CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

19.3.06

19 Março

Publicada por zemanel |

19 de Março, dia de s. José. Dia do Pai, feriado municipal em Santarém. Em Torres Novas faz 156 anos nascia a actriz Virgínia - que hoje pouco diz, mas parece que foi uma diva do teatro português. Nasceu em 1850 e morreu em 1922. Foi uma grande senhora do Teatro, tendo iniciado a sua carreira em 1866, no Teatro do Príncipe Real, com a comédia "Mocidade e Honra". Fez uma curta experiência no género opereta, regressando ao Teatro de D. Maria II, como primeira Dama Dramática.
Foi distinguida em 1902, pela sua brilhante carreira. Casou com o actor Alfredo Ferreira da Silva. Retirou-se da cena em 1906 e, em 1922 foi-lhe prestada homenagem no Teatro S. Carlos. Interpretou muitas peças, que foram outros tantos sucessos
Alías a existência de uma rua em Lisboa, capital de um país onde o resto é paisagem é sintoma disso. O teatro Virgínia dedica hoje a sua programação ao dia da Virgínia. Com bandas, música do Phydellius, um espectáculo, e o filme a ESTRADA de Fellinni- este com o apoio do Cine Clube. Vamos lá a ver se a chuva abranda e aptece sair de casa...Curiosamente há muito pouca informação bibliográfica sobre a actriz Virgínia. Recentemente a Câmara de torres Novas reeditou a Biografia da actriz Virginia da autoria de Faustino Bretes.
Faustino Bretes, foi um trabalhador, republicano anticlerical, típico anarquista do inicio do século xx, autodidacta que viria a dedicar-se também à poesia, ao jornalismo e à escrita. Conta a História, que até ao fim da vida sonhou com uma sociedade "anarca", um socialista utópico do século xx.
"Faustino Bretes (1902-1986)
Este rosto de Torres Novas é recordado como alguém possuidor de uma vasta Cultura. Ao longo da sua vida, foi jornalista, político, escritor, poeta, sindicalista e investigador. Foi um autodidacta com grande interesse por Torres Novas, escrevendo sobre esta cidade em jornais, revistas e livros.
Preocupado com as desigualdades sociais exigiu uma sociedade humana e fraterna. Aos dezassete anos, torna-se correspondente em Torres Novas do diário anarco-sindicalista “A Batalha”, da Confederação Geral do Trabalho. Mais tarde, colabora com outros periódicos (“A Comuna”, do Porto; “Aurora, de Cercal do Alentejo”; “Tiempos Nuevos, de França; “O Rebate” e “Liberdade”, ambos de Lisboa. Colaborou, ainda, na fundação do jornal “A Renascença”. Devido às suas convicções políticas foi perseguido, chegando a estar preso. Da vida desta ilustre personalidade, realça-se ainda o apoio que deu à Escola Comercial e Industrial desde que a ideia germinou."

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