Há muitas maneiras de olhar para os resultados das eleições autárquicas em Torres Novas. Eu próprio tenho algumas reflexões alinhavadas: Umas mais simples, outras mais complexas.
Deixemos aqui apenas um olhar simples - que não será necessariamente simplista. E sobretudo um olhar desafiador, aqui e ali provocador, aguardando feed-back para um debate que deveria ser feito.
Em Torres Novas, as eleições autárquicas ditaram a continuidade com maioria absoluta. Este é o grande facto irrefutável .
Os modelos de desenvolvimento propostos pela oposição foram rejeitados pela população do concelho de Torres Novas.
O CDS subiu a sua votação mas manteve-se como uma força residual no concelho. O Bloco de Esquerda elegeu mais um elemento na Assembleia Municipal, recuperou um mandato em Riachos, conquistou mandatos nas juntas da Cidade de S. Pedro e Santiago. Do resto, um resultado muito pobre - longe até do resultado do PRD / Independentes em 1985, quando Guilherme Sarmento Pinto concorreu pela primeira vez ao município torrejano.
O PSD, envolvido ainda nas suas guerras internas, teve igualmente um mau resultado apesar do forte investimento em propaganda.
Deixei a CDU para o fim e não foi por acaso. Tendo entusiasticamente feito parte do projecto da CDU para Torres Novas, integrando a concorrente à Câmara Municipal é para mim dificil fazer uma análise fria dos resultados.
Fiquemos agora pelos factos: A CDU obteve para a Câmara o pior resultado de sempre mas manteve afinal de contas ainda com alguma folga o seu vereador ( resultado louvável já que no distrito de Santarém com excepção dos quatro municípios onde é maioria, a CDU só tem presença nos executivos municipais de Torres Novas, Almeirim, Cartaxo e Coruche.).
A CDU perdeu um membro da Assembleia Municipal perdeu a Freguesia de Pedrógão. A CDU manteve nas suas mãos a Ribeira Branca. Ficou a escassos votos de conquistar Riachos. E conquistou o bastião PS chamado LAPAS que nos deu a todos um gozo imenso.
Sobretudo porque o tesouro escondido e abandonado que tem sido as LAPAS vai ser nas maõs da CDU o brinquinho que já merecia ser há muito tempo.
Ao fim e ao cabo, o recuo eleitoral da CDU, no plano prático alterou pouco a nível de mandatos para os próximos quatro anos.
Os Torrejanos recusaram o modelo de desenvolvimento que a CDU propôs para o concelho.
Um projecto que era a antítese do projecto Rodrigues/PS feito de promessas, brilhantes e lantejoulas. Mas que foi afinal o projecto vencedor.
Parabéns aos vencedores.
Duvido que Torres Novas tenha ganho com isso.
É por isso que continuaremos no nosso posto.
Continuaremos a lutar por um concelho melhor para todos!
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