CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

30.11.09

O senhor Chefe de Gabinete de Apoio Pessoal

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(clicar na imagem para aumentar)
Tudo dentro da lei, obviamente. Nem isso se discute.
Mas cumprida a missão na chefia da redacção de " O Almonda", há novas missões para cumprir.
Publicadas hoje mesmo em Diário da República.
Talvez agora percebamos melhor, se dúvidas houvessem, a saída do professor Bento Leão da direcção do histórico semanário local.
Talvez percebamos melhor porque alguns jornais/jornalistas foram convidados pelo município para acompanhar, por exemplo, a Presidência da Câmara Municipal de Torres Novas na visita a Timor Leste. Ou pelo menos foi assim que surgiu aos olhos da opinião pública. Independentemente de quem pagou a viagem.
Talvez percebamos melhor os elogios públicos recentes do poder executivo local ao "posicionamento actual" da Igreja Católica em Torres Novas.
Talvez percebamos melhor alguns silenciamentos ostensivos de algumas forças políticas.
Tudo dentro da lei: obviamente e não há nisto ponta de ironia.
Apenas uma séria, profunda e fundamentada preocupação com a independência informativa no nosso concelho - uma preocupação chamada dever de cidadania.
Nada mais a declarar. Por ora.

29.11.09

OPERÁRIOS DO NATAL

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É dezembro...

Vem aí o Natal e alguém colocou na net esta bela recordação para os putos de Abril!
Porque cada amigo nosso vale mais que o Pai Natal
Quem se recorda?
VISITA OBRGATÓRIA CLICANDO DIRECTAMENTE AQUI ou pelo link:

Textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa. As músicas são de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho. Toda a narrativa é feita por Maria Helena D'Eça Leal.




29.11.09

Continuamos a relembrar Ary dos Santos

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Na mesa do Santo Ofício

Tu lhes dirás, meu amor, que nós não existimos.
Que nascemos da noite, das árvores, das nuvens.
Que viemos, amámos, pecámos e partimos
Como a água das chuvas.

Tu lhes dirás, meu amor, que ambos nos sorrimos
Do que dizem e pensam
E que a nossa aventura,
É no vento que passa que a ouvimos,
É no nosso silêncio que perdura.

Tu lhes dirás, meu amor, que nós não falaremos
E que enterrámos vivo o fogo que nos queima.
Tu lhes dirás, meu amor, se for preciso,
Que nos espreguiçaremos na fogueira.

25.11.09

Pedro: vale a pena lutar!

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www.combate.blogspot.com

25.11.09

...há uma esperança que não fica à espera!

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25.11.09

novembro tem sempre resposta

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Da parte dos fascistas e neofascistas, a ilegalização e repressão violenta do PCP era, não apenas um desejo mas um objectivo que pretendiam fosse alcançado no imediato. Soares e o PS tinham representado um papel importante na acção política preparatória do 25 de Novembro. Mas o golpe do 25 de Novembro não foi o que projectaram. Nenhum dos seus três objectivos centrais imediatos se concretizou. Nem a liquidação da dinâmica revolucionária e das suas conquistas. Nem o esmagamento militar do PCP, do movimento operário e da esquerda militar, nem, como resultado do golpe, ser Soares o vencedor, aquele que teria salvado a democracia de um golpe e de uma ditadura comunista e que por isso assumiria naturalmente de imediato, no poder do Estado, as responsabilidades daí decorrentes. Tal operação foi tentada mas falhou."

(Álvaro Cunhal in A verdade e a mentira na Revolução de Abril)

25.11.09

Foi bonita a festa, pá

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Já murcharam tua festa pá,

mas certamente
esqueceram uma semente
nalgum canto de jardim




25.11.09

O furioso anticomunista

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“O PM Soares, de Portugal, visitou-nos…É socialista, mas procura investimento privado para a indústria de Portugal e é um anticomunista do mais furioso que se pode encontrar. É um grande apoiante do nosso país e do Ocidente”
Ronald Reagan

25.11.09

...a traição de novembro e o resto que se sabe

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21.11.09

Anda Pacheco!

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Da face oculta, a imprensa noticiou esta semana que Luís Figo terá cobrado 15 mil contos ao PS para no encerramento da campanha eleitoral tomar o pequeno-almoço com Sócrates e dizer que o senhor engenheiro é um homem sério.
Para este serviço, acho pouco dinheiro.
Sinceramente. De facto, de todo, Luís Figo não é o pesetero que os espanhóis apregoavam.
Embora fique mais caro que a Hermínia Silva que apoiava Mário Soares, de certeza, por quantias bem mais modestas.


21.11.09

A crise no oasis chamado Torres Novas

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cartoon " O MIRANTE" (arquivo)

Era inevitável. Só não via quem não queria ver.
Depois da crise do inicio dos anos 90 que destruiu uma boa parte do tecido industrial torrejano, fomos vendo nestes últimos dois anos ao lento desaparecimento de muitas pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo, a situação na "histórica" Fiação e Tecidos foi-se agravando, encontrando-se há largo tempo a trabalhar em lay-off.
Os sinais estavam aí. Bastava andar nas ruas ou passar pelo menos uma manhã no Centro de Emprego da Cidade.
Insistentemente os responsáveis autárquicos têm negado a crise social, que está instalada,embora por vezes (mal) disfarçada. Como se Torres Novas pudesse ser uma oasis ou uma ilha isolada.
Agora a UNIVEG, multinacional situada em Riachos, inaugurada com pompa e circunstância acaba de proceder a um despedimento colectivo de 42 trabalhadores - a confirmarem-se as notícias publicadas aqui.
Será que ouviremos alguma palavra dos responsáveis autárquicos da Junta de Freguesia de Riachos e da Câmara Municipal de Torres Novas?
É óbvio que a autarquia não pode ser responsabilizada pela gestão de unidades privadas.
Mas porque é que na hora do anúncio de novas unidades industriais os autarcas se arrogam no direito de se auto-proclamarem os grandes heróis dos novos investimentos e depois na hora do adeus se remetem a um profundo mas ruidoso silêncio?

18.11.09

Coisas do Ary (1) - HOMENAGEM CANHOTICES

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Foto: CANHOTICES
( Renova 2009 )

A FÁBRICA

Da alavanca ao tear da roda ao torno
da linha de montagem ao cadinho
do aço incandescente a entrar no forno
à agulha a trabalhar devagarinho.

Da prensa que se fez para esmagar
à tupia no corpo da madeira
do formão que nasceu a golpear
à força bruta de uma britadeira.

Do ferro e do cimento até ao molde
que é quase um esgar de plástico sereno
do maçarico humano que nos solde
às luz da luta e não do acetileno

nasce este canto imenso e universal
sincopado enérgico fabril
sereia que soou em Portugal
à hora de pegarmos por Abril.

Transformar a matéria é transformar
a própria sociedade que nós fomos
ser operário é apenas saber dar
mais um pouco de nós ao que nós somos.

Um braço é muito mas por si não chega
por trás da nossa mão há uma razão
que faz de cada gesto sempre a entrega
de um pouco mais de força. De mais pão.

Estamos todos num único universo
e não há uns abaixo outros acima
pois se um poema é uma obra em verso
um parafuso é uma obra-prima.

Operários das palavras ou do aço
da terra do minério do cimento
em cada um de nós há um pedaço
da força que só tem o sofrimento.

Vamos cavá-la com a pá das mãos
provar que em cada um nós somos mil
é tempo de alegria meus irmãos
é tempo de pegarmos por Abril.

ARY DOS SANTOS

15.11.09

Lembram-se da Sabrina?

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"O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Noronha de Nascimento, considerou nulas e ordenou a destruição das escutas das conversas entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e Armando Vara, no âmbito da operação “Face Oculta”.
No Publico on line: VER CLICANDO AQUI

Boys, Boys, Boys

15.11.09

Onde se fala de futebol, de mulheres, corrupção

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Num pequeno canto do "Expresso" de ontem, na secção desportiva, deparámos com uma notícia daquelas que nunca serão manchete, nem assunto de discussão de café, mas que revelam bem o lastimável momento que se vive em Portugal.
Segundo a notícia, duas mulheres foram eliminadas no acesso ao curso de nível máximo de treinadores precisamente por serem mulheres!
As duas mulheres excluídas cumpriam os segundos e quartos requisitos de admissão e houve homens admitidos que ingressaram no curso, à sua frente, cumprindo apenas com o quinto requisito.
O Segundo requisito de admissão conferia prioridade a candidatos com mais de 15 internacionalizações pela selecção A e o quarto critério destinava-se a favorecer treinadores da II divisão nacional.
As candidatas em causa cumpriam tais requisitos.
Ora segundo a Federação Portuguesa de Futebol, as candidatas em causa foram excluídas porque embora treinem equipas de futebol feminino da 2ª divisão feminina em Portugal, tal não foi considerado dado que o Futebol Feminino , de acordo com a Federação , " não tem carácter profissional" ou aproximado.
Mais grave ainda é a discriminação relativa ao segundo critério: a Federação não considera válida contagem de participações na selecção de futebol A...feminina - que joga representando a própria FPF, com as cores do país e em provas da UEFA e da FIFA!
No entanto esta mesma Federação, que recebe verbas chorudas do Estado ( não o esqueçamos ), tem o despudor de dizer que " a selecção nacional AA é indubitavelmente a selecção sénior masculina" !!!!
Em todo o mundo o futebol feminino é uma realidade. O desporto no feminino é uma das conquistas da Humanidade e que é valorizado em todos os países onde o respeito pela igualdade de oportunidades tem um mínimo de consideração. Apenas em sociedades retrógadas, geralmente dominadas por governos de origem teológica fundamentalistas, este tipo de argumentações são admitidas.
A Comissão para a Igualdade parece que já enviou para a Federação de Futebol uma recomendação censurando esta situação - recomendação que deve ter seguido para o caixote do lixo.
Esta poderia ser apenas uma notícia perdida, num canto de um semanário, paradoxalmente publicada num dia em que os media passaram o dia a insuflar-nos a cabeça com um "decisivo" play-off com a Bósnia Herzegovina. Enquanto os Decos jogavam na televisão as futebolistas portuguesas continuam enfiadas numa burkha....
Infelizmente não se trata apenas de uma pequena notícia. Ela é a notícia que reflecte um olhar muito claro sobre o estado de desenvolvimento da sociedade portuguesa.
Somos definitivamente um país pobre, em que se empobrece a trabalhar, um país de desempregados e precários, de reformados miseráveis, que pouco ou nada produz e em que a saúde e a educação são apenas acessíveis a alguns.
Mas a esta triste realidade económica junta-se uma profunda miséria de desenvolvimento social, onde todos estamos envolvidos que se reflecte na pobreza de produção,difusão e consumo cultural; na ausência de participação cívica ( que começa na ausência à reunião dos condomínios dos prédios onde vivemos) e política; no desprezo pelo património natural, monumental e cultural; na ditadura do futebol sobre todos os desportos e pelos vistos na ditadura do futebol dos machos sobre as mulheres e por aí fora...
Depois vêm coisas como as do Vara envolvido com o sr sucateiro e fazemos de conta que ficamos muito espantados.
Como se tudo isso, não não fosse o resultado natural deste Portugal dos pequenitos do século XXI, triste, medievo e a precisar urgentemente que se dê a volta a isto, coisa que não é impossível e para a qual vale a pena lutar.
Decididamente.
Vamos a isto?

12.11.09

Rua da Saudade

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Assinalando os 25 anos da morte do poeta Ary dos Santos nasceu o projecto musical RUA DA SAUDADE protagonizado por Luanda Cozetti, Mafalda Arnauth, Susana Félix e Viviane.Uma primeira audição ( no youtube e no Cd promocional oferecido hoje na Visão) transmite a sensação de estarmos perante um projecto à altura e (ao peso)de Ary. A força e a raiva das palavras ternas e solidárias está presente nas canções.
Embora não se perceba a razão de neste projecto de homenagem a Ary dos Santos se destacar a palavra saudade - quando o José Carlos Ary dos Santos partiu aos 46 anos carregado de Futuro!

11.11.09

Outro 11 Novembro

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Angola torna-se independente em 11 de Novembro de 1975 e marca o fim do último dos impérios europeus em África. Um país chamado Portugal, do Minho a Timor, descobria-se repentinamente encolhido num pequeno rectângulo na ponta da Europa. Um país que se descobria pobre, atrasado e periférico.
O sonho colonial que durou até ao 24 de Abril porque a ditadura fascista teimou no sonho podre da nação ultramarina que servia para sustentar uma elite militar numa guerra perdida e os monopólios económicos da nação que exploravam as riquezas naturais da colónia.
Mas esta é ...Uma história de povos que tomaram o destino nas suas mãos.


11.11.09

Documentos dos "anos da brasa" em Torres Novas

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Comunicado da " Comissão Distrital do PCP" de Setembro de 1974 com referências à situação na "António Alves " em Torres Novas - Clicar para aumentar

11.11.09

Crónica do Ribatejo: Poema de Lúcio Vieira

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"Ninguém diz da do fome nem da escravidão..."
Um poema do "torrejano" ANTÓNIO LÚCIO VIEIRA para Paco Bandeira

11.11.09

Dizem que é Dia de São Martinho

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11.11.09

A angústia do Guarda-Redes antes do Penalty...

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Robert Enke
1977 - 2009

8.11.09

Ainda os 92 anos da Revolução Russa

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"Se a União Soviética, tal como outros países, sofreu uma evolução negativa, que a conduziu ao desastre, não foi por que tenha fracassado o ideal e projecto comunista. Foi sim porque, num complexo processo, cuja análise está por aprofundar, acabou por se instaurar um "modelo" que deixou de corresponder a esse ideal e projecto e em alguns aspectos o perverteu.
Poder centralizado e burocratizado em vez de poder dos trabalhadores. Estatização completa da economia. Perda de ligação viva do governo e do partido com a classe operária e as populações. Ouvidos fechados à crítica. Não realização da prometida democracia "mil vezes mais democrática que a mais democrática das democracias burguesas". Intolerável abuso de métodos repressivos. Dogmatização da ideologia do partido e sua imposição como doutrina do Estado.
Já num processo avançado de degradação, a "perestroika" prometeu correcção e viragem: com mais democracia "mais socialismo". Não cumpriu. Renegou a revolução. Renegou tudo quanto o povo havia realizado, alcançado e vitoriado. Renegou a luta heróica dos que deram a vida. Renegou democracia e renegou socialismo.
O desmoronamento da URSS e a evolução para o capitalismo - com o caos económico, a liquidação de direitos sociais, as guerras internas, os "gangs" de súbitos milionários, o proliferar de poderosas mafias, a vaga da corrupção do crime e da prostitituição - é uma terrível catástrofe e perda para os povos da ex-URSS. Perda terrível também para os povos do mundo, que deixa campo mais livre ao imperialismo para se lançar à ofensiva tentando liquidar à força todas as forças que se lhe oponham, e impor de novo o seu domínio mundial.
Explica-se que na ex-URSS e noutros países se observe o que já se chama "saudade do passado". Não no sentido de refazer um "modelo" condenado, mas para, rejeitando tudo quanto estava mal e muito era, recuperando direitos perdidos, valorizando realizações e experiência passadas, encontrando soluções novas, reempreender a construção do socialismo. "

Álvaro Cunhal
"O Militante" Nº 233 - Março / Abril - 1998

8.11.09

A Golegã

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Já começou a Feira do Cavalo na Golegã:
Para quem mora por estes lados é impossível faltar.
A Golegã é sentir o frio das noites de novembro, os cavalos a desfilando garbosamente, é andar por ali, correr as ruas, dar de caras com o Chibanga no largo do central, os bifes no central, as castanhas assadas e o cheiro e o fumo pelo ar!
É preciso vir à Golegã para se perceber...
(Quanto mais não seja, para ver muitos meninos e meninas da cidade a desfilarem com o seu melhor traje :)))))) de proprietários agrícolas!!!)
Em homenagem à Golegã, aos cavalos, à Feira, aos marialvas ( puros ou de imitação) aqui ficam outras formas de olhar...noemadamente o 1º FESTIVAL HETEROSEXUAL MARIALVA E TAUROMÁQUICO DA CHAMUSCA - que é mesmo ali ao lado da Golegã, basta atravessar o Tejo...



8.11.09

HAVIA SÉCULOS - Manuel Gusmão

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Havia séculos
e eram florestas sobre florestas escritas.
O canto cantava: era o incêndio do vento

folheando a memória da terra

essa maranha de raízes aéreas que nasciam enterrando
mais fundo as árvores anteriores;
essa teia nocturna de troncos e lianas, de ramos e folhas,
nervuras que os versos enervam irrespiráveis;
esse mapa em relevo lavrado pela paciência da luz
que atrasando-se recorta
estas estranhas esculturas do tempo:
os poemas selvagens

o máximo excesso de uma rosa aquática e frágil
sempre a nascer desfiladeiros
e falésias, fendas, quebradas, ravinas
vulcões que deflagram em écrans sucessivos

Havia séculos
e o cinema dos astros
acendia ampolas e bagas, campânulas, cápsulas, lâmpadas;
punha em música a infinita noite dos versos que longamente
escutam
aqueles que muito antes ou muito depois vieram ou virão
até estes anfiteatros que os desertos invadem.

Havia séculos
e / atravessando as ruínas dessa terra quente, as páginas
de água dessa rosa alucinada / havia esse:
o comum de nós que dos seus se dividindo, verso
a verso, procura ainda alguém. E assim
era de novo o início.

A grande migração das imagens — havia séculos —
desde há muito começara, desde sempre, já.
E sem cessar migrávamos nós, inquietos e perdidos

sem paz e sem lei, sem amos nem destino.

MANUEL GUSMÃO

7.11.09

Álvaro: uma voz revolucionária

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Nota: a primeira imagem do vídeo pertence ao blogue "entre linhas entre gente" e retrata uma sessão da APU em Tomar em 1980 com Álvaro Cunhal

7.11.09

O QUE É A REVOLUÇÃO?

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O que é a Revolução?
Revolução é sentir o momento histórico.É mudar tudo o que deve ser mudado.
É igualdade e liberdade plena.
É ser tratado e tratar os outros como seres humanos.
É emancipar-nos por nós próprios e com as nossas forças.
É desafiar poderosas forças dominantes, dentro e fora do âmbito social e nacional.
É defender valores ao preço de todos os sacrifícios: modéstia, desinteresse, altruísmo, solidariedade e altruísmo.
É não mentir nunca nem violar príncipios éticos.
É convicção profunda de que não há força no mundo capaz de destruir a força da verdade e das ideias.
Revolucção é unidade!
É independência!
É lutar pelos nossos sonhos de justiça para Cuba e para o Mundo!
Eis a base do nosso patriotismo, do nosso socialismo e nosso internacionalismo!

Fidel Castro, 1 Maio 2000

(TRADUÇÃO LIVRE CANHOTICES)

6.11.09

1917-2009

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6.11.09

92 anos depois: algumas reflexões soltas

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Há noventa e dois anos atrás, pela primeira vez na História Mundial o poder era tomado em nome dos trabalhadores.
Bastaria esta simples frase para percebermos o alcance e a importância para a História da Humanidade da Revolução Russa de 1917.
No entanto, desde o fim da União Soviética, que se tem procurado branquear e fazer desaparecer da História as inúmeras conquistas para o Mundo e para o ser humano da vitória bolchevique na Rússia.
É preciso não esquecer o exemplo da Revolução Russa e o apoio da União Soviética no Mundo :
- na vitória militar sobre a Alemanha Nazi
- na importância da influência e organização comunista nos movimentos de resistência ao nazi-fascismo
-no apoio aos movimentos revolucionários dos povos asiáticos
-no apoio aos movimentos de libertação anti-coloniais ( apoio militar mas também científico e cultural)
-no apoio em todo o mundo às forças progressistas de libertação e independência dos povos
-na primeira linha no combate ao apartheid, apoiando o ANC e Nelson Mandela, quando nos EUA era considerado um terrorista
-no apoio Científico e cultural a quadros intelectuais de todo o mundo que tiveram a oportunidade estudar nas Universidades Sovíeticas
-no apoio aos movimentos revolucionários
-no apoio ao multilateralismo mundial dialogando com os não-alinhados
-no apoio pelo exemplo que deu origem às grandes conquistas sociais e laborais no ocidente
- ao desenvolvimento científico da humanidade
A queda da União Soviética não foi a vitória do capitalismo nem dos EUA.
A União Soviética não foi invadida nem caíu sob o triunfo do imperialismo.
A derrota da União Soviética decorre de:
a) um processo de degeneração interna, de alta traição dos principais dirigentes, num quadro de contradições políticas internas em que se confundiu o Partido com o Estado; uma burocratização dos processos que limitou o aprofundamento da democracia interna, intencionalmente apodrecida e que propiciou a criação de um quadro de dirigentes que viriam a estar na primeira linha da liquidação do Estado Soviético para seu próprio proveito pessoal. Isto perante a apatia política da maioria dos cidadãos que viam, de um dia para o outro, os seus dirigentes atraiçoar, mudar de camisa e de campo, enquanto a corrupção e as mafias tomavam conta definitivamente da sociedade.
b) Não deixa de ser também relevante apontar outras questões. Os dirigentes soviéticos negligenciaram a importância que a produção de objectos de consumo não-essenciais têm para a satisfação e valorização das pessoas.
Enquanto no Ocidente os mecanismos da economia de mercado e da concorrência iam respondendo (de forma desigual é certo) aos desejos (legítimos) de consumo de bens secundários, os dirigentes soviéticos terão negligenciado a importância deste tipo de bens, através da recusa ortodoxa e cristalizada do mercado.
Tenho como opinião pessoal que a economia de mercado:
1- não é incompatível com a sociedade socialista, ao contrário do que os dirigentes soviéticos supunham;
2- não é a principal característica da economia capitalista e até já existia antes do capitalismo.
3- A economia de mercado ( regulado e em coexistência com outras formas de organização da economia) dá origem à produção de bens de consumo, que não sendo de primeira necessidade, são valorizados pelos individuos.
Seja como for:
O fim da URSS teve um impacto extremamamente negativo para o mundo.
Os povos deixaram de contar com uma força que defendia a libertação dos povos e dos trabalhadores.
A derrota da União Soviética e do campo socialista conduziu à unipolarização mundial em torno dos EUA, ao militarismo de Bush, ao ultra-liberalismo e à consequente crise capitalista.
O mundo hoje é um mundo mais pobre e desigual.
Com todos os erros cometidos, é na Revolução Russa de 1917 e no seu exemplo que os povos podem e devem confiar.
É a Revolução de 1917 o grande exemplo para os povos em luta pela sua libertação.
É a revolução de 1917 o grande exemplo de todos aqueles que no mundo lutam pela paz, pelo socialismo e pelo fim da exploração do Homem pelo Homem.
No Mundo de hoje desenvolvem-se processos revolucionários, incipientes e contraditórios, mas no seu essencial emancipadores ! Abrem-se novos caminhos de esperança económica, social e cultural que têm no seu fundo a mesma semente de esperança dos Homens e Mulheres da Rússia de 1917. Com criatividade, sem cristalizações nem modelos pré-definidos, no tempo e no espaço, é por este caminho que se transformará o mundo.
O futuro é construído aqui, neste chão que pisamos e que será um dia, nesse dia...
A TERRA SEM AMOS!

6.11.09

Coçar onde é preciso

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A propósito da penhora do Pavilhão Matias Pedro do Clube Desportivo de Torres Novas, no semanário " O Almonda" o colunista António Mário Lopes dos Santos coloca o dedo na ferida. A ler obrigatoriamente.

5.11.09

A Liberdade

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" os capitalistas sempre chamaram liberdade á liberdade de obter lucros para os ricos, à liberdade dos operários morrerem de fome."
Lénine

2.11.09

videomaria

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tarde de chuva em península inteira a chorar




1.11.09

Se...

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- DEFENDE O ALARGAMENTO DA PROTECÇÃO NO DESEMPREGO

- DEFENDE A REVOGAÇÃO DO FACTOR DE SUSTENTABILIDADE
- DEFENDE A ALTERAÇÃO DAS REGRAS DE ACTUALIZAÇÃO DAS PENSÕES E PRESTAÇÕES

1.11.09

It's the Economy, stupid!

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N ' " O PÚBLICO" de hoje a capa destaca os grandes desígnios do governo Sócrates:


"governar ao centro na economia e à esquerda nas opções de vida"


Ou seja, um acto falhado à nascença.
Quando Sócrates diz que quer governar ao centro percebemos todos muito bem o que isso quer dizer. Desde logo significa governar na economia com o apoio do Centro: Democrata Social (CDS) e Social Democrata (PSD).Sim, estamos a falar do centrão que desgoverna há 35 anos, centrão que ainda por cima tem sido sucessivamente enviezado à direita. Sócrates a governar ao centro é o Sócrates do Código do Trabalho, da vigilância aos sindicatos ( notável a nomeação de Valter Lemos para a Secretaria de Estado do Emprego), da destruição das carreiras públicas, da degradação salarial permananente, da destruição dos sectores produtivos, do encerramento de empresas, a (re)valorização da especulação bolsista, o regresso do contrlole do défice orçamental à custa da saúde, da educação e da justiça, dos subsídios sociais e das pensões, da privatização de serviços. Enfim este governo que opta pelo governo ao centro da economia é a repetição exaustiva da fórmula que tem deixado o país mais desigual, injusto e empobrecido.
Sócrates promete, no entanto, nas opções de vida governar de vida. Percebemos o que Sócrates quer dizer: Sócrates pretende embrulhar a sua política de suporte liberal com o folclore das medidas fracturantes, da igualdade, dos casamentos homsexuais, etc...Algumas delas medidas meritórias concerteza mas que não merecem ser tratadas como papel de embrulho para encher páginas de jornal, blogues, debates televisicos etc.
Nãos nos percamos e vamos ao essencial.
Sócrates diz que nas opções de vida governará à esquerda. Mas a sua política económica de centro ( direita, direita) condicionará e de que maneira as opções essenciais de vida daqueles que vão sossegadamente empobrecendo.
Governar à esquerda nas opções de vida é combater a desigualdade que alastra na sociedade, é combater o desemprego, é melhorar os salários, investir num salário mínimo nacional digno, apostar nas empresas e na produção nacional, apoiar o emprego com direitos, dignificar as carreiras dos trabalhadores do estado, aumentar as prestações sociais de reforma e de desemprego, apostar numa política de saúde, educação e de justiça para todos.
Em suma, mudar de vida.
Governar com opções de vida de esquerda é bem mais do que aquilo que Sócrates apregoa.
Governar atendendo a opções de vida à esquerda exige uma outra política económica e social, exige uma mudança clara de rumo e quanto a isso, com Sócrates, estamos assentes.

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