CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

30.11.06

A NAIFA

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Já são uma referência da música nacional...Quem puder não perca um destes 4 espectáculos!
IMPERDÍVEL: as señoritas! ver no link abaixo
As Señoritas

naquele porto os metalómanos barcos
esmagam a paisagem
de energia brutal, parada.
num barco soviético
o marinheiro põe o punho a meio gás
como o comunismo enjeitado na sua terra.

disse-lhe que portugal ainda tinha muitos comunistas
mas o que ele queria saber era onde havia señoritas
que o levassem a dar uma volta.
ou quem quiser recordar a festa do avante:

30.11.06

Natal

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29.11.06

Sr. Sacadura

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28.11.06

Joana

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A Joana Amaral Dias, a propósito do caso (?) Luísa Mesquita escreveu no DN (http://dn.sapo.pt/2006/11/27/opiniao/tiro_pe.html) o artigo TIRO NO PÉ. Em linhas gerais afirma que o PCP deu um tiro no pé.

Pois a Joana acaba de dar um no seu próprio pé. Melhor: com este artigo deu dois tiros que é coisa para doer muito mais. Considerando a hipotética formosura dos ditos pés, lamentamos o sucedido.

Primeiro Tiro:
A Joana na anterior legislatura chegou a deputada, por Lisboa, porque houve uns deputados que à frente dela na lista lhe foram cedendo de quando em quando o lugar.

Segundo Tiro:
Elogia a deputada Luísa Mesquita ("era uma mais valia" e o PCP "empobreceu o seu grupo parlamentar"). Poucos se lembram mas a Joaninha, nas últimas legislativas foi a cabeça de lista do Bloco no círculo eleitoral de...Santarém. Ou seja, a Luísa Mesquita passou de adversária directa a deputada competente. É que para a Joana ser eleita, a CDU perderia o seu deputado.
(É oportuno lembrar esta frase de Luísa Mesquita -TALVEZ A PROPÓSITO DA PRÓPRIA MEDIÁTICA JOANA AMARAL DIAS - na apresentação da lista por Santarém EM 2005: "Perante uma sala apinhada com dezenas de apoiantes, Luísa Mesquita manteve o discurso para o exterior dizendo que “mais importante que os nomes mais ou menos mediáticos das listas de candidatos e de frases feitas para serem absorvidas rapidamente, são as propostas dos partidos para o país e para o distrito”. in O MIRANTE)


Bolas, ainda me cheira a pólvora seca!!!!

28.11.06

FLEXIDOUTORES

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Nasceu.

Mais um conceito. Dizem-nos que é o modelo laboral da Dinamarca.

A mim cheira-me a mais um doutoramento de sociologia (modernaça) no ISCTE ( de onde vêm Ferro Rodrigues, Maria João Rodrigues, Paulo Pedroso e o ministro do Trabalho Vieira da Silva)!

Houve algum cérebro que importou a ideia e agora anda a vendê-la como se tivesse descoberto a pólvora.

Agora é a Flexigurança! - conseguem dizer? - Flexigurança! Flexigurança!

Aprendam que isto é socialiguês. E está-se mesmo a ver o quer dizer:

Precaridade Laboral.

A mim que venho da Sociologia do Trabalho não me enganam. Os meus colegas também percebem. Os trabalhadores portugueses, por conta de outrem, também já perceberam. Os sindicatos idem e as associações empresariais ibidem.

Afinal quem querem enganar?

Escrevam lá as teses de mestrado e doutoramento que quiserem. Estudem pela Wikipédia, vão ao google e façam copy+paste, especializem-se em apresentações de power point! Inventem à brava.

Mas não nos chamem deitem areia para os olhos.

Seus Flexidoutores.

(Algo está podre no Reino da Dinamarca...)

28.11.06

http://quebra-costas.blogspot.com/

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O Calçada do quebra costas, foi acolhido. Será o que quiserem. Visitem-no.
http://quebra-costas.blogspot.com/

28.11.06

Pobres

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Pobre terra esta.

No funeral, nem Presidente, primeiro-ministro ou ministro da cultura, sequer.

Presidente da Câmara ao menos.

Ah, se fosse uma qualquer jogatana de bola...

27.11.06

ainda o 25-N

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27.11.06

Graça e Freitas Branco

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No dia de hoje, em 1994 dissemos adeus a Lopes Graça. Exactamente 36 anos antes de Luís de Freitas Branco.
http://www.musica-esp.pt/FIME_Galeria_Fotos_2006.html

27.11.06

CALÇADA DO QUEBRA COSTAS

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Foi a Graça Martins que sugeriu. Um forum de discussão do urbanismo em Torres Novas.
Apareçam.
Por uma Cidade Viva!

26.11.06

Santana Fedorento

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Cerca de alguns minutos - com Santana.

26.11.06

Cesariny, não te digo a Deus.

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Foram-se as chuvas e recebemos a notícia da morte do imperador Cesar

e N.Y. ,

nesta manhã onde o Sol de esgueirou, não te digo.

A Deus.

Cesariny, Mestre

do Sul

realismo, com várias passagens por Torres.

Novas! Novas pela "clandestina" Galeria Neupergama!

- que os poderes vão ignorando mas faz mais pela cultura torrejana que muitos euros derretidos pela Câmara.

Hoje.

Com uma sensação de estarmos:
+ pobres.
Portugal perdeu!
um dos seus últimos génios loucos e livres.

Estamos a ficar perigosa a mente e arrabanhados. Livra-te.

ESTADO SEGUNDO

XX


Não houve

nunca

acima do mundo

a alegre aventura

de um sol militar

26.11.06

O Homem - Gedeão

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António Gedeão ou o cientista e professor Rómulo de Carvalho. Um humanista. Semeador de Esperanças. A prova viva de que a Ciência pode servir o Homem. E de que quando isso sucede, o Homem torna-se sempre mais Livre. Porque sempre que o Homem sonha...




A MINHA ALDEIA

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

26.11.06

1906-2006

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Humberto Delgado, Fernando Lopes Graça e António Gedeão...
Este é um ano de gratificantes centenários.
1906, grande colheita.

25.11.06

A ler

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Quem puder, que leia calmamente e atentamente o artigo n' O Almonda do torrejano Emídio Martins e de Maria da Natividade Cardoso , ex-presidentes nacionais da LOC - Liga Operária Católica-intitulado " A NOVA CONFEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL". Sendo Emídio Martins um "histórico" fundador da CGTP-Intersindical, (coisa que se ignora tantas vezes nesta terra) e desde sempre relacionado com os meios operários católicos progressistas nascidos da Doutrina Social da Igreja, este artigo aponta várias reflexões críticas fundamentais e fundamentadas. Tentarei fazer em breve uma análise crítica a este importante documento. Eis o exigente desafio que o artigo me lançou.

25.11.06

25 Novembro

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Quando o avião aqui chegou

quando o mês de Maio começou
eu olhei para ti
então entendi
foi um sonho mau que já passou
foi um mau bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
uma flor vermelha n'outra mão
tinha um grande amor
marcado pela dor
e quando a fronteira me abraçou
foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
de muito longe
o que eu andei p'ra'qui chegar
Eu vou p'ra longe
p'ra muito longe
onde nos vamos encontrar
com o que temos p'ra nos dar
E então olhei à minha volta
vi tanta esperança andar à solta
que não exitei
e os hinos cantei
foram feitos do meu coração
feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa s'estragou
e o mês de Novembro se vingou
eu olhei p'ra ti
e então entendi
foi um sonho lindo que acabou
houve aqui alguém que se enganou
Tinha esta viola numa mão
coisas começadas noutra mão
tinha um grande amor
marcado pela dor
e quando a espingarda se virou
foi p'ra esta força que apontou
José Mário Branco

24.11.06

Luísa

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Escrevo este post para que não se diga que passo a vida a falar das casas dos outros e agora, escondo o que se passa na "minha" casa.
Obviamente que esta questão da substituição de Luísa Mesquita é um problema para o PCP. Não vale a pena fugir às questões.
Comecemos pelo óbvio: a Drª Luísa Mesquita tem sido uma excelente parlamentar do PCP eleita no distrito de Santarém - embora só hoje alguma comunicação social fale nisso. Ou seja, a partir de hoje Luísa Mesquita subiu para o pedestal que os media reservam aos comunistas bons, que livremente contrariam as indicações da direcção do PCP.
Acontece que o PCP, num processo normalíssimo, aproveitou esta fase da legislatura para refrescar e rejuvenescer o seu Grupo Parlamentar. Coisa normal naquela casa, sobretudo nos grupos parlamentares mais pequenos como o Bloco de Esquerda e o CDS. Todos se lembram como na anterior legislatura o deputado do CDS por Santarém foram 2: Pires Lima e Herculano Gonçalves...
É comum no Bloco a rotatividade dos deputados. E a cedência de lugares.
Foi portanto com base num compromisso assinado pelos deputados comunistas, que a direcção parlamentar do PCP convidou Abílio Fernandes, Odete Santos e Luísa Mesquita a cederem o seu lugar. Pedido a que os dois primeiros acederam e Luísa Mesquita recusou. Mas mesmo que esse compromisso escrito não existisse a verdade é que os deputados não são eleitos por círculos uninominais - mas em listas colectivas. Constitucionalmente ninguém poderá "despedir" um deputado - mas se um partido por razões estratégicas colectivas pede a um deputado que ceda o seu lugar, moralmente esse deputado deveria corresponder ao partido. Mas pode exercer a sua liberdade individual de deputado e recusar om pedido do seu partido. Tudo claro.
Se o faz, ( mesmo sabendo que criará dificuldades aos que a fizeram eleger) o partido também tem o direito de perder alguma confiança política no seu deputado.
Tudo claro.
Confesso que a Drª Luísa Mesquita me desiludiu. Como seu eleitor e seu apoiante. Resta-me esperar que agora não ceda à tentação de se vitimizar e transformar numa "comunista boazinha" de que os adversários do Partido estão sempre à espera.
Que este seja apenas um mau momento passageiro.
Há tanto trabalho em Santarém, aqui neste distrito, que esperemos que a Luísa Mesquita nos venha ajudar com a sua experiência e combatividade.
Cá a esperamos.

24.11.06

Tão na Lua

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Parabéns ao Bloco de Esquerda pelo excelente resultado eleitoral que conseguiram na Holanda. Francisco Louçã deve estar a preparar o discurso de tomada de posse como vice-primeiro ministro e o Luís Fazenda como Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Holanda. A Joana Amaral Dias vai para o palácio real tratar do Protocolo.

Pelo menos é o que eu concluo ao ver alguns sites ligados ao Bloco (tipo Arrastão, Índios da Meia Praia, etc) que dizem que foi o Bloco que ganhou as eleições nos Países Baixos. Ou pelo menos parecem dizer coisas parecidas....

Já agora quando quiserem voltar a este pobre Portugal, largar as coffee-shops, podem vir, está bem?

Descer à terra, estão a perceber?


Parabéns ao "Partido dos Tomates" da Holanda - de que é abusivo dizer que é o Bloco lá do sítio como fez Daniel Oliveira no Arrastão...

23.11.06

LUSITOS

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Os srs dirigentes nacionais do PNR com o sr Le Pen

A presença das FARC da Colômbia na Festa do Avante provocou na blogoesfera nacional uma discussão tremenda - como se na Festa tivessem estado perigosos traficantes de droga e de armas clandestinos. Os meninos do costume fizeram abaixo-assinados, escreveram para os jornais e no fim, tudo se reduziu à sua insignificância.

Um ataque ao PCP falhado, portanto. ( mais um , mais um...)

Em 11 e 12 Novembro uma delegação do PARTIDO NACIONAL RENOVADOR , da extrema direita portuguesa deslocou-se a França para a festa da Frente Nacional do Senhor Le Pen. Dizem no seu site que foram excelentemente recebidos.

A festa terminou em glória com toda a gente a cantar a Marselhesa !!!- pelo que suponho que os ultra nacionalistas portugueses devem ter cantados satisfeitos o hino de uma nação estrangeira e soberana, mandando às urtigas a pátria portuguesa...que tanto dizem defender.

Curiosamente ninguém se indigna com a participação descaradamente assumida e o possível estabelecimento de ligações internacionais a grupos fascistas e neo-nazis (provavelmente alguns ilegais) de toda a europa feita por estes lusitos saudosos...e bafientos.


23.11.06

Índigo - Postais de Torres Novas

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Está no Índigo de Graça Martins.
São retratos desta Cidade que pede tratamento.
Uma Cidade que se envergonha e envergonha .
Escondida e abandonada.
Entre as variantes e as rotundas milionárias.
Porcaria, podridão.
A falta de respeito.
Obrigado, Graça Martins!
http://indigo-gm.blogspot.com/2006/11/postais-de-torres-novas.html

23.11.06

Solidários com Espinho

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Deu nas notícias, na televisão (na SIC?) agora à hora de almoço.
Em Espinho luta-se também pela Saúde - pelas Urgências do Hospital.
Numa faixa lia-se o apoio do PCP local a esta causa de toda a população..
Porque esta é a força que está com as populações. Estes são os que aparecem no terreno das coisas. Sem festa mas com responsabilidade e empenho. Sem trocas ou negócios.Um abraço solidário para a GR, cuja colaboração a este blog tem sido ilimitada.
Hoje estamos convosco!
Força Camarada! Força Camaradas!

A Luta continua!

23.11.06

A Luta pela Saúde!

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Cerca de cem pessoas estiveram anteontem na reunião pública do executivo da Câmara de Torres Novas, protestando contra a falta de médicos de família nas freguesias de Ribeira Branca, Pedrógão, Meia Via e Riachos! Esta situação tem prejudicado a qualidade mínima de vida destas populações bem como por consequência directa os utentes do centro de Torres Novas

Esta situação tem sobrecarregado o Centro de Saúde da Cidade, já por si deficitário na resposta aos seus utentes!

Os cuidados primários de saúde em Torres Novas estão abandonados pelo Poder!

A acompanhar as populações esteve a Comissão de Utentes do Médio Tejo que tem feito um trabalho notável de informação, sensibilização e mobilização das populações para esta questão. Em conjunto com alguns autarcas destas freguesias.

Para ler o texto completo apresentado pela Comissão de Utentes, ir ao site:

22.11.06

Para aliviar, música ligeirinha

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Música e divertida! (...com o patrocínio dos gatos...)
Comecemos pelo Camané:

http://www.youtube.com/watch?v=JvjsmDlORXI

e passemos ao David Fonseca a lembrar essa grande artista Mónica Sintra!!!

http://www.youtube.com/watch?v=FoUVMJc2VNA

22.11.06

Sadam quer ser julgado num tribunal português

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Ver o vídeo aqui em baixo:

21.11.06

ESQUERDA E ESQUERDISMOS

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Edição portuguesa de ESQUERDA E ESQUERDISMOS, do escritor mexicano Octávio Rodriguez Araújo. www.Diário.info publica o prefácio que Miguel Urbano Rodrigues escreveu para este polémico ensaio.

"(...)O último capítulo do importante ensaio de Octavio Rodríguez de Araujo é dedicado àquilo a que chama “as novas esquerdas”. O livro foi escrito antes de Toni Negri e John Holloway terem, em obras traduzidas em muitos idiomas, contribuído para dar alento a grupos esquerdistas que contribuíram para aumentar a confusão em movimentos que proclamam a sua disponibilidade para o combate à globalização neoliberal. Mas Octavio Rodríguez Araujo (que posteriormente man-teve uma polémica com John Holloway) terá sido na América Latina um dos primeiros intelectuais a sublinhar que “no eclectismo ideológico e político das novas esquerdas se misturaram ingredientes do anarquismo com marxismo e derivados, com algum predomínio do anarquismo, especialmente nos movimentos maioritariamente juvenis”. As consequências do discurso anarquizante dos inspiradores desses grupos são desmobilizadoras. Em vez de funcionar como estimulo à acção, a teorização desses reformistas de novo tipo conduz ao imobilismo. Na pretensa “adequação ao ‘presente’ omitem a referência ao capitalismo, ao Estado, às classes sociais, ao imperialismo e a categorias semelhantes”. Na sua crítica às “novas esquerdas”, Octavio Rodríguez Araujo antecipou e definiu algumas das tendências que pesaram no rumo de muitos movimentos sociais antiglobalização que, afirmando combater o capitalismo, ambicionam reformá-lo, tendências em que se manifesta um anticomunismo que se expressa, por exemplo, numa atitude hostil perante os partidos revolucionários como instrumento decisivo nas lutas em defesa da humanidade.(...)"

21.11.06

Para a Esquerda Moderna, um pouco de História

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Era uma vez a revolução
João Mesquita, Grande Reportagem, 2/04/05


(...) Na noite de 18 de Dezembro de 1974, o semanário político Voz do Povo reservou o teatro Capitólio para uma sessão de apoio ao jornal, que começara a publicar-se cinco meses antes, sob a direcção do médico João Pulido Valente (...). Ao fundo do palco, um enorme pano clamando “democracia para os operários, repressão para os reaccionários” indiciava que algo mais se passaria.
Para que não houvesse dúvidas, outro pano colocado na sala exibia as fotos de Marx, Engels, Lenine, Estaline e Mao Tsé-Tung com os dizeres. “Marxismo-leninismo, doutrina sempre jovem e científica”.
Não foi preciso esperar muito para que as centenas de pessoas que enchiam o teatro confirmassem estar-se numa sessão muito especial.
Pelo palco já tinham passado José Mário Branco, entre outros cantores, e o coro da Juventude Musical Portuguesa, onde pontificava o actual crítico musical do Expresso João Lisboa.
De súbito toma a palavra um monitor da Lisnave e ex-simpatizante do PCP Eduardo Pires (...). “Como resultado de recentes contactos estabelecidos entre elementos de várias forças políticas que defendem a liquidação do capitalismo e o estabelecimento de uma democracia popular como primeiro passo na construção do socialismo construiu-se uma comissão promotora com vista à formação de um partido político, a UDP, para intervenção no período eleitoral que se avizinha”, informou Pires (...).
As “várias forças políticas” a que o orador se referia eram, basicamente, três grupos da chamada corrente marxista-leninista.
Todos tinham ido buscar inspiração ideológica ao cisma operado no mundo comunista dos anos 50 para os anos 60, entre a China de Mao (acompanhada pela Albânia de Enver Hoxha) e a URSS, e à consequente cisão com o PCP de Francisco Martins Rodrigues (apoiado por Pulido Valente), tempos depois.
Como inspirador da UDP (como, aliás, do jornal) pairava a figura tutelar de Martins Rodrigues (...).
O antigo dirigente do PCP, que já em Janeiro de 1960 acompanhara Álvaro Cunhal na sua célebre fuga (...), deveria ser o líder “natural” do movimento, mas a sua imagem estava definitivamente prejudicada pelo facto de, ao ser preso e torturado de novo pela PIDE, não se ter revelado tão corajoso quanto Pulido Valente.
Em 10 de Janeiro de 1975, Pires volta a estar na mesa do primeiro grande comício da UDP (...). Mas a intervenção de fundo é de Vladimiro Guinot, operário da General Electric: “Não há via pacífica para a tomada do poder”, garante. “As eleições são o momento em que o povo escolhe os homens que o vão oprimir e explorar no período de quatro ou sete anos seguintes.” Apesar disso e das resistências internas à ideia, a UDP disputará (...) as eleições para a Assembleia Constituinte (AC) de 25 de Abril de 1975.
Antes, a 9 de Março, a UDP realizara o seu primeiro congresso, no Montijo. José Mário Branco figura entre os 22 eleitos para a Comissão Central. António Peres Metelo, actual subdirector do DN, é outro. Pires, que não podia faltar nessa lista, ainda hoje se recorda de que os advogados Amadeu Lopes Sabino e Augusto Rocha percorriam o recinto do congresso à procura das cinco mil assinaturas necessárias à legalização do novo partido (...). “As pessoas acreditavam que estavam a fazer história”, justifica Pires, agora com 57 anos a aguardar a discussão do seu trabalho de fim de curso no IST.
É já a direcção eleita no Montijo que decide rejeitar o pacto entre o MFA (...) e os partidos, assinado em 11 de Abril de 75.
No primeiro sufrágio (...) a UDP alcança um feito até então inédito entre a chamada esquerda revolucionária europeia: a eleição de um deputado (...).
Pulido Valente (...) era o cabeça da lista (...). Mas o Avante causara a confusão (...) com a notícia de que o médico visitara o banqueiro Jorge de Brito em Caxias, onde fora encarcerado na sequência da tentativa de golpe da direita militar em 11 de Março. Era certo que (...) apoiara a família de Pulido Valente quando este pagara com a prisão a sua oposição ao salazarismo. Mas a época não se prestava a considerações sentimentais.
Isso e a glorificação do operariado, muito comum entre os maoistas, fizeram com que não fosse Pulido Valente a sentar-se no hemiciclo de S. Bento, mas sim o nº 2 da lista, o operário da Lisnave Américo Duarte.
Carlos Marques (...) foi um dos três homens destacados para assessorar o deputado (o outro era Manuel Falcão, actual director do canal 2 da RTP). (...)
No dia em que Duarte se estreou como deputado houve uma discussão interna sobre quem deveria cumprimentar quando entrasse no hemiciclo. Foi acordado que não estenderia a mão aos deputados do CDS (...).
Marques, (...) considera no entanto que “a cena mais complicada” (...) se verificou após a morte por afogamento, no Tejo, do militante do MRPP Alexandrino de Sousa, na sequência de confrontos (...) desse partido maoista rival. (...) Duarte foi recebido pelos colegas deputados aos gritos de “assassino, assassino!”.
Reacção tão inesperada nem quando Marques entrou em S. Bento em pleno cerco do palácio por milhares de trabalhadores da construção civil, no início de Novembro de 1975. Deparou-se com uma chusma de jornalistas que lhe pergunta de chofre: “É verdade que a UDP está a preparar a tomada do poder?”
Não estava, claro. O que a UDP preparava era a substituição de Duarte (...) por Afonso Dias, cantor e membro do Grupo de Acção Cultural, liderado por José Mário Branco. O que, por alegado desgaste do operário da Lisnave, aconteceria pouco depois dos acontecimentos de 25 de Novembro (...).
A UDP conservava uma desconfiança na AC tão grande quanto o empenhamento na intervenção extraparlamentar. Em Fevereiro de 1975 tivera papel determinante numa marcha contra a NATO e o desemprego, convocada por uma “comissão interempresas” onde pontificavam militantes seus como Pires e Manuel Monteiro, operário da cervejeira Cergal.
No 1º de Maio, promovera (...) uma manifestação alternativa (...).
E no fim desse mês apoiara a ocupação do posto emissor da Rádio Renascença, para colocar a rádio católica “ao serviço do povo”.
Em Agosto, posicionara-se activamente ao lado do chamado documento do COPCON (...). Monteiro foi um dos oradores da manifestação de 20 desse mês (...): “O MFA, que muitos teimaram ser a aliança e o baluarte mais seguro do povo, estala e divide-se, sendo uma da incógnita de que lado muitos oficiais colocarão as suas armas”.
Ainda em pleno “Verão Quente” de 1975, os militantes da UDP estão entre os assaltantes da Embaixada de Espanha (...).
Mais de 29 anos decorridos, a acção ainda provocará acesa controvérsia entre Pires e Cunhal, durante um debate realizado no IST, com o então líder do PCP a sustentar que, por causa dela, houve sérios riscos de intervenção militar espanhola em Portugal. Mas Pires ainda hoje não acredita nisso (...).
Na manhã de 26 de Novembro, o major de cavalaria Mário Tomé (...) está de prevenção no regimento da PM, de que é segundo comandante. Correm rumores sobre a iminência de um ataque por parte dos vencedores das disputas da véspera. Não por acaso, destacados militantes da UDP (...) tinham passado boa parte da noite (...) erguendo trincheiras.
Horas antes, o chefe da RML, Vasco Lourenço, telefonara ao comandante da PM Campos de Andrade, perguntando-lhe se estava com o Presidente da República ou com os pára-quedistas sublevados em Tancos. Andrade ter-lhe-á respondido: “Apoiamos as reivindicações dos “páras”, mas isso não é contraditório com a fidelidade ao Presidente”.
Insatisfeito, Lourenço mandara-o apresentar-se, com Tomé e o comandante operacional, no Palácio de Belém. Mas Andrade opta por convocar um plenário para a parada da unidade, onde estão umas duas mil pessoas entre militares e civis.
Durante a sua intervenção, o regimento da Amadora ataca. Ao fim de dez minutos de troca de tiros, há a registar três mortos: dois do lado dos Comandos e o aspirante miliciano Albertino Bagagem, militante da UDP. Logo a seguir, os três responsáveis da UDP apresentam-se na PR, de onde são conduzidos à cadeia.
Em finais de Janeiro de 1976, Tomé é transferido para o presídio militar de Santarém (onde também está Otelo), sendo libertado em 23 de Abril, sem qualquer acusação judicial. Ainda sai a tempo de integrar a Comissão Política da candidatura de Otelo às presidenciais de Junho, que conta com o apoio da UDP. Mas muita coisa mudara no País.
Não tanto, ainda, na UDP, com que Tomé colaborava praticamente desde a sua fundação.
Em 25 de Novembro, além de Bagagem, a UDP perdera outro militante às mãos dos Comandos: Joaquim Leal, morto quando distribuía comunicados junto à estação da Amadora – e isto porque a UDP decidira furar o estado de sítio decretado por Costa Gomes, tendo mesmo lançado durante a sua vigência o jornal A Voz do Nosso Povo (...).
Em 17 de Dezembro, Dias ocupava o lugar de Duarte como deputado. Uma das últimas intervenções parlamentares do ex-operário da Lisnave (...) foi em solidariedade com o povo de Timor-Leste (...). Então já os dirigentes da Fretilin (...) usavam a sede da UDP (...), para as suas reuniões.
Nos dias de transição para 1976, os grupos ML que estão por trás da UDP fundem-se no congresso de fundação do PCP (R), (sendo o “R “ de “Reconstruído”, já que as ambições destes militantes, intitulando-se de “comunistas autênticos”, sempre foi tomar o lugar do “revisionista” partido de Cunhal) realizado no maior secretismo num ginásio do Chiado.
José Caiado, um operário de Alhos Vedros, cunhado de Pires (...) é eleito primeiro-secretário do novo partido. Martins Rodrigues, António Carriço, actual administrador da Portugal Telecom, e Frederico de Carvalho, hoje jornalista do Expresso, são os restantes membros do Secretariado.
Exilado em Paris, Diógenes Arruda, célebre dirigente do PC do B (...), acompanha de muito perto o processo. Em princípios de 1976 instala-se mesmo em Lisboa e passa a participar nas reuniões de cúpula do PCP (R).
Em Abril, lança o “processo de revolucionarização e proletarização”, que leva ao afastamento de Martins Rodrigues e outros (...). É criada uma comissão de inquérito ao porte na cadeia durante a ditadura. José Martins, um electricista (...) é promovido a primeiro secretário.
“O Vinhas (pseudónimo de Arruda) mandava nisto, e toda a gente se rendeu a ele, impressionada com o facto de ter sido amigo de Estaline”, recorda Monteiro, hoje (...) comerciante de produtos higiénicos.
A 25 de Abril desse ano realizam-se as primeiras eleições legislativas (...). A UDP (...) embora perca votos em Lisboa, mantém o deputado. Este passa a ser Acácio Barreiros (...). Era um dos mais destacados activistas estudantis do IST, organizado num grupo que incluía (...) Mariano Gago. (...)
Cinco dias depois das legislativas, Otelo anuncia a sua candidatura a Belém. (...)
Sendo a UDP a organização frentista do PCP (R), as duas entidades confundem-se frequentemente. Em 18 de Abril de 1977, a Praça de Touros do Campo Pequeno enche-se para um comício do PCP (R) onde se apresenta uma delegação do Partido do Trabalho da Albânia. O evento surge a pretexto do II Congresso (...) que contrapõe o “25 de Abril do Povo” à “democracia burguesa”, lança a palavra de ordem “Os ricos que paguem a crise” e consagra Pires como seu novo líder. (...)
Quando em Março de 1979 (...) se realiza o III Congresso do PCP (R), consuma-se uma primeira cisão no partido.
Quatro dirigentes são expulsos sob a acusação de “fraccionismo” e “direitismo” e com eles solidarizam-se Carriço e João Carlos Espada, hoje um cronista pró-Bush, que então dirigia a Voz do Povo.
Mais umas centenas, incluindo quase todo o sector estudantil, Barreiros e a maioria dos redactores da Voz do Povo, a começar por José Manuel Fernandes e Nuno Pacheco, hoje, respectivamente, director e director adjunto do Público, demitiram-se ou foram afastados (...).
Pires (...) assume a sua quota-parte de responsabilidade no processo de ruptura: “Não tive flexibilidade. Foi uma manifestação de esquerdismo infantil” (...)
O congresso ratifica a linha dos conclaves anteriores, respondendo à cisão com uma campanha de recrutamento (...) a que é dado o nome de “Promoção Estaline”. Com base nela, o PC(R) – assim se passou a chamar, assumindo por fim a condição de partido legal – chegou a atingir quatro mil membros. E a UDP perto de 20 mil. Mas Arruda morria pouco depois. Pires era substituído por (...) José Alves (...). E Monteiro passava a suplente do Comité Central.
Ainda assim, foi ao ex-operário da Cergal que coube substituir Barreiros na AR quando este foi afastado. Monteiro apresentou-se como “um soldado do proletariado” (...) zurziu forte e feio no programa do Governo de Maria de Lurdes Pintasilgo, cuja candidatura presidencial a UDP seria o único partido a apoiar sete anos depois.
Mas Monteiro não se mantém muito tempo em S. Bento. Inicia ele próprio um processo de afastamento que culminará num artigo publicado no semanário O Jornal em 1991, apontando a evolução da Albânia como exemplo “do fim das revoluções populares”. O Bandeira Vermelha, jornal oficial do PC(R), responde-lhe: “Os Monteiros passam a Albânia socialista continua” (...).
Em Dezembro de 1979 (...) Tomé é o novo rosto (...) na AR (...).
A UDP apoia a segunda candidatura presidencial de Otelo (...). Todo o Secretariado saído do III Congresso do PC(R), entra em crise.
Um dos seus membros, Amadeu Ferreira, que chega a substituir Tomé no hemiciclo (...) abandonará mesmo o partido pouco depois.
E Carvalho acabará por aderir ao PCP em meados dos anos 80. “Fiquei sem pinga de sangue” conta Pires acerca da reunião pedida ao Secretariado pelo futuro jornalista para defender que “a clivagem dos anos 60 no movimento comunista internacional tinha sido um logro”.
É certo que no seu IV Congresso a UDP consegue recuperar para o Conselho Nacional nomes como Branco, o pianista Jorge Moyano ou o jornalista José Manuel Rodrigues da Silva (hoje no JL). Tal como consegue reeleger Tomé (...) em Outubro de 1980. Mas torna-se cada vez mais evidente (...), que a táctica do “25 de Abril do Povo” impedia “a definição de uma política correcta”.
No IV Congresso do PC(R), em Março de 1983, tornam a manifestar-se divergências. Martins Rodrigues encabeça um grupo que entende estar o mal do partido (...) em ser “centrista” (...).
Em Dezembro de 1984, após a expulsão de três dirigentes eleitos no congresso, já o grupo afecto a Martins Rodrigues está fora do partido, a fundar a (...) PO.
Na nova cisão desempenha algum papel a coligação constituída entre a UDP e o PSR (...) para as legislativas de 1983 (...). A PO sustenta que com a coligação se “privilegiaram os acordos por cima, em detrimento da acção revolucionária por baixo”. (...)
Hoje ninguém faz um balanço positivo da aliança, que aliás se salda na perda do deputado (...). Pires acha que o acordo foi “oportunista” (...) Marques que o entendimento “surgiu fora do tempo”.
Pôr-se a par “do tempo” bem poderia, aliás ser a palavra de ordem saída do VI Congresso da UDP, em Fevereiro de 1984 (...). O partido apoia Soares na segunda volta das presidenciais de 1986 (...). Nesse ano, o V Congresso do PC(R) (...) reafirma o apoio à Albânia.
“Liberdade e bem estar” é a consigna saída do VII Congresso, em Março de 1987, onde é eleito Tomé (...) para secretário-geral (...).
Mesmo depois de resultados desastrosos nas eleições europeias de 1987, o VIII Congresso da UDP mantém a linha do “Sim a Portugal” (...) Luís Fazenda ascende aqui ao Secretariado.
Em Junho de 1989 (Fazenda) é o protagonista da candidatura da UDP nas novas eleições para o PE (...). Seis meses depois, por via da integração (...) na coligação de esquerda (...) para Lisboa, é eleito deputado municipal.
Pires continua a ser (...) o homem forte do PC(R). Quando o Secretariado (...) discute as presidenciais de 1991, o seu nome é aventado. (...) Mas tem outra ideia, que é aprovada: Carlos Marques. (...)
Na Madeira, Alberto João Jardim convida-o para almoçar (...) e Marques vai. Durante a campanha, apresenta-se sempre de fato e gravata (...). Com os 2,8% obtidos nas urnas, o antigo presidente da Juventude Universitária Católica, alcançou uma marca recorde. (...)
Em 1991, Tomé está de volta à AR, (...) como deputado independente eleito pela CDU, por via de um acordo entre a UDP e o PCP (...).
Nas legislativas de 1995, onde não elege ninguém, a UDP volta a concorrer sozinha, desta vez chamando às listas gente como Mário Viegas e Dórdio Guimarães (...).
O mesmo acontecera aliás nas europeias (...) onde Marques não consegue igualar os resultados das presidenciais, ficando mesmo atrás do MRPP. E até nas presidenciais de 1996 (...) a UDP apresentara (...) Alberto Matos (...).
A regra só não se aplicou nas autárquicas de 1993, onde (...) tornou a apoiar Sampaio (...), conseguindo eleger dois militantes na AM (...) .
Mas então (...) o PC(R) transformara-se em associação política, no congresso de Junho de 1992. Fazenda substituíra Pires à frente da novel associação, Comunistas pela Democracia e Progresso (CDP), a Albânia (...) é criticada, bem como o estalinismo.
Nas autárquicas de 1997, a UDP (...) conserva os dois deputados municipais em Lisboa ao integrar a candidatura de João Soares contra o PSR e o grupo Política XXI, coligados (...).
Em Julho de 1998, no XII Congresso da UDP, Fazenda (...): “Do PS não podemos esperar nada. Do PCP não ficamos à espera”. A via para o BE (...) está aberta (...)
Como confirmam os documentos para o XVII Congresso (...) que marca a sua evolução de partido para associação política, a UDP continua a reclamar-se de (...) comunista. Mas Pires que teme cada vez mais a diluição no BE, continua insatisfeito. Monteiro ainda mais: “A UDP caiu no mais completo cretinismo parlamentar” (...).

20.11.06

OS SECTÁRIOS

Publicada por zemanel |

Maximino Romão, no seu blog ÍNDIOS DA MEIA PRAIA, publicou o seguinte comentário de resposta a um comentário meu...
O texto é tão incrível, tão anti-comunista primário, QUE NÃO RESISTI A PUBLICAR ! A pergunta impõe-se: QUEM SÃO OS SECTÁRIOS???

"Caro Canhotices, obrigado pela colocação de link e pelo comentário.Confesso que já tinha a ideia, que a Concelhia do PCP, não lhe pediria para ler os seus textos antes de os publicar no blog. Talvez porque seja um blog. Talvez, porque o PCP, ainda não tenha percebido a verdadeira dimensão que a Blogesfera tem.Porque estou convencido que caso, escrevesse um artigo de opinião para um qualquer jornal local ou regional, e que ocupasse com um espaço partidário, tinha com certeza o seu camarada controleiro a fazer uma prévia leitura do texto e a fazer umas “ajustadelas”.É normal no seu Partido, todos nós o sabemos, e claro, também vocês o sabem que é assim!Obviamente que a concelhia do seu Partido deve fazer algum trabalho e promover algumas iniciativas. Contudo referia-me a coisas de âmbito regional ou nacional, que ao abrigo da foice e do martelo só por cá passam em campanhas eleitorais. "

18.11.06

Índios

Publicada por zemanel |

Chegou à blogoesfera torrejana, os ÍNDIOS DA MEIA PRAIA. Usando o título do documentário fabuloso de António da Cunha Teles.
Animado pelo bloquista torrejano Maximino Romão Ramos é bem-vindo. Mesmo com o ataquezinho ao Canhotices. (...E rio-me de cada vez que dizem que sou da família sectarista do PCP - é que se eu sou sectário o sectarismo está muito fraquito.)
Amigo,
Não te connheço, não me conheces, mas penso que o Manuel Ramos é teu familiar. Se estiver correcto podes falar com ele. Esteve comigo no lançamento da AGIR, ele conhece-me. Pergunta-lhe pelo meu sectarismo.
Maximino,
penso que também conheces o documentário que dá nome ao teu blog.
A grande lição que dali se retira é que:

só o povo unido pode construir!
...pelo menos nisso creio eu.

18.11.06

Azeite Novo

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O Azeite. Novo. Puro.
Na Serra d'Aire, em Pia Carneira. O lagar tradicional de Ezequiel Azinheira Louro.
(FOTOS Canhotices)

17.11.06

D' "as pequenas memórias" 3

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"Ao lado de tão superiores façanhas, o rapazinho da Azinhaga só teria para apresentar a sua ascensão à ponta extrema do freixo de vinte metros, ou então, modestamente, mas de certeza com maior proveito degustativo, as suas subidas à figueira do quintal, de manhã cedo, para colher os frutos ainda húmidos da orvalhada nocturna e sorver, como um pássaro guloso, a gota de mel que surdia do interior deles."

17.11.06

D' "as pequenas memórias" 2

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"Então digo à minha avó: "Avó, vou dar por aí uma volta." Ela diz "Vai, vai", mas não me recomenda que tenha cuidado, nesse tempo os adultos tinham mais confiança nos pequenos a quem educavam. Meto um bocado de pão de milho e um punhado de azeitonas e figos secos no alforge, pego num pau para o caso de ter de me defender de um mau encontro canino, e saio para o campo. Não tenho muito por onde escolher: ou o rio, e a quase inextricável vegetação que lhe cobre e protege as margens, ou os olivais e os duros restolhos do trigo já ceifado, ou a densa mata de tramagueiras, faias, freixos e choupos que ladeia o Tejo para jusante, depois do ponto de confluência com o Almonda, ou, enfim, na direcção do norte, a uns cinco ou seis quilómetros da aldeia, o Paul do Boquilobo, um lago, um pântano, uma alverca que o criador das paisagens se tinha esquecido de levar para o paraíso."

17.11.06

D' "as pequenas memórias" 1

Publicada por zemanel |


"Ignoro em que altura se terá introduzido na região o cultivo extensivo da oliveira, mas não duvido, porque assim o afirmava a tradição pela boca dos velhos, de que por cima dos mais antigos daqueles olivais já teriam passado, pelo menos, dois ou três séculos. Não passarão outros. Hectares e hectares de terra plantados de oliveiras foram impiedosamente rasoirados há alguns anos, cortaram-se centenas de milhares de árvores, extirparam-se do solo profundo, ou ali se deixaram a apodrecer, as velhas raízes que, durante gerações e gerações, haviam dado luz às candeias e sabor ao caldo. Por cada pé de oliveira arrancado, a Comunidade Europeia pagou um prémio aos proprietários das terras, na sua maioria grandes latifundiários, e hoje, em lugar dos misteriosos e vagamente inquietantes olivais do meu tempo de criança e adolescente, em lugar dos troncos retorcidos, cobertos de musgo e líquenes, esburacados de locas onde se acoitavam os lagartos, em lugar dos dosséis de ramos carregados de azeitonas negras e de pássaros, o que se nos apresenta aos olhos é um enorme, um monótono, um interminável campo de milho híbrido, todo com a mesma altura, talvez com o mesmo número de folhas nas canoilas, e amanhã talvez com a mesma disposição e o mesmo número de maçarocas, e cada maçaroca talvez com o mesmo número de bagos. Não estou a queixar-me, não estou a chorar a perda de algo que nem sequer me pertencia, estou só a tentar explicar que esta paisagem não é a minha, que não foi neste sítio que nasci, que não me criei aqui. Já sabemos que o milho é um cereal de primeira necessidade, para muita gente ainda mais que o azeite, e eu próprio, nos meus tempos de rapaz, nos verdes anos da primeira adolescência, andei pelos milharais de então, depois de terminada a apanha pelos trabalhadores, com uma sacola de pano pendurada ao pescoço, a rabiscar as maçarocas que tivessem passado em claro. Confesso, no entanto, que experimento agora algo assim como uma satisfação maliciosa, uma desforra que não procurei nem quis, mas que veio ao meu encontro, quando ouço dizer à gente da aldeia que foi um erro, um disparate dos maiores, terem-se arrancado os velhos olivais. Também inutilmente se chorará o azeite derramado. Contam-me agora que se está voltando a plantar oliveiras, mas daquelas que, por muitos anos que vivam, serão sempre pequenas. Crescem mais depressa e as azeitonas colhem-se mais facilmente. O que não sei é onde se irão meter os lagartos."

17.11.06

Votação

Publicada por zemanel |


Está aberto o concurso promovido pelo GERAÇÃO RASCA.
A minha votação:


Melhor Blog Individual Feminino:




- Sem Pénis, nem Inveja (http://sempenisneminveja.weblog.com.pt/)




Melhor Blog Individual Masculino:


- Espírito de Contradição (http://www.espiritodecontradicao.blogspot.com/)


- Anónimo Século XXI (http://anonimosecxxi.blogspot.com/)

- Vale a Pena Lutar (http://combate.blogspot.com/)



Melhor Blog Colectivo:

- Resistir (www.resistir.info)





- Blogo Social Português (http://blogosocialportugues.blogspot.com/)


Melhor Blog Temático:

- Utentes Saúde Médio Tejo (http://usmt.blogs.sapo.pt/)

- União Colectividades e As. Torres Novas (http://ucatn.no.sapo.pt/)

- Informação Alternativa (http://infoalternativa.org/)



Melhor Blog


- Espírito de Contradição (http://espiritodecontradicao.blogspot.com/)


- Sobre o Tempo que Passa (http://tempoquepassa.blogspot.com/)


- Vale a pena lutar (http://combate.blogspot.com/)


Melhor Blogger







16.11.06

Pedro Barroso

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A propósito do Almonda, partilha-se este poema do poeta de Riachos (Torres Novas), vila a caminho da Golegã, da Azinhaga, "nesta curva do Tejo"...a caminho do mundo...

PEDRO BARROSO


Poema do lavrador de palavras aos políticos

não me perguntem coisas daquelas que eu não creia
não me perguntem coisas daquelas que não sei
remeto para os senhores as decisões do mundo
tais como governar, fazer decretos lei
no meio da tempestade no meio das sapiências

se poeta nasci, poeta morrerei
nem homem de gravata nem homem de ciências
apenas de mim próprio, e pouco, serei rei


das decisões do mundo lerei o que entender
que dentro de mim mesmo às vezes nasce um rio
e é esse desafio que nunca hei-de esquecer
e é essa a diferença que faz o meu feitio



mas digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei



mantenham com cuidado as árvores e estradas
pr'a gente poder ver, p'ra gente circular
que eu basta-me saúde e o sonho tão distante
e a boca perturbante que tu me sabes dar
e a festa de viver e o gozo e a paisagem
desta curva do Tejo, soprando a brisa leve
e na tranquilidade assim desta viagem
parar-se o tempo aqui, eterno, fresco e breve



que eu voo por toda a parte mas noutro horizonte
e vivo as coisas simples e rio-me da ambição
e ao fim de tanto ver, escolherei um monte
de onde assistirei, sorrindo, ao vosso enfarte


da ânsia de possuir, da ânsia de mostrar,
da ânsia da importância, da ânsia de mandar



e digam por favor de onde nasce o sol
que eu basta-me o calor - para lá me voltarei
e saibam já agora que se eu lavrar a terra
me bastará que chova que o resto eu o farei
e digam por favor se o céu inda nos cobre
e bastará o azul que em ave me tornei

16.11.06

As pequenas ? memórias

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Foz do Almonda

Folheado lentamente no hipermercado. Saboreado.
Lentamente. A despertar a vontade de o levar. Ler.
Um velho que escreve, sobre um Zézito, ele próprio.
O reencontro do fim com o principio?
eis a pergunta metafísica escondida na simplicidade dos verbos e na fuga ao adjectivo inútil. Como se num mesmo tempo e no mesmo espaço o Zézito e o avô Jerónimo, fossem hoje em 2006 um só, e se tivessem encontrado, unidos, fundidos, para cuidando das barrãs, contemplar as estrelas.
Na pequena Azinhaga, o Mundo.
O livro.
Saboreado, página a página. A pedir: Lê-me, leva-me.Compra-me.
São coisas daqui. As oliveiras e as figueiras. Os figos secos e o pingo-mel. O Paúl do Boquilobo a meia dúzia de quilómetros da Azinhaga do Zézito, ou do Velho Sábio, Saramago.
O Almonda. O nosso Rio Almonda. Inundando a Terra. Abraçando o Tejo Grande.
São coisas daqui. Dia a dia, passamos por elas. (ou passam por nós?)
Escritas pela mão do velho sábio. Um Zézito igual a todos os Zézitos das Azinhagas todas e na dureza vivida se fizeram Homens, Josés. Um Saramago que se fez Escritor dos Mundos, um Nobel, a escrever coisas daqui.
Que sorte.

14.11.06

super hiper mega ri fixes!

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Também sabemos ser alegres e super hiper mega ri-fixes!
Clicar no link, vá lá...




14.11.06

Democracia (económica) socialista

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"Nada pode ser mais de Esquerda do que assegurar a sustentatibildade financeira do Estado Social"
- Vital Moreira in O PÚBLICO, citado no site oficial do PS.

14.11.06

Democracia Socialista

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Foto: www.ps.pt
O congresso Ps do passado fim-de-semana acabou com a tradicional disposição de todos os órgãos partidários no fundo do palco. Como é costume em todos os partidos políticos portugueses. Mas sempre se arranjou uma mesita! Como a malta do Ps está sempre tão preocupada com os critérios democráticos dos outros, gostaria que alguém me explicasse os critérios para escolher aquela meia dúzia de personagens. Supostamente um congresso é o sítio onde todos os delegados eleitos são iguais.
Supostamente, pois, nos partidos democráticos...
Ora bem as senhoras Belém e Estrela representam a quota feminina (uma mais à esquerda, outra mais à direita); o senhor Costa representa os restos do Ferrismo e ajuda a pôr ordem na casa, os senhores Sócrates e Almeida lideram os trabalhos; há dois senhores que vieram das ilhas; e o senhor Coelho ajuda à festa e levanta as placas para pedir aplausos à plateia...
( o sr Scolari também lá estava: não se vê porque estava a segurar a Bandeira)
Pois, partidos democráticos...

14.11.06

Confirma-se: é camarada!

Publicada por zemanel |

Atenção torrejanos, confirma-se. Está na página oficial do PS na Internet. António Rodrigues sempre é camarada.
Depois de já ter sido tanta coisa na sua vida, o simpático e popular António Rodrigues pode agora escrever no seu currículo a palavra camarada! Abençoada pelo senhor Primeiro-ministro.
Faz-me lembrar a conhecida anedota do alentejano que refila para a sua mulher "apanhada" a traí-lo com outro:
" ai mulher com tanta modernice inda te hei-de ver fumando!"
"Saúdo, também, o Presidente da Federação do PS de Santarém - o camarada
António Rodrigues.
Saúdo todos os dirigentes do distrito e quero destacar um
dos militantes mais qualificado e mais prestigiado do distrito de Santarém e que
tanto me tem ajudado no Governo. O camarada Jorge Lacão. Saúdo os
dirigentes da Juventude Socialista da Tendência Sindical Socialista e do
Departamento das Mulheres Socialistas"

14.11.06

Pedro

Publicada por zemanel |

O homem é deputado e diz que está afastado da política. O homem também chora. E a Zita Seabra diz que o livro vai ser um best seller (opinião de que não duvidamos, pois a senhora deputada é especialista em livros ditos políticos, recheados de vinganças e ressentimentos pessoais...).

SANTANA PODES VOLTAR, MAS NÃO ESTÁS PERDOADO, FILHO!

13.11.06

Pergunta

Publicada por zemanel |


Contaram-me mas não ouvi.

Alguém pode confirmar aqui se realmente José Sócrates no discurso de encerramento do congresso saudou o líder da federação de Santarém , como o "camarada António Rodrigues"?

13.11.06

blogs

Publicada por zemanel |

Do Portugal Profundo: ((http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/)

"A manobra em curso consiste no outing de um jornalista, ou vários, relativamente a um, ou mais, blogues livres, com base em não sei que escrito ou - pasme-se!... - comentário deixado por um anónimo. A seguir, a segunda fase da orquestração: queixa ao Ministério Público para perseguição criminal pelos pretensos ofendidos. Quem quiser acredita na coincidência, quem não for ingénuo percebe o plano: um aponta e o outro atira. Procedimento técnico tão velho quanto o jornalismo cúmplice.O objectivo é encharcar de processos, despropositados e absurdos, os autores dos blogues livres. No meio da lama atirada e das despesas incorridas, punem-se pedagogicamente as vozes livres. Enquanto o poder judicial não se cansar de servir o sujo poder político, em Portugal, no início do III Milénio (!), como carrasco venal e lesto da liberdade de expressão da cidadania"

11.11.06

GREVE GERAL

Publicada por zemanel |

O ministro das finanças a falar dos números da greve da função pública faz lembrar alguém...



As Pequenas Memórias


de José Saramago - Sessão de Lançamento
O Lançamento do último livro do Nobel português, terá lugar no próximo dia 16 de Novembro (dia de aniversário do autor), na sua terra natal, freguesia da Azinhaga, Golegã, aqui ao nosso lado, com o seguinte Programa:
17 Horas - Recepção ao autor na Junta de Freguesia;



18 Horas - Sessão de Lançamento num dos pavilhões da Fábrica SIC.
A sessão começará com uma leitura de excertos de As Pequenas Memórias por Jorge Vaz de Carvalho, seguida da apresentação do disco, com poemas de José Saramago, Nesta Esquina do Tempo pelos cantores João Afonso, Luís Pastor e Lurdes Guerra.
Em seguida, seguir-se-á uma pequena intervenção do autor e uma sessão de autógrafos.

As Pequenas Memórias é um livro de recordações que abrange o período entre os quatro e os quinze anos da vida de José Saramago. O autor tinha As Pequenas Memórias na cabeça há mais de 20 anos, por isso a altura para o escrever era esta: "Queria que os leitores soubessem de onde saiu o homem que sou".

9.11.06

Sonhos

Publicada por zemanel |




Há tanto para contar sobre os anos da brasa (1974/1975/1976) em Torres Novas...Curiosamente nenhum jornal, historiador, investigador ou escritor se debruçou sobre este tema.
Porque não se fala da explosão do movimento associativo em todo o concelho? Nas comissões de moradores? Porque não se fala da Escola Vassalo entre outras? Nas obras efectuadas pelas populações?
Porque se ignora a escola de música do Phydellius, o Clube de Natação, a Zona Alta? Porque ninguém fala da Comuna de Árgea? De quem estava à frente dos partidos políticos da altura? Quem estava à direita, à esquerda e quem militava na extrema-esquerda? Porque ninguém fala dos movimentos operários na Alves das Lãs, na nacionalização das empresas do Grupo Claras, nas cooperativas Unital, Madeiarte e Dopovo ( depois Grufer), na cooperativa de consumo Contorres? Porque não se fala na reorganização do movimento sindical, da criação da União de Sindicatos? Porque não se fala da Forja? Das associações Portugal-URSS e Portugal-RDA? Das festas do 25 de Abril e do 1º de Maio? Porque ninguém fala dos putos nesses dias a pintar, a correr, a cantar no jardim da avenida? E os Parques Infantis que se espalharam por aí...E os Pioneiros?
Porque ninguém fala dos deputados constituintes António Canelas, Natal da Luz e Hilário Teixeira? Porquê o silêncio sobre a 1ª comissão administrativa da Câmara e a sua substituição por outra por alegadas ligações da 1ª à esquerda militar num "eventual" golpe do 25 de Novembro? Porque não se fala dos primeiros autarcas eleitos em 1976?
Porque não se diz, que nisto tudo houve gente que morreu lutando?
Porque não se diz, que nesses dias de turbilhão, havia quem sonhasse...Porquê? porque não se fala do sonho? ou dos sonhos? tantos...

9.11.06

JOSÉ MARQUES 2

Publicada por zemanel |

Do peduke do LAPAS DO ALMONDA:
"Ataque à blogosfera torrejana…
Parece que vivemos ataque repressivo e pidesco à blogosfera torrejana. O autor do blogue
Subversivo, no seu melhor vem dizem subtilmente “ Calem-se senão têm que ir responder a tribunal”. Num texto bem elaborado, onde procura mandar avisos com um português subtil e muito bem pensado. Em relação ao conteúdo do texto, penso que contem algumas lacunas, não verdades, que transmite apenas uma visão pessoal dos factos. Este aviso é principalmente para os 3 blogues que refere como sendo de “militantes do Partido Comunista”.Diz que “alguns blogues «torrejanos» recorrem frequentemente ao ataque pessoal e rasteiro contra alguns dos «seus» adversários políticos”, alguns abusam, como o “Raio da Pedra”, mas não vamos generalizar, não podemos ocultar que se falam de coisas muito sérias e importantes na blogofera torrejana, como por exemplo a cultura, associativismo, intervenção cívica, social e sindical, politica internacional, nacional e local, entre outras coisas. Pela minha parte digo que, só quem não liga a politica é que pode aplaudir a gestão autárquica do PS. E afirmo, aqui que não concordo.Quando fala de “responsabilização criminal, civil, ética e política de quem ultrapassar os limites impostos pelo respeito dos outros”, lembre-se que faz parte de um partido (PS) que não é o melhor exemplo pregar aulas de moral. Eu não me esqueço das mentiras que o actual primeiro-ministro pregou aos portugueses durante campanha eleitoral. Quer que eu as lembre? Mas este está num pedestal…Mas, nunca refutou os posts que considera “ofensivos” para certas e determinadas pessoas ou entidades, os blogues que acusa não reprimem qualquer tipo de comentários, o mesmo não se pode dizer do historial do “Subversivo”. Para um deputado da assembleia municipal eleito pelo PS, isso é ética política e democracia?Não nos calamos… Por parte dos 3 blogues que diz ser de “militantes comunistas” garanto que têm o maior cuidado naquilo que escrevem, estão na blogosfera para apresentarem opiniões pessoais com base em fontes credíveis. Mas, como se compreende não somos imparciais e nem temos que ser.O grande problema é estes 3 blogue são o exemplo vivo da força, mobilização e organização do PCP.
VIVA A DEMOCRAÇIA CONQUISTADA NO 25 DE ABRIL"

9.11.06

JOSÉ MARQUES 1

Publicada por zemanel |

José Marques, no seu subversivo, atacou directamente os três blogs "comunistas" de Torres Novas - ameaçando com a responsabilidade civil e criminal de quem escreve. Enviei-lhe o seguinte comentário:

Concordo plenamente consigo. Quem escreve num blog deve assumir as suas responsabilidades inviduais e perante a sociedade - e portanto, as suas responsabilidades políticas.A cultura da ofensa, da graçola tola e da calúnia é infelizmente um dos males portugueses. Tal como a cultura do MEDO, do medo da participação e do medo da livre expressão. Pessoalmente sempre repudiei a cultura da calúnia e da graçola( tenho posts e vários comentários em diversos blogs nacionais referindo isso)...Mais: a minha intervenção política sempre se tem pautado por um espírito de oposição política construtiva, como poderá comprovar junto dos elementos socialistas dos órgãos autárquicos da freguesia de Santa Maria. Estranho no entanto que venha agitar com o fantasma do medo, da responsabilidade civil e criminal com um alvo bem dirigido - os três blogs comunistas de T. Novas. Sobretudo vindo de si...(Não foi na blogoesfera que se chamou Salazar mal educado a A. Rodrigues ). Estranho este seu ataque aos blogs dito "comunistas" e confesso que me assusta o tom. Não que tenha medo de levar com um processo judicial. Mas não esperava de si a perseguição à expressão livre dos comunistas torrejanos. Espero estar a interpretar mal, sinceramente. A Expressão na blogosfera, nos 3 citados blogs, não é ofensiva, mas decorre do debate e confronto de ideias. Retomamos o debate sem ameaças?

8.11.06

PEDRO LOBO ANTUNES

Publicada por zemanel |


Andar pela Internet, às vezes traz-nos descobertas...
Ao navegar pela Informação Alternativa, o disco em destaque é o disco do "Padre Fanhais" -Canções da Cidade Nova ou Dedicatória de 1970.
Ao olhar para a foto da capa descobri que as três primeiras músicas foram musicadas por PEDRO LOBO ANTUNES, actual vereador do urbanismo na Câmara Municipal de Torres Novas!
Sabia-se da forte ligação de amizade a Francisco Fanhais. Também se sabia que nos anos da brasa em 1974/1975 PEDRO LOBO ANTUNES esteve em Torres Novas com Zeca Afonso e Fanhais entre outros elementos da LUAR, na aldeia de Árgea, para criar uma Comuna.
Aliás esta experiência com tanto de poético como de inconsequente esquerdismo em Árgea, está estranhamente por contar !!!! Desde essa altura, PEDRO LOBO ANTUNES ficou por Torres Novas.
Mas quem vê hoje PEDRO LOBO ANTUNES, calvo e fumando os seus charutos, recostado ao poder, dificilmente o imagina "hippie", militante da LUAR e a musicar canções do Padre Fanhais...
Sugestão para a Comunicação Social Local e para os investigadores torrejanos: Contem a História da Comuna de ÁRGEA, procurem os seus activistas, escutem-nos, ouçam a população que se lembre da comuna, contem, relatem, investiguem...
http://www.infoalternativa.org/radio.htm

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