da CDU, de atribuir ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, a classificação de “Serviço de Urgência Médico Cirúrgica”, obteve um larguíssimo consenso na população, nas Autarquias e nas instituições sociais do Médio Tejo.
A proposta foi aprovada na Assembleia Municipal de Torres Novas, na Câmara Municipal por unanimidade e enviada ao Ministro da Saúde.
“A Proposta da CDU dizia:
Assim, propõe-se que ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, seja atribuída a classificação de “Serviço de Urgência Médico Cirúrgica”, devendo, o Conselho de Administração, como a lei lhe confere, organizar as urgências de acordo com as valências existentes nas três unidades e nos termos do nº. 5 do despacho de Sua Exª. o Ministro da Saúde já referido e tendo em conta, nomeadamente:
§ A capacidade instalada e disponível (Instalações e equipamentos) em cada um dos hospitais que integram o Centro potenciando a sua rendibilidade;
§ A forma como as valências estão distribuídas aproveitando os efeitos positivos da concentração de meios;
§ As condições existentes e perspectivadas para o apoio da telemedicina;
§ A estratégia definida para melhorar os sistemas de acessibilidade inter-hospitalar;
§ O tipo e localização das necessidades a satisfazer em cuidados urgentes e emergentes;
§ A satisfação das ditas “urgências falsas” mas que têm que ser “resolvidas” no Serviço de Urgência Hospitalar por ausência de alternativas fora dos hospitais;
§ Localização de outros pontos da Rede de urgência fora do Centro Hospitalar;”

É esta proposta que o Sr Ministro da Saúde se prepara para rejeitar, ( a fazer fé na palavra do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, tal seria aceite e assinada em protocolo) e manter a inaceitável desclassificação das urgências de Torres Novas e Tomar, pois já informou a Comunicação Social que estas duas urgências já estavam a funcionar como SUB o que, de facto, não se verifica!
A CDU, chama a atenção para as graves consequências da desclassificação dos actuais serviços de urgência, classificando-os como SUB, já que os Cuidados Urgentes reduzir-se-ão em quantidade e em qualidade e dado que a Urgência Centrada em Abrantes irá precisar de mais médicos, os internamentos e os cuidados e as técnicas altamente diferenciadas em Torres Novas e Tomar poderão estar também em risco!

A CDU, reafirma a sua posição de que ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, deve ser atribuída a classificação de “Serviço de Urgência Médico Cirúrgica” como Instituição Única que é formalmente!
A CDU continuará a desenvolver todos os esforços para evitar que o Ministro da Saúde desclassifique estes dois serviços de urgência. E, neste âmbito, irá solicitar a todos os eleitos na Assembleia Municipal que subscrevam um pedido de Assembleia Extraordinária para análise deste grave problema (e também o da falta de médicos no Centro de Saúde) já que a Mesa da Assembleia não a quis convocar!
Ainda é possível evitar esta má decisão!

NÃO HÁ MÉDICOS NAS EXTENSÕES!
NÃO HÁ CONSULTAS NO CENTRO DE SAÚDE!
QUEREM REDUZIR AS URGÊNCIAS!
OS DOENTES VÃO A ONDE?

Torres Novas, 25.01.2008
A Coordenadora da CDU

25.1.08

Algumas imagens da Vigília (fotos CANHOTICES)

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25.1.08

Última hora Canhotices

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"Dezenas de pessoas estão nesta altura em vigília de protesto contra a falta de médicos de família, em torres novas. A população exige mais médicos na zona, que abrange 3 freguesias e cerca de 4000 pessoas.
Os habitantes de torres novas criticam ainda a falta de acesso aos cuidados de saúde primários bem como o aumento das taxas moderadoras. Esta é uma situação que se arrasta há 2 anos e o objectivo desta concentração é exigir ao governo uma solução para os habitantes do médio Tejo.
A vigília decorre em frente ao centro de saúde de torres novas e vai prolongar-se até à meia-noite."

in TVI

24.1.08

Utentes da Saúde do Médio Tejo promovem Vigília

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25 de Janeiro a partir das 19 horas, frente ao Centro de Saúde de Torres Novas

A CDU - Torres Novas vai apresentar amanhã, 6ª feira, 25 de Janeiro às 17.30 horas no Centro de Trabalho do PCP, a sua posição sobre a requalificação das urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

23.1.08

Os acordos com "este" Ministro da Saúde

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A Assembleia Municipal reuniu extraordinariamente esta semana com relevantíssimo ponto único de eleger a nova mesa da Assembleia. Coisa que qualquer leigo sabe podiaser feito, perfeitamente numa sessão ordinária da Assembleia. Entretanto o pedido feito pela CDU para a realização de uma assembleia extraordinária sobre o Centro Hospitalar do Médio Tejo recebeu uma resposta incrível:
Nada!!!!
Podia ter sido agendado esse ponto para esta assembleia que se realizou? Pois podia. Mas parece que a maioria parece ter pouca vontade em discutir publicamente este assunto.
Isto enquanto o Sr. Presidente da Câmara afirma ao "O Almonda" para os torrejanos estarem descansados porque tem um compromisso pessoal com "este" ministro da Saúde. Sabendo-se que os ministros mudam, que os presidentes de Câmara mudam não se está a correr o risco elevadíssimo das valências do Hospital de Torres Novas mudarem também, numa "leva" dessas?
Não seria minimamente prudencial que o sr Presidente da Câmara assinasse um protocolo com o Ministério da Saúde? Porque é que não se vê um simples papel assinado entre duas Instituições (Ministério e Câmara) com um COMPROMISSO PÚBLICO DO CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO?
Se o sr Ministro sair e o Centro Hospitalar do Médio Tejo tiver alterações que agora se desmente, o sr. Presidente da Câmara não poderá lavar as mãos como Pilatos.
Nesse dia, senhor Presidente, a responsabilidade política passará a ser também sua. Esperamos sinceramente, que não seja cúmplice - nem que seja por omissão - se os rumores que correm sobre o CENTRO HOSPITALAR se vierem a confirmar.
Pela nossa Saúde!

Santarém é Capital da Liberdade. Mas a Liberdade é muito mais que um slogan panfletário para enfeitar. É um direito que exercemos! E exerceremos SEMPRE!
Posição da DORSA sobre a recusa da Câmara Municipal de Santarém em ceder o Teatro Sá da Bandeira ao PCP
A verdade é aquela que o Sr. Presidente Moita Flores e a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Santarém conhecem, mas decidiram esconder:
- O PCP contactou a Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Santarém para conhecer a disponibilidade do Teatro Sá da Bandeira para a realização de uma Festa-Comício;
- O PCP, após a Divisão de Cultura ter informado que aquele espaço estava disponível para 20 de Janeiro, formalizou o pedido, via fax, com data de 6 de Dezembro de 2007;
- O PCP, após vários dias sem receber qualquer resposta, contactou por telefone a Divisão de Cultura. Nessa altura fomos informados que o pedido tinha seguido para o Gabinete do Sr. Presidente, para despacho;
- Dada a urgência em obter a confirmação da cedência, o PCP, através de um eleito da CDU na Assembleia Municipal, contactou telefonicamente o Sr. Presidente Moita Flores no sentido de o sensibilizar para a necessidade de uma resposta com brevidade. Nesse contacto foi solicitado ao PCP que reformulasse o conteúdo do ofício e o fizesse chegar ao seu gabinete até ás 12 horas do dia seguinte, para que o Sr. Presidente despachasse de imediato, uma vez que se iria ausentar para férias;
- O PCP seguiu esta indicação, e enviou por fax, um novo ofício, ás 11h e 28m do dia 19 de Dezembro de 2007.
- Mais tarde, o PCP contactou o gabinete do Sr. Presidente por diversas vezes, até que fomos informados que o fax tinha sido remetido para a Divisão de Cultura;
- A 21 de Dezembro de 2007, o PCP contactou por telefone a Divisão de Cultura que nos informou que o Sr. Presidente teria respondido negativamente ao nosso pedido e que sugeria a realização da iniciativa na Casa do Brasil (sala com capacidade para cerca de 50 pessoas!);
- Na mesma altura, PCP solicitou de imediato à Divisão de Cultura que enviasse o teor do despacho por escrito (ou cópia por fax), o que até hoje não foi feito;
- A 16 de Janeiro de 2007, entrou na Câmara Municipal de Santarém uma carta enviada pelo PCP, relatando os factos (entre os quais o envio do novo pedido ao cuidado do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém conforme as indicações que nos dera), e de novo pedindo o teor do despacho e a sua fundamentação, desta vez ao abrigo do Estatuto do Direito de Oposição.É assim verdade:- Que o Teatro Sá da Bandeira não foi cedido ao PCP;
- Que o PCP continua sem conhecer o teor e a fundamentação (deliberação camarária ou de qualquer sua dependência) do despacho negativo, pois nem a Divisão de Cultura, nem a Câmara Municipal responderam às nossas solicitações.Para o PCP, os factos falam por si:
- A recusa em ceder o Teatro Sá da Bandeira ao PCP, quando nesse espaço se realizou a Convenção Autárquica do PS e mais recentemente a Festa de Natal da JSD, visa discriminar o PCP e a sua iniciativa política e é feita com base num critério aparentemente sem sustentação em qualquer deliberação camarária, do qual temos o direito de discordar.
- A deliberada ausência de resposta às nossas solicitações, bem como a sugestão para a utilização de um espaço (Casa do Brasil) que comprovadamente não tinha dimensão para a realização de uma festa-comício, demonstra a profunda falta de respeito e a desconsideração pelo PCP, que move a decisão do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém.Os factos mostram também o quanto são despropositadas as declarações do Sr. Presidente Moita Flores, em que, de forma desabrida e utilizando um estilo pimba e eticamente inaceitável para um cidadão com tão elevadas responsabilidades, acusa o Secretário-Geral do PCP de vir “mentir” a Santarém.Mas, para o PCP, o essencial deste episódio é que ele demonstra que, com Moita Flores e o PSD na Câmara, e seguindo uma perigosa tendência nacional, são as próprias instituições do Estado de direito democrático que impedem a utilização de espaços públicos para a iniciativa dos partidos políticos, característica fundamental da democracia. E que, mais uma vez, é o PCP atacado e afectado de forma particular. É mais uma prova dos reais objectivos de toda a ideologia anti-partidos, das leis dos partidos, das alterações tentadas às leis eleitorais: diminuir a capacidade de resistência e de organização dos que lutam por uma nova política, e perpetuar no poder os representantes chave desta política de direita anti democrática, anti popular e anti patriótica.Nesta luta que continua e se intensifica, estamos do lado dos que desejam uma mudança profunda na sociedade portuguesa, que lhes devolva os direitos e a democracia a que têm direito. E é isso, certamente, que os enfurece.
Santarém, 22 de Janeiro de 2008
O Secretariado da DORSA do PCP

23.1.08

O inefável sr. Flores

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O inefável senhor Flores não gostou que tivessem dito o que dele verdadeiramente disseram e vai daí, chamou mentiroso a um Homem sério e digno.
Mas falta-lhe estatuto para beliscar a sua honorabilidade.
O que é que se há-de fazer...
Diz que não viu cartas, faxes e eu até acredito. Provavelmente é mais fácil vê-lo na televisão a falar dos Ingleses e da sua menina do que no lugar onde recebe o ordenadinho.
Mas parece que sempre houve um fax, senhor Flores. Por isso a reacção do sr Flores foi "feinha".
Como se não lhe bastassem os tiques de cacique disfarçado de eterno democrata.
O senhor Flores a fazer política até pode parecer um anjinho. Mas os Anjos também têm quedas - como no romance de Camilo sobre um tal de Calisto Elói...

23.1.08

Quem pôs Portugal no Euro?

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Perante esta pergunta responderão daí:
-António Guterres?
-Sousa Franco?

A resposta a esta pergunta é outra e surpreendente:
O militante comunista SÉRGIO RIBEIRO, em 1998, quando era Eurodeputado.
Esta é uma história pitoresca, que foi recordada ontem na RTP Memória.
Ao dar a retrospectiva do dia relativa a 2008, a RTP MEMÓRIA recuperou uma reportagem de Carlos Fino em que este dava conta do protesto do então eurodeputado, que ao verificar o projecto artístico das moedas de Euro que iriam entrar em circulação, vislumbrou com olho clínico que o mapa de Portugal desaparecera da face da moeda, embora nela constassem países mais pequenos como o Luxemburgo.
Foi perante o justo protesto de SÉRGIO RIBEIRO que o mapa de Portugal lá entrou nas moedas do Euro que circulam a grande velocidade nos nossos bolsos.
Há ironias assim:
Portugal entrou no Euro pelos olhos de Sérgio Ribeiro - que no entanto, está completamente absolvido das reais consequências que esta União Económica e Monetária trouxe a Portugal.
Entretanto os olhos do SÉRGIO RIBEIRO continuam vivos e bem vivos sobre a realidade e, para quem tiver dúvidas disso vão ao blog ANÓNIMO DO SÉCULO XXI - com link à direita neste blog!!!

22.1.08

QUER FRÔ?

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Cuidadinho: quando ouvirem esta perigosa combinação de palavras pode estar uma bomba para detonar.
Quem as costuma proferir são individuos de tez morena disfarçados com rosas vermelhas na mão.
Tenham a tenção aos sinais!Fixem estas palavras:


Quer Frô?

22.1.08

Agarrem-me senão...

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A Central de Informações do governo descobriu a pólvora: O Atentado Terrorista!
Nada melhor para desviar as atenções da crise do pouco que resta do Serviço Nacional de Saúde, do Desemprego, da crise bolsista e respectivas correcções sobre o Crescimento Económico.
Desde Domingo que tem sido assim. Usando a táctica do medo o Governo inventou um ataque terrosrista!
E digo Inventou porque os ataques terroristas a sério não trazem aviso prévio! Se realmente houvesse uma ameaça séria o "gabinete de segurança" não reuniria com o aparato mediático com que o fizeram.
Hoje apareceu uma "bomba" no Metro de Lisboa - uma mochila com um lenço árabe em volta. Só faltava o rótulo de BOMBA na mochila. Claro que não era nada...
Não tentem distrair os portugueses e não brinquem com o fogo.
Portugal não é um alvo para atentados terroristas- a nossa visibilidade mundial para essas coisas é quase nula (excepto em ocasiões como o Euro 2004, a Presidência Portuguesa da UE,etc..).
Entretanto o governo está a lançar um perigoso anátema racista sobre a comunidade paquistanesa.
O que vão inventar a seguir? Ganhem juízo...

20.1.08

"somos muitos, muitos, muitos para continuar Abril"

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Jerónimo de Sousa, que teve no auditório do Instituto Português da Juventude uma sala pequena para as centenas de pessoas do distrito que quiseram assistir ao comício, trouxe a Santarém um discurso de "inquietação e confiança".

Inquietação com as políticas que têm vindo a ser adoptadas pelo Governo nos mais diversos sectores e de confiança de que, "com luta, é possível outra política e um rumo diferente" para o país, disse.

Jerónimo de Sousa prometeu para 01 de Março, dia para o qual o PCP convocou uma marcha em defesa da liberdade de organização partidária, que culminará junto ao Tribunal Constitucional, a presença de milhares de militantes.

"Vamos com os nossos cartões no ar para mostrar que somos muitos, muitos mais, que 5.000", disse, levando os que estavam na sala repleta a gritar

"somos muitos, muitos, muitos para continuar Abril".

In LUSA

20.1.08

Até já, fomos ter com o Jerónimo a Santarém

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JERÓNIMO SOUSA HOJE À TARDE EM SANTARÉM. FESTA-COMÍCIO A PARTIR DAS 15.30!

15.1.08

"Mãe: já cheguei a Vice Presidente!"

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15.1.08

Palminhas, mãos no ar 2

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À atenção dos senhores capitalistas do BCP:

Na Assembleia Geral, ao votarem, quando levantarem os bracinhos...TENHAM CUIDADO COM A CARTEIRA!!!

15.1.08

Palminhas, mãos no ar 1

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Da assembleia geral do BCP, depois do chumbo da proposta "Cadilhista" de voto secreto, só há uma coisa a dizer:
Afinal o voto de braço no ar é democrático - excepto no PCP, claro.

15.1.08

Quem fez o quê

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O debate que abaixo se reproduz foi produzido por duas eminências que decidiram discutir "práticas" que eles conhecem bem e que supostamente se fazem no PCP - de onde já saíram. Considerando o facto deste militante que aqui escreve ser militante do referido partido, facto que ocorreu já depois destas eminências terem saído e, nunca tendo constatado que essas práticas existam presentemente, facilmente se pode concluir que tais práticas a terem existido e a serem do conhecimento destas eminências, é grande a probabilidade de eles próprios as terem executado.
Ou seja, do que o PCP se livrou!...
Um obrigado ao CANTIGUIERO, de onde este vídeo foi surripiado...


13.1.08

A notícia n' O PÚBLICO

Publicada por zemanel |

Estamos alerta!
Há um ano a Comissão Técnica das urgências desqualificava as urgências dos Hospitais de Tomar e Torres Novas para SUB - serviço urgência básica.
Tal medida era ilógica visto que o CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO funciona como um organismo único tripartido entre as unidades de Tomar, Torres Novas e Abrantes.
Perante a contestação que então nasceu há um ano, ANTÓNIO RODRIGUES (Presidente C. M. Torres Novas e líder distrital do PS) comprometeu-se pessoalmente e afirmou que tinha a palavra do ministro da saúde em "como tudo ficava na mesma".
Entretanto nunca houve um papel escrito!
Acontece que na Terça feira passada o DN revelava que segundo o Ministério da Saúde "Barcelos, Amarante, Lamego, Águeda, Alcobaça, Torres Novas, Tomar, Elvas, Lagos são os hospitais que já estão a funcionar como SUB."
Hoje, Domingo, no Público está escrito que "formalmente, já há SUB nos hospitais de Alcobaça, Torres Novas e Tomar".

Quem nos anda a enganar???
Como é ?
Temos que sair para a rua como em Anadia?
Entretanto a CDU de Torres Novas já solicitou uma Assembleia Municipal Extrordinária para debater esta questão!

13.1.08

OUVI BEM?

Publicada por zemanel |

Deu nas notícias ao almoço num dos canais de televisão:
Francisco Louçã terá dito que a Luta contra a Alta Tensão vai ser o... "grande movimento social do...século XXI!!!!"

Se eu ouvi bem, é por estas e por outras, que alguns militantes do Bloco ainda não perceberam a importância do PCP na sociedade portuguesa.


Andam para aí a dizer que Chavez está metido com a top model Naomi.
Eu por mim, acho bem.
O socialismo do século XXI tem que ser uma ideologia BOA!

13.1.08

Canal Caveira

Publicada por zemanel |

Santana Lopes já avisou há alguns anos atrás: É no Canal Caveira, no cozido, que se compram os árbitros.
Deve ser por isso que a prisão de Pinheiro da Cruz vai até esse mítico lugar.
Ou então os presos vão ter que gramar com o cozidinho todos os dias. Ou com mão de vaca com grão, vá.

13.1.08

Um problema de expressão?

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Os Clã, grupo musical do nosso país, fizeram em tempos uma canção chamada "problema de expressão". Provavelmente à conta disso, alguns políticos da nossa praça, curiosamente todos eles "socialistas" têm referido que este governo tem tido alguns problemas de comunicação. o último a fazê-lo foi Jorge Sampaio.
Oh senhores inteligentes:
A gente já percebeu, já! ...A gente não concorda é com este "socialismo"...
(Já agora escusavam de nos tratar por tótós - esses estão pelas direcções gerais, administrações de empresas, secretarias de estado, ministérios...)

13.1.08

ZLASAE: ZONA LIVRE DA ASAE

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Depois de saber da notícia que agentes da ASAE andam a fazer treinos paramilitares decidi, como medida preventiva de segurança nomear a minha casa como zona
ZLASAE : ZONA LIVRE DA ASAE .
Aqui cozinha-se com colher de pau, comemos azeite do lagar, bebemos ginjinha de proveniências duvidosas, há dvd's piratas comprados no mercado do Entroncamento, visto umas Levi's de quinze aerius e uso uso um perfume Lacostel. E quando me apetece sou menino para andar em cuecas dentro da minha casa!
O único fundamentalismo aqui em casa tem a ver com o tabaco: só alguns fumadores excepcionalmente escolhidos e autorizados fumam na sala - o resto vai tudo para a varanda!
VIVA A ZLASAE! VIVA!

12.1.08

Há coisas fantásticas não há?

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Num Sábado de janeiro solarengo, um almocinho de Morcela de Arroz com batatas e Grelos - no Mário Alturas.
Com um jarrinho de tinto, obviamente.

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10.1.08

Alcochete Jamé

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Tirando um ou outro pormenor, um governo de palavra!!

9.1.08

Sócrates na Assembleia:

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A mentira hoje andou à solta em S. Bento. Maninhos, todos maninhos, a rapaziada do PS, do PSD e do CDS em defesa de Bruxelas.
Parece que ainda se trocou uns miminhos sobre as quadrilhas financeiras.
O sr primeiro-ministro só não teve uma única palavra, por exemplo, para os trabalhadores da Gestnave.

9.1.08

Eleições no Desportivo

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João Martins, presidente demissionário do CLUBE DESPORTIVO DE TORRES NOVAS fez hoje na Rádio Local de Torres Novas uma série de acusações graves à lista que se vai aprsentar a eleições. João Martins acusou nomeadamente alguns membros dessa lista de não serem sócios do Clube, embora sem que se saiba como, já tenham cartão do Clube (!)
A serem verdade, repito, a serem verdade, estas ilegalidades são o retrato de um assalto que estará a ser feito ao Desportivo - que é património de todos os torrejanos! Gravidade tanto maior já que alguns dos visados, são neste momento figuras proeminentes da Política e Sociedade de Torres Novas.
Aguardemos.

Publicada por zemanel |



Intervenção de José Casanova, Comissão Política do PCP, no funeral de Luiz Pacheco

Um dia, há mais de vinte anos, o Luiz Pacheco dirigiu-se à Sede da Organização Regional de Lisboa do PCP - o CT Vitória, ali na Avenida da Liberdade e disse-me: «Quero inscrever-me no Partido».
Confesso que esta intenção militante do Luiz não me surpreendeu por aí além – mas é necessário confessar, também, que, por razões óbvias, ela me deu uma enorme alegria.
Começou a preencher a ficha de inscrição, cuidadosamente, lentamente, a meio parou e disse: «Mas ponho uma condição».
E pôs a condição: «Quando eu morrer, quero ter um funeral como o do Ary: com a bandeira do Partido e com discurso».
Era uma condição razoável, mais do que razoável e, desde logo, assentámos que assim seria.
E assim está a ser: como ele quis que fosse.
A bandeira vermelha, com a foice e o martelo e a estrela de cinco pontas, lá esteve – e esteve bem - ontem e hoje, na Basílica da Estrela, cobrindo a urna e aqui está, completando a sua missão.

Falta, agora, a segunda parte da condição posta: o discurso – este de muito mais difícil e complexa execução.
Quando disse que queria discurso, o Luiz Pacheco, infelizmente, não especificou que tipo de discurso queria. Presumo, no entanto, que ele não estaria a pensar numa desenvolvida e extensa análise à situação política do momento, com as necessárias (e necessariamente contundentes) críticas à política do Governo – fosse ele este que aí temos ou um qualquer gémeo deste nos seus ataques constantes aos direitos dos trabalhadores, à justiça social, aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Por isso, não é esse o discurso que irei fazer.

O meu camarada Luiz Pacheco também não quereria, penso, que o exigido discurso se desenvolvesse em torno da história do PCP e do seu papel na sociedade portuguesa, do seu lugar na primeira fila da luta, sempre - desde os tempos da resistência ao fascismo até aos tempos actuais de resistência a uma política com demasiados cheiros ao antigamente.
Nem quereria que eu aqui viesse dizer que ele, Luiz Pacheco, espírito livre e independente, personalidade lúcida e irreverente, Escritor e personalidade singular, soube reconhecer no PCP o partido dos trabalhadores, com tudo o que isso significa, e fez dele o seu partido. Todos os que o conhecem sabem que era assim e muitos amigos dele que aqui estão hoje, ou que nas últimas vinte e quatro horas passaram pela Basílica da Estrela, sabem do orgulho com que o Luiz lhes mostrava o seu cartão de militante - «com as cotas em dia», como fazia questão de sublinhar.
E os que não sabem, ficarão a saber agora, por exemplo, da importância que o Luiz Pacheco dava à sua ligação ao Partido, de tal forma que, sempre que mudava de residência, a sua primeira correspondência era para informar os camaradas da sua nova morada; ou, outro exemplo, da importância que dava à leitura regular do Avante! que, a partir de determinada altura, passou a ser quase exclusivamente o seu jornal; ou, outro exemplo ainda, da alegria e da satisfação com que recebia a visita de camaradas e participava nas conversas à volta do petisco.
Por isso, não é esse o discurso que irei fazer.

Também não me parece que fosse desejo do Luiz Pacheco – ainda por cima tratando-se de um desejo exigido – que eu viesse aqui dizer que a sua morte é uma enorme perda para a Cultura Portuguesa; que ele é um dos escritores de maior importância do século passado, um estilista notável que marcou impressivamente a Literatura Portuguesa – e justificar tudo isto, lembrando «Comunidade», «O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor», «Exercícios de Estilo», «Crítica de Circunstância»... enfim, a sua Obra e a sua escrita depurada e segura, ágil e viva, trabalhada, muito trabalhada, exemplar.
Por isso, não é esse, também, o discurso que irei fazer.

E a verdade é que, aqui chegado, acho que é altura de terminar este discurso que não chegou a sê-lo.

Para além do que aqui disse, para além de tudo o que aqui não disse – porque ele não quereria que o dissesse - fica a imensa saudade que o Luiz Pacheco deixa em todos nós. Saudade do Amigo. Saudade do Camarada. Saudade do Escritor. Saudade do Luiz Pacheco exactamente como ele era e pelo que ele era.
Uma saudade que, de algum modo, podemos ir matando… lendo-o. E, assim, confirmando-o como Amigo, como Camarada, como Escritor com lugar marcado na história da literatura portuguesa.
Até amanhã, Luiz Pacheco.

8.1.08

Das estatísticas

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O sr. Ministro da Saúde passou o serão de ontem na RTP a debitar números e a vomitar estatísticas.
Se as contas batem certas na teoria económica da gestão dos recursos, coisa que ainda está por provar, batem todas mal na aplicação à vida concreta de um País, que é feito de Pessoas, que é feito de Gente e vê, dia após dia, o Estado a demitir-se das suas funções.
Abandono, abandono, abandono.
É esta a realidade de um Portugal cada vez mais cinzento e afundado.

7.1.08

Músicas de sempre (5)

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7.1.08

Luiz Pacheco, sem mais palavras.

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"(...)Ódio ao corpo, andam esses a dizer há dois mil anos, como se neste curto lapso de tempo da história do homem só devesse haver fantasmas descarnados. Ódio ao corpo, o teu e o meu, disfarçado em tarefas vis e loas absurdas, cobardias pequeninas. Nada disso é gente e eu gosto de estar com gente (falo de corpos), um enchimento de gente à roda, compacta, onde recebemos e damos, estamos e lutamos, sofremos em comum e gozamos. Onde tudo de nós é ampliado, revigorado, e medido pelo colectivo, pelos outros - espelho e limite, cadeia e espaço imenso, liberdade e nossa conquista."


7.1.08

Conhecimento, Ciência e Tecnologia

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Vem do Entroncamento:
http://ferreira-antonio.blogspot.com/
Vale a visita. E um abraço.

7.1.08

Os Cinquentenários

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O Choral Phydellius encerrou agora os 50 anos de vida. Os Ranchos Folclóricos de Riachos e de Torres Novas, portadores de um rigor etnográfico que recusa o Ribatejo marialva do campino do barrete encarnado à moda do SNI, fazem agora os seus 50 anos - curiosamente o Rancho Folclórico de Torres Novas comemora exactamente amanhã os seus 50 anos.
O Cine-Clube de Torres Novas está bem pertinho de fazer também 50 anos.
Passados os anos da Guerra, uma nova geração procurou no movimento associativo a cultura, o saber e o convívio. A Luta ao fascismo e ao obscurantismo passou em muito pelo Associativismo Popular - o que fez da então vila de Torres Novas, um pólo importante de resistência democrática no distrito de Santarém.
Estas associações que comemoram os seus cinquentenários nasceram do amor pela cultura e pelo humanismo nas suas diferentes expressões artísticas - valores que como se sabe não eram propriamente apreciados pelo cavalheiro de Santa Comba Dão.

7.1.08

Obrigado Maestro, Obrigado José Robert

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José Robert, Lopes Graça e o Choral Phydellius
- Foto da contracapa do LP da II cantata de Natal, gravado na Igreja do Carmo em Torres Novas-
O encerramento das comemorações dos 50 anos do CHORAL PHYDELLIUS de Torres Novas trouxe a triste notícia: José Robert, deixa o Coro que dirigia desde o princípio dos anos 70.
José Robert, sucessor de FERNANDO LOPES GRAÇA no CORO DA ACADEMIA DOS AMADORES DE MÚSICA DE LISBOA ( actuamente Coro Lopes Graça) deu a Torres Novas um valioso contributo cultural. Nesse tempo, em que a Cultura não era servida numa bandeja, nesse tempo em que a cultura não era "produto cultural" para vender, o jovem ROBERT chegou a Torres Novas tendo de imediato provocado uma "revolução cultural" no coro e na comunidade torrejana.
Com a simplicidade e humildade que só os grandes têm.
O Phydellius é hoje uma instituição que alargou a sua área de intervenção para lá das fronteiras do Coro. O Coro adulto, o Coro juvenil, um conservatório de música ( nascido da escola de música por onde tantos jovens torrejanos passaram)... Um trabalho de décadas, que envolveu muita gente mas que teve por trás o profissionalismo do maestro.
Por motivos de doença, conforme afirmou ao O ALMONDA, JOSÉ ROBERT deixará de estar todas as semanas em Torres Novas.
Deixará de ser o maestro do Phydellius.
É seguro que o Coro tem todas as condições para prosseguir o seu valoroso trabalho - mas até aí, na preparação da sua saída ROBERT sai com essa marca.
Mas também é certo Torres Novas vai ter saudades da competência, da humildade e da sobriedade.
Não estivemos na despedida. Porque dos grandes, nunca nos despedimos.
O trabalho e a obra estão cá.
Que Torres Novas saiba honrar aquilo que recebeu.


(ah grande Mário Viegas...)

2.1.08

Director da ASAE a fumar no Casino

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Este caso do senhor da ASAE a fumar no Casino é um fait-divers?
É.
Tem muito pouca importância. Mas é indigno porque este caso é revelador do país que temos: Um Portugal para os que vão ao Casino e um Portugal dos outros.
Se não há um buraco na lei, houve pelo menos a intenção que esse buraco lá estivesse: só assim se compreende a rapidez com que o sr da ASAE argumentou esgrimindo argumentos legais.
Quando no fundo, bastava ter dito o óbvio: a lei entrara em vigor nessa noite, ninguém a cumpriu, estava-se em reveillon e, a partir da manhã do dia 1 de Janeiro não repetiria o gesto.
Simplicidade e humildade.
Mas a mim já ninguém me tira, que no cumprimento da lei, não voltarei à ginginha do Rossio, que o sr do café da esquina vai proibir umas fumaças do povo-léu no SG Ventil...enquanto nos Casinos, os "Senhores" do país vão "legalmente" afogar-se em cigarrilhas e charutos.
Abençoados.

1.1.08

RECEITA DE ANO NOVO

Publicada por zemanel |

CARLOS DRUMMOND ANDRADE

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo,

remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas

do vir-a-ser;

novo

até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens?

passa telegramas?)

Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

Liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados,

começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre

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