CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

22.6.07

Homenagem ao Cinema!

Publicada por zemanel |

O American Film Institute elegeu os 1oo melhores filmes de sempre. À cabeça da lista o inevitável Citizen Kane.
Para mim escolheria o Cinema Paraíso - uma escolha mainstream e um tanto ou quanto lamechas...Mas que condensa naquela história toda a magia e fascínio do Cinema: A música de Morricone, a fotografia...e os beijos cortados na película.
O barulho da máquina de projectar...a imperfeição analógica.
Tudo isto me diz qualquer coisa.
Eu que cresci a ver desenhos animados canadianos, checos, da RDA a 8 mm no Cine-Clube.
Eu que aos 18 anos ainda fui, algumas sextas feiras, à Calçada de Santana em Lisboa, ao Inatel, buscar bobines em 16 mm que exibíamos à noite no Cine-Clube de Torres Novas.
Com o barulho da máquina. E a irritação mal disfarçada da fita que partia e colávamos com acetona. (...e a habilidade era tão pouca)
Para mim, o meu o voto é mesmo no Cinema Paraíso: Mainstream e lamechas, pois então.

3 canhotices:

GR disse...

Giuseppe Tornatore
Este jovem siciliano (31 anos) não só realizou, como fez o argumento, de um dos melhores filmes (para mim),Cinema Paraíso (1989).
Penso que ganhou todos os grandes prémios de cinema, em 1990.
Oscar – Prémio da Academia Americana, Festival de Cannes, César e por certo muitos mais.
Contudo, comprovamos que é excepcional quando vemos, “A Lenda de 1900” ou “Malèna”.
Há um fio condutor nas suas histórias; anos 40, infâncias difíceis, fortes amizades, separações, amores inatingíveis, confiança de um futuro melhor e a nostalgia da memória.
Tornatore comove por exprimir profundamente os afectos e a memória! em todos os seus filmes. Só vi os três filmes, acima referidos.
A belíssima música dos seus filmes,é de Ennio Morricone (penso não errar).
Cinema Paraíso, sempre!

GR

Anónimo disse...

Eu também voto no Cinema Paraíso. Pela memória: a minha. Aqui fica ela: eu tenho a idade do personagem do Cinema Paraíso; na minha aldeia havia um cinema, propriedade da igreja; o padre censurava todos os filmes e cortava todas as cenas de beijos; eu, então garoto de 8/9 anos, era amigo do projeccionista (o Sr. João do Cinema) e via os filmes lá de cima, da cabine de projecção; um dia, foi exibido o filme O Milagre de Milão (Vittorio de Sica) que me fascinou a ponto de o meu amigo projeccionista voltar a projectar o filme só para mim e para ele; quando o meu amigo morreu, a minha mãe telefonou e deixou o seguinte recado na casa onde eu vivia, em Lisboa: «diga-lhe que morreu o Sr. João do Cinema»; e eu fui ao funeral.

GR disse...

Simão Forte (Salvatore!)

Gostei!
Comovente história.
Memórias com poesia, inesquecíveis afectos.

GR

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