CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.


Depois de muitos alertas da CDU, a Câmara de Torres Novas parece ter tomado consciência da realidade. Será que ainda se vai a tempo? Para já a Câmara ontem aprovou a seguinte moção aprovada pelo PS. PSD e CDU.

Executivo Camarário apresentou Moção contra eventual saída da urgência pediátrica de Torres Novas

Confrontados com a mais recente notícia sobre a eventual transferência para o Hospital de Abrantes do actual serviço de urgência pediátrica do nosso Hospital de Torres Novas, sentimos que foi a popular “gota de água” que fez transbordar toda a nossa capacidade de entendimento e de procura de consenso político no aceitar das regras superiormente ditadas pelo Ministério da tutela.
As declarações proferidas pelo Presidente do Conselho de Administração da ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO TEJO, Dr. António Branco para um jornal regional em que põe em causa o funcionamento do serviço de urgência pediátrica do nosso hospital, apontando uma “estratégia” por parte dos clínicos adstritos àquele serviço para obterem maior número de consultas como forma de justificar a permanência daquele serviço de urgência no nosso hospital, é para nós provocador e repleto de falta de ética, já que existem espaços próprios ao nível de Serviços e até políticos para se discutirem e proferirem tais afirmações.Sem colocarmos em causa naturais estudos encomendados oficialmente, temos conhecimento de outro estudo, compilando inúmeros elementos obtidos pelos técnicos do nosso Hospital, onde, de uma forma “arrasadora”, se torna facilmente constatável que o nosso Serviço de Urgência Pediátrica, é o que possui no Médio Tejo o maior número de consultas diárias de crianças, apontando para uma média de 80 crianças dia.Se os pais teimam em procurar estes serviços, entendemos também como o maior elogio para os nossos técnicos de saúde em primeiro lugar, e se existem dúvidas sobre a gravidade dos casos que acorrem á urgência pediátrica, será então importante repensar porque não são utilizados outros sistemas alternativos de consulta.Com uma história de sucesso na região, onde o empenhamento dos profissionais é relevante, o serviço de pediatria do nosso Hospital, veio a apetrechar-se gradualmente de equipamento e serviços progressivamente mais especializados e modernizados, como a título de exemplo os serviços de CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA, NEFROLOGIA PEDIÁTRICA, IMUNOALERGOLOGIA PEDIÁTRICA e CONSULTAS DE NEURODESENVOLVIMENTO. Não restarão assim dúvidas que caso desmontem o actual sistema com a transferência do Serviço de Urgência para Abrantes, ficaremos altamente “mutilados” na eficácia assistencial e operacional.A nossa autarquia, apesar de inúmeros contactos e reuniões, não se sente conformada, muito menos esclarecida e não irá deixar cair os braços.É tempo de dizer BASTA! Exigimos uma reapreciação urgente a todo o processo de distribuição de valências a este triângulo hospitalar TORRES NOVAS, TOMAR, ABRANTES.Temos conhecimento de um PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA PEDIATRIA NO MÉDIO TEJO, consensual entre os técnicos via UCF-UNIDADE COORDENADORA FUNCIONAL DO RIBATEJO NORTE.A omissão na divulgação deste Plano e a falta de discussão sobre o mesmo, deixa-nos perplexos e preocupados, já que apontavam uma solução de consenso de distribuição de especialidade de assistência pediátrica em equilíbrio pelas 3 unidades hospitalares.Iremos solicitar com urgência uma reunião com O Senhor Secretário de Estado da Saúde, no sentido de exigirmos que o nosso hospital, por múltiplos motivos provados, não venha a ser despejado de todo um historial brilhante, num concelho e região que só beneficiarão com o seu enriquecimento técnico assistencial.Propomos finalmente a criação de uma COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO HOSPITALAR, representativa dos municípios abrangidos, a criar no seio da COMUNIDADE URBANA DO MÉDIO TEJO.Ficaremos despertos para, se necessário, qualquer outra forma de fazermos valer a nossa razão, que é afinal, e com provas evidentes, o bom caminho para a solução governamental no caso em apreço.
(Deliberado, por unanimidade, na Sessão Camarária de 28 de Março de 2006, subscrito por toda a vereação representativa de todas as forças políticas que constituem o elenco camarário)

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