Texto publicado na edição do jornal O ALMONDA de 28 Abril 2006
25 de Abril – 32 anos
A LIÇÃO DE LITEIROS
A desilusão é muitas vezes uma palavra usada nestes dias de Abril. Perdem-se Direitos Sociais, atacam-se Conquistas Económicas e a Democracia Política é ela própria tão deficitária que a participação das pessoas na vida social limita-se a enfiar um boletim de voto numa urna de 4 em 4anos. Desilusão é pois uma palavra, 32 anos depois, a marcar Abril. É com alguma amargura na voz, que hoje alguns ainda gritam: 25 Abril Sempre!
Mas sejamos justos. Aos ataques sociais há quem resista. Há quem construa Abril todos os dias, defendendo a Liberdade e a Fraternidade como os mais belos dos sentimentos da Humanidade. E se hoje, ninguém é preso por dizer o que pensa, também é verdade que por medo, há cada vez menos gente a dizer o que pensa.
E quando nos dizem que ninguém liga a nada, ninguém quer saber de nada , às vezes somos tentados a concordar. Até que nos deparamos com “coisas” que ainda nos surpreendem, fazem sorrir e acreditar, que o Homem não se deixa derrotar às primeiras.
Vem toda esta conversa, porque o autor destas linhas, num dos “trambolhões” da sua vida, foi eleito em Outubro último, para a Assembleia de Freguesia de Santa Maria, pelas listas da CDU (PCP- PEV). Na primeira reunião da Assembleia de freguesia, foi sugerido que se realizassem reuniões descentralizadas da Assembleia na zona Rural da Freguesia, nas diversas aldeias. Responderam a este cronista, que “não é preciso, isso não faz grande sentido, ninguém assiste às reuniões…as pessoas não querem saber…”. Bom e assim se manteve as reuniões na sede da junta, na Cidade. Até que…
Na Assembleia Ordinária marcada 21 de Abril, aconteceu algo de surpreendente! Um a um foram chegando. De várias idades. Quando demos por isso a Sala de Reuniões da Assembleia estava cheia de moradores de Liteiros, que aproveitavam o órgão democrático por excelência da Freguesia, para denunciarem os problemas da sua aldeia. O maior dos problemas é sentirem que ninguém os ouve…Por isso a viagem até à Cidade!
Parece coisa pouca. Mas nos dias de hoje, uma série de pessoas juntarem-se colectivamente para apresentar as suas queixas aos eleitos de uma freguesia é absolutamente notável. Na semana antes das comemorações do 25 de Abril foi então extraordinário.
O Povo de Liteiros lembrou-nos o essencial: Que as pessoas são fundamentais, têm o direito de ser ouvidas e sobretudo, têm o direito de participar na vida pública e política! Liteiros lembrou-nos que as pessoas não servem só para votar: A presença do Povo daquela aldeia da freguesia enriqueceu a Assembleia, enriqueceu a democracia! Tomara a todos nós eleitos daquela Assembleia que mais pessoas se dirigissem às reuniões. Porque como dizia um Liteirense: “As pessoas neste país têm sido postas em 2º plano e isso tem que mudar!”
A construção Democrática é uma coisa que não devemos deixar para os outros. É essa a lição que Liteiros, aldeia de Torres Novas, nos deu neste 25 de Aril de 2006.
A LIÇÃO DE LITEIROS
A desilusão é muitas vezes uma palavra usada nestes dias de Abril. Perdem-se Direitos Sociais, atacam-se Conquistas Económicas e a Democracia Política é ela própria tão deficitária que a participação das pessoas na vida social limita-se a enfiar um boletim de voto numa urna de 4 em 4anos. Desilusão é pois uma palavra, 32 anos depois, a marcar Abril. É com alguma amargura na voz, que hoje alguns ainda gritam: 25 Abril Sempre!
Mas sejamos justos. Aos ataques sociais há quem resista. Há quem construa Abril todos os dias, defendendo a Liberdade e a Fraternidade como os mais belos dos sentimentos da Humanidade. E se hoje, ninguém é preso por dizer o que pensa, também é verdade que por medo, há cada vez menos gente a dizer o que pensa.
E quando nos dizem que ninguém liga a nada, ninguém quer saber de nada , às vezes somos tentados a concordar. Até que nos deparamos com “coisas” que ainda nos surpreendem, fazem sorrir e acreditar, que o Homem não se deixa derrotar às primeiras.
Vem toda esta conversa, porque o autor destas linhas, num dos “trambolhões” da sua vida, foi eleito em Outubro último, para a Assembleia de Freguesia de Santa Maria, pelas listas da CDU (PCP- PEV). Na primeira reunião da Assembleia de freguesia, foi sugerido que se realizassem reuniões descentralizadas da Assembleia na zona Rural da Freguesia, nas diversas aldeias. Responderam a este cronista, que “não é preciso, isso não faz grande sentido, ninguém assiste às reuniões…as pessoas não querem saber…”. Bom e assim se manteve as reuniões na sede da junta, na Cidade. Até que…
Na Assembleia Ordinária marcada 21 de Abril, aconteceu algo de surpreendente! Um a um foram chegando. De várias idades. Quando demos por isso a Sala de Reuniões da Assembleia estava cheia de moradores de Liteiros, que aproveitavam o órgão democrático por excelência da Freguesia, para denunciarem os problemas da sua aldeia. O maior dos problemas é sentirem que ninguém os ouve…Por isso a viagem até à Cidade!
Parece coisa pouca. Mas nos dias de hoje, uma série de pessoas juntarem-se colectivamente para apresentar as suas queixas aos eleitos de uma freguesia é absolutamente notável. Na semana antes das comemorações do 25 de Abril foi então extraordinário.
O Povo de Liteiros lembrou-nos o essencial: Que as pessoas são fundamentais, têm o direito de ser ouvidas e sobretudo, têm o direito de participar na vida pública e política! Liteiros lembrou-nos que as pessoas não servem só para votar: A presença do Povo daquela aldeia da freguesia enriqueceu a Assembleia, enriqueceu a democracia! Tomara a todos nós eleitos daquela Assembleia que mais pessoas se dirigissem às reuniões. Porque como dizia um Liteirense: “As pessoas neste país têm sido postas em 2º plano e isso tem que mudar!”
A construção Democrática é uma coisa que não devemos deixar para os outros. É essa a lição que Liteiros, aldeia de Torres Novas, nos deu neste 25 de Aril de 2006.
José M Pereira
1 canhotices:
parabéns ao povo de liteiros
luis delgado
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