(imagem do A VER O MUNDO)
Não estive. Lamentavelmente distraído e esquecido.
O Professor Bento lançou hoje, em Torres Novas, o seu livro de poemas "O NEVOEIRO DOS DIAS" com a chancela da PONTE EDITORA.
A falha obriga-me a ir procurar o livro.
Eduardo Jesus Bento, o nome completo do poeta, é um dos poucos homens que tendo sido meu professor, faço questão de continuar a tratar respeitosamente por Professor - porque para lá do mestre-escola Eduardo Bento era o Professor humanista que nos desafiava permanentemente.
Conheci, faculdade incluído, homens de grande saber. Mas muito poucos me merecem o tratamento de Professor para lá da vida escolar.
De Eduardo Bento retenho ainda uma experiência particular. O Professor em 1990 "pegou" num punhado de professores e alunos ( e alguns extras) da Escola Maria Lamas e levou à cena no Virgínia um espectáculo teatral de homenagem aos 800 anos da entrega do Foral de D. Sancho a Torres Novas. Ao escriba deste blogue calhou-lhe o distinto papel de morto (!) que entrava carregado em ombros por um dos lados do palco e saía, mudo e quedo, novamente em ombros, 30 segundos depois, do outro lado do palco. Foi graças a esta excitante representação que o autor/ encenador me deu a oportunidade de poder dizer aos 4 cantos que já fiz teatro, sim senhor, olaré!
(Desse espectáculo ecoa-me na cabeça as palavras do coro: "Torre! Torre erguida pedra a pedra...")
Mas o Professor Bento é mais do que o professor aposentado, o cronista mordaz e irónico, o poeta e encenador teatral.
Eduardo Jesus Bento, natural de Abrantes, é uma referência cívica de Torres Novas.
Um daqueles homens verticais, rectos, portador dos mais nobre valores humanistas, porventura fora de moda, mas de cuja vida se pode dizer:
Eis um Homem!
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