Há uma bandeira que esteve sempre lá.
À porta da maternidade, do centro de saúde, do hospital. Esteve nas manifestações contra o Código do trabalho. Na mobilização da greve geral. Contra o tratado de Lisboa. Esteve com os professores e os enfermeiros. Com o pessoal das forças de segurança. Esteve com os funcionários públicos lutando contra o maior ataque às suas carreiras.
Esteve sempre lá: exigindo melhores pensões. Exigindo salários justos. Exigindo uma Escola Democrática. Contra Bolonha.
Esteve à porta da fábrica animando os trabalhadores com salários em atraso. À porta da fábrica que ameaçava fechar. Com o trabalhador desanimado que lutava corajosamente sozinho, também teve uma palavra de ânimo.
A bandeira esteve com os agricultores e com os pequenos empresários arruinados entre juros e impostos.
Há uma bandeira que esteve sempre lá.
Uma bandeira que continuará a estar.
Uma bandeira que nunca pediu a cor do cartão a ninguém, mas que soube acompanhar cada pequena luta, cada jornada, todas as lutas.
Esteve lá,
Porque é vermelha, da cor do sangue e da honra,
orgulhosa do passado, semente do futuro!
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