No dia em que a bola começa a rolar, lembrar o torrejano José Torres. Em 1966, foi um dos principais "magriços" em Inglaterra. Em 1986, foi seleccionador da selecção no Mundial do México. Em 2006, sofre de um problema de saúde grave, sobrevive com a magra pensão de serralheiro, porque o Benfica ( o meu Benfica!) nunca fez descontos para a Segurança Social! E sobrevive contra o esquecimento! Nestes ciclos de 20 anos, na vida do BOM GIGANTE, este é provavelmente o seu maior combate. Lembrar o torrejano, o homem. Foi o Zé dos Pombos que disse: "Deixem-me sonhar!"
Lembram-se?
Em 2005, publicámos o seguinte texto em O Almonda, quando o SL Benfica conquistou o seu último campeonato.
"(..)
CANTOS ESQUERDOS
José Manuel Pereira
Canto VI
Há ironias assim. No dia em que a águia conquistaria mais um troféu, o Correio da Manhã dedicou a sua revista dominical a um dos maiores símbolos do clube da Luz, relatando a doença e a coragem da família que o acompanha.
Na Luz, estalaram foguetes vermelhos. Cantou-se, bebeu-se. O clube do Povo, voltou a ganhar.
A praça 5 de Outubro encheu-se de vermelho, o viaduto e a avenida. A cidade toda.
Na Amadora, num modesto apartamento como terá sido?
Praticamente abandonado e esquecido pelo seu clube, tardiamente homenageado pela sua terra, que lhe deu o nome a uma rua( que ninguém sabe onde é) restam-lhe os pombos.
Há gigantes assim. O Zé dos Pombos já não voa sobre os centrais, deixemo-lo sonhar.
Ao fundo, continuo a ouvir as buzinas dos carros, aqui na rua.
Há ironias assim. No meio de tudo isto o Desportivo, voltou aos distritais. Sem sede, sem adeptos, sem modalidades, sem praticantes. Sem responsáveis?
Aqui, em Tomar, no Entroncamento com os Ferroviários, em Almeirim, por todo o distrito, foi o descalabro futebolístico. Agora que os campos de golfe estão na moda aqui pelo Ribatejo, que se convertam os relvados. Para mais estes “greens” já têm buracos que cheguem. Duvidam?(...)"
José Manuel Pereira
Canto VI
Há ironias assim. No dia em que a águia conquistaria mais um troféu, o Correio da Manhã dedicou a sua revista dominical a um dos maiores símbolos do clube da Luz, relatando a doença e a coragem da família que o acompanha.
Na Luz, estalaram foguetes vermelhos. Cantou-se, bebeu-se. O clube do Povo, voltou a ganhar.
A praça 5 de Outubro encheu-se de vermelho, o viaduto e a avenida. A cidade toda.
Na Amadora, num modesto apartamento como terá sido?
Praticamente abandonado e esquecido pelo seu clube, tardiamente homenageado pela sua terra, que lhe deu o nome a uma rua( que ninguém sabe onde é) restam-lhe os pombos.
Há gigantes assim. O Zé dos Pombos já não voa sobre os centrais, deixemo-lo sonhar.
Ao fundo, continuo a ouvir as buzinas dos carros, aqui na rua.
Há ironias assim. No meio de tudo isto o Desportivo, voltou aos distritais. Sem sede, sem adeptos, sem modalidades, sem praticantes. Sem responsáveis?
Aqui, em Tomar, no Entroncamento com os Ferroviários, em Almeirim, por todo o distrito, foi o descalabro futebolístico. Agora que os campos de golfe estão na moda aqui pelo Ribatejo, que se convertam os relvados. Para mais estes “greens” já têm buracos que cheguem. Duvidam?(...)"
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