CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

21.3.06

DIA DA POESIA - FALAR DE JOSÉ ALBERTO MARQUES

Publicada por zemanel |


No dia da Poesia, hoje, falemos de José Alberto Marques - é um dos nomes maiores da poesia contemporânea portuguesa. Nascido em Torres novas, vive e"exilado" em Abrantes, esquecido e ignorado pelo poder local torrejano. Está certo, o homem nunca foi de lamber as botas... Conheçam a sua obra e a sua "loucura". poeta maldito hoja, será no futuro, quando morrer um nome incontornável da literatura portuguesa.
José - Alberto Marques nasceu a 4 de Outubro de 1939 em Torres Novas

Nunca deu conta de que era estudante por se interessar mais pelos textos do jornal escolar e por ter pertencido à Direcção do Cine Clube.Começou a ter uma paixão pela poesia a própria e a dos outros.Escreve para a revista do Colégio Andrade Corvo em 1958/59 o 1º poema concreto em Portugal por um português, intitulado SOLIDÃO.Foi universitário e teve várias profissões para saldar o preço da vida que lhe enchia os olhos de precepções e ilusões.Ganhou o tempo a rasgar papéis e objectos, acumulando livros enquanto era editor do jornal Quadrante da Faculdade de Direito de Lisboa.Depois seguiu o interminável percurso dos amantes e deixou o nome ligado ao Movimento de Poesia Experimental. Actualmente anima-o a felicidade de ter sido amigo da última geração dos surrealistas portugueses.Tendo sido um profissional do ensino, percorreu todos os cargos possíveis elegendo o de Orientador Pedagógico de Português (por concurso público), aquele onde a pele não interferia com o organismo.Foi candidato pelo M.E.S. (não eleito) à Assembleia Constituinte de 1975 e fez parte, mais tarde, da direcção do S.P.G.L..Escreveu livros de poesia, romances, livros infanto-juvenis, publicou textos de crítica literária em diários e revistas de especialidade, fez exposições de poesia visual em vários países e foi antologiado em várias edições portuguesas e estrangeiras.Encenou peças de teatro, fez happenings, instalações e performances.Além disso, esteve preso, por razões políticas em 1973.Sucede ainda que ganhou o 1º Prémio Nacional de LiIteratura Infanto-Juvenil nas comemorações dos 20 anos do 25 de Abril, com o livro Magia dos Sinais e obteve uma Menção Honrosa no Prémio Aquilino Ribeiro, com o livro Padrões.Foi homenageado em Abrantes, tendo-lhe sido atribuída, nos 80 anos de elevação a cidade, a medalha "Uma obra de prestígio sobre a arte".Fez parte da Direcção da Associação Portuguesas de Escritores

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