A eurodeputada comunista debateu com sala cheia no Entroncamento
FOTO- ENTRONCAMENTO ON LINE
(TRANSCRITO DO ENTRONCAMENTO ON LINE)
Ilda Figueiredo contra a flexigurança
Com a sala cheia, a deputada comunista, considerou o modelo da flexigurança, “como um ataque aos direitos dos trabalhadores e às suas organizações de classe. Com que segurança ficam os trabalhadores para lutar e fazerem greve, sabendo que serão despedidos, porque existem outros à espera para entrar?”, questionou Ilda Figueiredo.
Para a deputada, a flexigurança, “ao abrigo da Constituição Portuguesa, nomeadamente o artigo 53 que garante a segurança no emprego, é inconstitucional e não pode ser aplicada”.
No debate que se seguiu, pouco se falou de flexigurança, tendo sido abordados outros ataques aos trabalhadores por parte do Governo e feito um rescaldo da Greve Geral.
Flexigurança é um termo novo na língua portuguesa, que começámos a ouvir há pouco tempo e que significa em poucas palavras oferecer mais benefícios sociais em troca de maior facilidade nos despedimentos, permitindo às empresas contratar quando têm mais trabalho e despedir em tempos de crise. O modelo que foi implementado na Dinamarca nos anos 90, abandona o conceito de trabalho para toda a vida, oferecendo benefícios gratificantes a quem fica no desemprego e criando condições para o regresso rápido ao mercado de trabalho. O objectivo é reduzir o desemprego, fundamentalmente nas camadas mais jovens e aumentar a competitividade das empresas. O modelo teve êxito nos países do norte da Europa, mas foi rejeitado em França.
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