Álvaro Cunhal defendeu na sua tese de licenciatura, perante um júri presidido por MARCELO CAETANO, a problemática social do aborto, elaborada em 1940 - quando o fascismo teve o seu apogeu em Potugal e no Mundo.
Esta tese revela como o jovem Álvaro tinha uma mentalidade social francamente de vanguarda e de pioneirismo e de como os grandes problemas sociais do povo português sempre estiveram na primeira linha do seu combate.
É justo recoradar que discutimos agora o Aborto, as preocupações que levaram o jovem finalista de Direito a defender sob forte escolta policial aquilo que ainda hoje discutimos:a clandestinidade da maioria dos abortos, as causas económicas e sociais que levam muitas mulheres a ele recorrer, as efectivas discriminações de classe, a perseguição judicial das mulheres e a ineficácia das leis penais.
Estamos hoje a defender basicamente aquilo que o jovem Álvaro defendeu perante os Senhores Professores da Faculdade de Direito de Lisboa - mesmo com tantas transformações que o ocorreram no Mundo.
Estamos em 2007 e Portugal continua a ser um dos últimos países da Europa onde se penalizam as mulheres. Que em 11 de Fevereiro mudemos. Votemos SIM!
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