Jerónimo de Sousa, que teve no auditório do Instituto Português da Juventude uma sala pequena para as centenas de pessoas do distrito que quiseram assistir ao comício, trouxe a Santarém um discurso de "inquietação e confiança".
Inquietação com as políticas que têm vindo a ser adoptadas pelo Governo nos mais diversos sectores e de confiança de que, "com luta, é possível outra política e um rumo diferente" para o país, disse.
Jerónimo de Sousa prometeu para 01 de Março, dia para o qual o PCP convocou uma marcha em defesa da liberdade de organização partidária, que culminará junto ao Tribunal Constitucional, a presença de milhares de militantes.
"Vamos com os nossos cartões no ar para mostrar que somos muitos, muitos mais, que 5.000", disse, levando os que estavam na sala repleta a gritar
"somos muitos, muitos, muitos para continuar Abril".
Da assembleia geral do BCP, depois do chumbo da proposta "Cadilhista" de voto secreto, só há uma coisa a dizer: Afinal o voto de braço no ar é democrático - excepto no PCP, claro.
O debate que abaixo se reproduz foi produzido por duas eminências que decidiram discutir "práticas" que eles conhecem bem e que supostamente se fazem no PCP - de onde já saíram. Considerando o facto deste militante que aqui escreve ser militante do referido partido, facto que ocorreu já depois destas eminências terem saído e, nunca tendo constatado que essas práticas existam presentemente, facilmente se pode concluir que tais práticas a terem existido e a serem do conhecimento destas eminências, é grande a probabilidade de eles próprios as terem executado. Ou seja, do que o PCP se livrou!... Um obrigado ao CANTIGUIERO, de onde este vídeo foi surripiado...
Estamos alerta! Há um ano a Comissão Técnica das urgências desqualificava as urgências dos Hospitais de Tomar e Torres Novas para SUB - serviço urgência básica. Tal medida era ilógica visto que o CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO funciona como um organismo único tripartido entre as unidades de Tomar, Torres Novas e Abrantes. Perante a contestação que então nasceu há um ano, ANTÓNIO RODRIGUES (Presidente C. M. Torres Novas e líder distrital do PS) comprometeu-se pessoalmente e afirmou que tinha a palavra do ministro da saúde em "como tudo ficava na mesma". Entretanto nunca houve um papel escrito! Acontece que na Terça feira passada o DN revelava que segundo o Ministério da Saúde "Barcelos, Amarante, Lamego, Águeda, Alcobaça, Torres Novas, Tomar, Elvas, Lagos são os hospitais que já estão a funcionar como SUB." Hoje, Domingo, no Público está escrito que "formalmente, já há SUB nos hospitais de Alcobaça, Torres Novas e Tomar".
Quem nos anda a enganar???
Como é ?
Temos que sair para a rua como em Anadia?
Entretanto a CDU de Torres Novas já solicitou uma Assembleia Municipal Extrordinária para debater esta questão!
Deu nas notícias ao almoço num dos canais de televisão: Francisco Louçã terá dito que a Luta contra a Alta Tensão vai ser o... "grande movimento social do...século XXI!!!!"
Se eu ouvi bem, é por estas e por outras, que alguns militantes do Bloco ainda não perceberam a importância do PCP na sociedade portuguesa.
Santana Lopes já avisou há alguns anos atrás: É no Canal Caveira, no cozido, que se compram os árbitros. Deve ser por isso que a prisão de Pinheiro da Cruz vai até esse mítico lugar. Ou então os presos vão ter que gramar com o cozidinho todos os dias. Ou com mão de vaca com grão, vá.
Os Clã, grupo musical do nosso país, fizeram em tempos uma canção chamada "problema de expressão". Provavelmente à conta disso, alguns políticos da nossa praça, curiosamente todos eles "socialistas" têm referido que este governo tem tido alguns problemas de comunicação. o último a fazê-lo foi Jorge Sampaio. Oh senhores inteligentes: A gente já percebeu, já! ...A gente não concorda é com este "socialismo"... (Já agora escusavam de nos tratar por tótós - esses estão pelas direcções gerais, administrações de empresas, secretarias de estado, ministérios...)
Depois de saber da notícia que agentes da ASAE andam a fazer treinos paramilitares decidi, como medida preventiva de segurança nomear a minha casa como zona
ZLASAE : ZONA LIVRE DA ASAE .
Aqui cozinha-se com colher de pau, comemos azeite do lagar, bebemos ginjinha de proveniências duvidosas, há dvd's piratas comprados no mercado do Entroncamento, visto umas Levi's de quinze aerius e uso uso um perfume Lacostel. E quando me apetece sou menino para andar em cuecas dentro da minha casa!
O único fundamentalismo aqui em casa tem a ver com o tabaco: só alguns fumadores excepcionalmente escolhidos e autorizados fumam na sala - o resto vai tudo para a varanda!
João Martins, presidente demissionário do CLUBE DESPORTIVO DE TORRES NOVAS fez hoje na Rádio Local de Torres Novas uma série de acusações graves à lista que se vai aprsentar a eleições. João Martins acusou nomeadamente alguns membros dessa lista de não serem sócios do Clube, embora sem que se saiba como, já tenham cartão do Clube (!) A serem verdade, repito, a serem verdade, estas ilegalidades são o retrato de um assalto que estará a ser feito ao Desportivo - que é património de todos os torrejanos! Gravidade tanto maior já que alguns dos visados, são neste momento figuras proeminentes da Política e Sociedade de Torres Novas. Aguardemos.
Intervenção de José Casanova, Comissão Política do PCP, no funeral de Luiz Pacheco
Um dia, há mais de vinte anos, o Luiz Pacheco dirigiu-se à Sede da Organização Regional de Lisboa do PCP - o CT Vitória, ali na Avenida da Liberdade e disse-me: «Quero inscrever-me no Partido». Confesso que esta intenção militante do Luiz não me surpreendeu por aí além – mas é necessário confessar, também, que, por razões óbvias, ela me deu uma enorme alegria. Começou a preencher a ficha de inscrição, cuidadosamente, lentamente, a meio parou e disse: «Mas ponho uma condição». E pôs a condição: «Quando eu morrer, quero ter um funeral como o do Ary: com a bandeira do Partido e com discurso». Era uma condição razoável, mais do que razoável e, desde logo, assentámos que assim seria. E assim está a ser: como ele quis que fosse. A bandeira vermelha, com a foice e o martelo e a estrela de cinco pontas, lá esteve – e esteve bem - ontem e hoje, na Basílica da Estrela, cobrindo a urna e aqui está, completando a sua missão.
Falta, agora, a segunda parte da condição posta: o discurso – este de muito mais difícil e complexa execução. Quando disse que queria discurso, o Luiz Pacheco, infelizmente, não especificou que tipo de discurso queria. Presumo, no entanto, que ele não estaria a pensar numa desenvolvida e extensa análise à situação política do momento, com as necessárias (e necessariamente contundentes) críticas à política do Governo – fosse ele este que aí temos ou um qualquer gémeo deste nos seus ataques constantes aos direitos dos trabalhadores, à justiça social, aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Por isso, não é esse o discurso que irei fazer.
O meu camarada Luiz Pacheco também não quereria, penso, que o exigido discurso se desenvolvesse em torno da história do PCP e do seu papel na sociedade portuguesa, do seu lugar na primeira fila da luta, sempre - desde os tempos da resistência ao fascismo até aos tempos actuais de resistência a uma política com demasiados cheiros ao antigamente. Nem quereria que eu aqui viesse dizer que ele, Luiz Pacheco, espírito livre e independente, personalidade lúcida e irreverente, Escritor e personalidade singular, soube reconhecer no PCP o partido dos trabalhadores, com tudo o que isso significa, e fez dele o seu partido. Todos os que o conhecem sabem que era assim e muitos amigos dele que aqui estão hoje, ou que nas últimas vinte e quatro horas passaram pela Basílica da Estrela, sabem do orgulho com que o Luiz lhes mostrava o seu cartão de militante - «com as cotas em dia», como fazia questão de sublinhar. E os que não sabem, ficarão a saber agora, por exemplo, da importância que o Luiz Pacheco dava à sua ligação ao Partido, de tal forma que, sempre que mudava de residência, a sua primeira correspondência era para informar os camaradas da sua nova morada; ou, outro exemplo, da importância que dava à leitura regular do Avante! que, a partir de determinada altura, passou a ser quase exclusivamente o seu jornal; ou, outro exemplo ainda, da alegria e da satisfação com que recebia a visita de camaradas e participava nas conversas à volta do petisco. Por isso, não é esse o discurso que irei fazer.
Também não me parece que fosse desejo do Luiz Pacheco – ainda por cima tratando-se de um desejo exigido – que eu viesse aqui dizer que a sua morte é uma enorme perda para a Cultura Portuguesa; que ele é um dos escritores de maior importância do século passado, um estilista notável que marcou impressivamente a Literatura Portuguesa – e justificar tudo isto, lembrando «Comunidade», «O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor», «Exercícios de Estilo», «Crítica de Circunstância»... enfim, a sua Obra e a sua escrita depurada e segura, ágil e viva, trabalhada, muito trabalhada, exemplar. Por isso, não é esse, também, o discurso que irei fazer.
E a verdade é que, aqui chegado, acho que é altura de terminar este discurso que não chegou a sê-lo.
Para além do que aqui disse, para além de tudo o que aqui não disse – porque ele não quereria que o dissesse - fica a imensa saudade que o Luiz Pacheco deixa em todos nós. Saudade do Amigo. Saudade do Camarada. Saudade do Escritor. Saudade do Luiz Pacheco exactamente como ele era e pelo que ele era. Uma saudade que, de algum modo, podemos ir matando… lendo-o. E, assim, confirmando-o como Amigo, como Camarada, como Escritor com lugar marcado na história da literatura portuguesa. Até amanhã, Luiz Pacheco.
O sr. Ministro da Saúde passou o serão de ontem na RTP a debitar números e a vomitar estatísticas.
Se as contas batem certas na teoria económica da gestão dos recursos, coisa que ainda está por provar, batem todas mal na aplicação à vida concreta de um País, que é feito de Pessoas, que é feito de Gente e vê, dia após dia, o Estado a demitir-se das suas funções.
Abandono, abandono, abandono.
É esta a realidade de um Portugal cada vez mais cinzento e afundado.
"(...)Ódio ao corpo, andam esses a dizer há dois mil anos, como se neste curto lapso de tempo da história do homem só devesse haver fantasmas descarnados. Ódio ao corpo, o teu e o meu, disfarçado em tarefas vis e loas absurdas, cobardias pequeninas. Nada disso é gente e eu gosto de estar com gente (falo de corpos), um enchimento de gente à roda, compacta, onde recebemos e damos, estamos e lutamos, sofremos em comum e gozamos. Onde tudo de nós é ampliado, revigorado, e medido pelo colectivo, pelos outros - espelho e limite, cadeia e espaço imenso, liberdade e nossa conquista."
O Choral Phydellius encerrou agora os 50 anos de vida. Os Ranchos Folclóricos de Riachos e de Torres Novas, portadores de um rigor etnográfico que recusa o Ribatejo marialva do campino do barrete encarnado à moda do SNI, fazem agora os seus 50 anos - curiosamente o Rancho Folclórico de Torres Novas comemora exactamente amanhã os seus 50 anos.
O Cine-Clube de Torres Novas está bem pertinho de fazer também 50 anos.
Passados os anos da Guerra, uma nova geração procurou no movimento associativo a cultura, o saber e o convívio. A Luta ao fascismo e ao obscurantismo passou em muito pelo Associativismo Popular - o que fez da então vila de Torres Novas, um pólo importante de resistência democrática no distrito de Santarém.
Estas associações que comemoram os seus cinquentenários nasceram do amor pela cultura e pelo humanismo nas suas diferentes expressões artísticas - valores que como se sabe não eram propriamente apreciados pelo cavalheiro de Santa Comba Dão.
- Foto da contracapa do LP da II cantata de Natal, gravado na Igreja do Carmo em Torres Novas-
O encerramento das comemorações dos 50 anos do CHORAL PHYDELLIUS de Torres Novas trouxe a triste notícia: José Robert, deixa o Coro que dirigia desde o princípio dos anos 70.
José Robert, sucessor de FERNANDO LOPES GRAÇA no CORO DA ACADEMIA DOS AMADORES DE MÚSICA DE LISBOA ( actuamente Coro Lopes Graça) deu a Torres Novas um valioso contributo cultural. Nesse tempo, em que a Cultura não era servida numa bandeja, nesse tempo em que a cultura não era "produto cultural" para vender, o jovem ROBERT chegou a Torres Novas tendo de imediato provocado uma "revolução cultural" no coro e na comunidade torrejana.
Com a simplicidade e humildade que só os grandes têm.
O Phydellius é hoje uma instituição que alargou a sua área de intervenção para lá das fronteiras do Coro. O Coro adulto, o Coro juvenil, um conservatório de música ( nascido da escola de música por onde tantos jovens torrejanos passaram)... Um trabalho de décadas, que envolveu muita gente mas que teve por trás o profissionalismo do maestro.
Por motivos de doença, conforme afirmou ao O ALMONDA, JOSÉ ROBERT deixará de estar todas as semanas em Torres Novas.
Deixará de ser o maestro do Phydellius.
É seguro que o Coro tem todas as condições para prosseguir o seu valoroso trabalho - mas até aí, na preparação da sua saída ROBERT sai com essa marca.
Mas também é certo Torres Novas vai ter saudades da competência, da humildade e da sobriedade.
Não estivemos na despedida. Porque dos grandes, nunca nos despedimos.
Este caso do senhor da ASAE a fumar no Casino é um fait-divers?
É.
Tem muito pouca importância. Mas é indigno porque este caso é revelador do país que temos: Um Portugal para os que vão ao Casino e um Portugal dos outros.
Se não há um buraco na lei, houve pelo menos a intenção que esse buraco lá estivesse: só assim se compreende a rapidez com que o sr da ASAE argumentou esgrimindo argumentos legais.
Quando no fundo, bastava ter dito o óbvio: a lei entrara em vigor nessa noite, ninguém a cumpriu, estava-se em reveillon e, a partir da manhã do dia 1 de Janeiro não repetiria o gesto.
Simplicidade e humildade.
Mas a mim já ninguém me tira, que no cumprimento da lei, não voltarei à ginginha do Rossio, que o sr do café da esquina vai proibir umas fumaças do povo-léu no SG Ventil...enquanto nos Casinos, os "Senhores" do país vão "legalmente" afogar-se em cigarrilhas e charutos.