Nasceu.
Mais um conceito. Dizem-nos que é o modelo laboral da Dinamarca.
A mim cheira-me a mais um doutoramento de sociologia (modernaça) no ISCTE ( de onde vêm Ferro Rodrigues, Maria João Rodrigues, Paulo Pedroso e o ministro do Trabalho Vieira da Silva)!
Houve algum cérebro que importou a ideia e agora anda a vendê-la como se tivesse descoberto a pólvora.
Agora é a Flexigurança! - conseguem dizer? - Flexigurança! Flexigurança!
Aprendam que isto é socialiguês. E está-se mesmo a ver o quer dizer:
Precaridade Laboral.
A mim que venho da Sociologia do Trabalho não me enganam. Os meus colegas também percebem. Os trabalhadores portugueses, por conta de outrem, também já perceberam. Os sindicatos idem e as associações empresariais ibidem.
Afinal quem querem enganar?
Escrevam lá as teses de mestrado e doutoramento que quiserem. Estudem pela Wikipédia, vão ao google e façam copy+paste, especializem-se em apresentações de power point! Inventem à brava.
Mas não nos chamem deitem areia para os olhos.
Seus Flexidoutores.
(Algo está podre no Reino da Dinamarca...)
2 canhotices:
É o flexitrabalho...
Seria para rir se não fosse um desastre...
Temos que aguentar com eles?
A flexigurança, como é evidente, é mais uma treta da classe dominante para justificar a maior precariedade e exploração dos trabalhadores. Na prática, o que a burguesia (e seu governo) quer é muito simplesmente garantir que a constante mudança de emprego esteja (ase)segura(da). Ou seja, o objectivo é exactamente permitir uma muito maior mobilidade da força de trabalho no mercado e, por conseguinte, reduzir o tempo em que esta transita do emprego precário A para o emprego ainda mais precário B e, passados 4,5,6 meses, para o emprego C mais precário ainda!
Aliás, isto é abertamente assumido pelos intelectuais do sistema. Num colóquio de sociologia realizado na minha faculdade, o António Dornelas - ex-secretário de estado do trabalho do PS, prof no ISCTE e defensor do neoliberalismo - afirmou peremptoriamente que a flexigurança existe para baixar os custos com o trabalho e favorecer os despedimentos dos trabalhadores.
Estes gajos querem fazer dos trabalhadores meras peças descartáveis sem direitos e completamente à mercê dos patrões. Por outro lado, é inacreditável a desfaçatez destes fdp em quererem acabar com o que foram duas das conquistas civilizacionais mais importantes dos trabalhadores: 1) o direito à estabilidade no emprego; 2) a inerente possibilidade de construir uma carreira profissional.
Como comunistas temos de manter vigilância a todas as medidas encapotadas de explorar os trabalhadores ainda mais.
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