CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

O final da entrevista aborda algumas questões sociais de Torres Novas.
A todas as questões, o Sr. Presidente arranja respostas curtas mas fugidias. Vejamos:
1- Questionado sobre o Plano Municipal do Ambiente, de que ninguém ouve falar há tanto tempo, António Rodrigues chuta para canto e vem falar da possível adesão às Águas do Ribatejo, abandonando uma ideia antiga de privatizar a água. Esqueceu-se de dizer que foi o PCP e a CDU quem combateram essa ideia.
2- Sobre segurança, diz que é um assunto que não o preocupa. Por acaso muitos torrejanos, vítimas da insegurança, já tinham reparado nisso.
3 - Sobre a a acção social, diz que já acompanha a situação social há muito tempo e que nunca falou disso porque "essas coisas não devem ser propagandeadas". Claro que a criação de um Plano Social para o concelho é coisa que não passa pelas cabeças do poder do executivo municipal PS...
4- Sobre a Saúde e o hospital repete a velha teoria do está tudo na mesma. Embora elogie outras forças políticas e entidades pelo trabalho de defesa do hospital de Torres Novas. Realce-se aquilo que António Rodrigues não quer assumir: a Câmara tem estado sempre na defensiva e só tem intervido por força da intervenção de movimentos de cidadãos e pela intervenção a nível autárquico da CDU! Nunca neste processo a Câmara assumiu o papel de liderança que lhe competia!
5- Quanto á cultura fica bem vincada a perspectiva cultural desta Câmara: fazer dos torrejanos espectadores de cultura ou seja meros frequentadores do Virginia, Piscinas, Biblioteca...Uma visão um pouco redutora de cultura não? Quanto ao associativismo e à sua riqueza no concelho afirma laconicamente na entrevista que as "colectividades do concelho, todas elas, recebem periodicamente o nosso apoio." Ficamos sem perceber em que é que se concretiza esse apoio.

Em suma: Esta entrevista é a entrevista de um presidente que fez um mandato muito fraco. Nunca houve na Câmara, uma maioria de um só partido como nstes quatro anos que passaram. Mas destes quatro anos fica um grande vazio. Já não somos capital do empresariado, dos frutos secos etc...até no capítulo das obras, que foi sempre o seu ponto forte, este foi o mandato mais pobre, vazio e cansado. Ficou para amostra a biblioteca e duas pontes. Tantas promessas por cumprir!
António Rodrigues parece nesta entrevista um homem que continua sem abdicar das suas certezas. Mas revela-se um homem cansado, sem projectos, sem imaginação para o futuro de todo o concelho de Torres Novas. Aliás pergunta-se já aqui e agora se o futuro político de António Rodrigues passa por Torres Novas, questão que o próprio deveria assumir frontalmente perante os torrejanos.

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