Ou será que
governar é assim tão difícil
porque a exploração e a mentira
são coisas que custam a aprender?
Bertolt Brecht
Porreiro, pá.
Uma lágrima terá chegado aos olhos emocionados de José, enquanto mordiscava o lábio.
Ali, nos Jerónimos, José acreditava que estava a escrever uma página na história. Porreiro, pá, foram as palavras de José para o sorridente Zé Manel.
O velho Mário Alberto aproximou-se. Também ele ali tinha feito história há uns anos atrás. Por isso quis ficar, de novo, na fotografia.
Finalmente a Europa connosco.
Que importava o desemprego? A economia decadente? Que importava a miséria e a fome? Que importava naquele momento o encerramento de fábricas, o fim da agricultura nacional? Que importava a restauração monoplista da economia nacional? Nada importava, pois se era história que se estava fazendo.
No fim, lá foram os senhores da História almoçar. De carro Eléctrico, Escoltados e vigiados. Com a Rua cortada. Com o povo bem afastado. Muito afastado. Eles, que escrevem a História dos povos têm tanto medo do povo.
Porreiro, pá.
É por esse medo de ouvirem, de escutarem que escrevem esta História assim. É este medo da voz do povo que os impede de colocarem a Constituição da Europa a votos. Eles, Democratas, são assim. Certo: É Gente que constrói a História.
Mas querem-nos bem longe...Como se a construção do nosso futuro dependesse apenas deles. Como se não exístissemos.
Estão enganados, pá. Estamos cá como sempre estivemos. É que a festa…
Não foi porreira, pá.
2 canhotices:
Porreiro para quem?
Qual festa?
A verdadeira "FESTA" é aquela que o POVO faz, quando canta ,quando come e bebe, quando discute, os seus problemas,quando apoia os seus artistas, lado a lado com os políticos que defendem, os interesses, do País e do seu POVO.
Isso sim é "FESTA DO ÀVANTE"
José Manangão
Gostei imenso deste texto!
Mais uma vez o JM disse e muito bem.
GR
Enviar um comentário