Debaixo das bandeiras,esse mar imenso construído de verde, amerelo, azul e vermelho, estavam os homens e as mulheres, o povo deste país, gente que é gente e que representava muitos outros ques não puderam estar.
Debaixo das bandeiras ecoavam bem alto as vozes do protesto, de punho erguido exigindo Abril de Novo.
Debaixo daquelas bandeiras, ia a gente que faz Portugal.
Debaixo das bandeiras marchou a confiança de que é possível outro caminho, a confiança na alternativa, confiança na transformação!
Por isso debaixo daquele mar de cores, entre um e outro grito de protesto, fixávamos o olhar para o lado e havia sempre alguém que connosco marchando nos sorria: trazíamos todos no rosto o sorriso da confiança, não o sorriso da arrogância, mas um sorriso puro o e quase original!
Entre um grito e outro de protesto, ficava o abraço ao camarada qua já não víamos há tanto tempo!... havia tempo para (re)conhecer a camarada de Coruche, a rapariga da aldeia vermelha ( olá LiLi) e em trinta segundos, reafirmarmos a nossa vontade de afirmar que Abril, pode ser a 23 de Maio e os dias todos que quisermos do nosso futuro colectivo.
Pergunta o Samuel, no seu Cantigueiro, como se pode abraçar um mar de gente. Pergunta tão pertinente e sem resposta.
Basta sabermos que estivemos lá. Que há mais que poderiam lá estar e que foram impedidos pelas contigências da vida.
Estivemos e estaremos sempre todos os dias com esta bandeira onde cumprimos as nossas tarefas: Junto dos trabalhadores que lutam nas fábricas( como esta semana na Platex de Tomar); nas escolas, nas autarquias; nos serviços públicos; com os pequenos empresários; os reformados, os desempregados, os precários, os novos jovens emigrantes...
Perguntou o poeta:"Quantos fomos ? Quantos somos?"
...Somos muitos, muitos mil, para continuar Abril!
4 canhotices:
A Luta também se faz com Amizade, ontem os abraços deram-se em cada olhar, em cada sorriso e nas palavras que ficaram por dizer!
Ontem estavam lá tantos!
Somos muitos, somos tantos para continuar ABRIL!
Bjs,
GR
Belo texto!
Abraço.
Foi uma maravilha e desta vez podem dizer que foram os comunistas!
Um abraço
... e muitos mais, por motivos da vida que se tem hoje em dia, não puderam estar presentes. Tentavam saber pela comunicação social como estava a decorrer a marcha. Qual marcha? Estava lá alguém? na TSF, por exemplo, era noticia de abertura os jogadores do Rio Maior que estavam em greve e que se calhar hoje não jogavam! 85000 pessoas? Isso dizem os comunistas... Mas alguém desmente este número? Não, pois isso é impossível. A todos os que lá estiveram, obrigado! Eu, infelizmente, só estive em pensamento, mas sempre ao VOSSO lado! Obrigado a todos! E sim, somos mesmo muitos!
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