CANHOTICES

...em Torres Novas, Ribatejo, Portugal. Do lado esquerdo da vida.

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No distrito de Santarém, a luta também já está na rua!
"Duzentos e cinquenta pessoas protestam contra encerramento das urgências em Benavente!

O PCP vai propor a suspensão do processo de reforma das urgências para que sejam estudadas soluções que sirvam melhor os interesses dos utentes. A informação foi avançada ontem à noite pelo líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares. A audição popular juntou mais de 250 pessoas, incluindo médicos, enfermeiros e vários autarcas do distrito de Santarém.
O presidente da Câmara Municipal de Benavente, António Ganhão apelou à participação popular
na luta contra o encerramento dos serviços de urgência e referiu que no caso de Benavente o ministro da Saúde “pode contar com a luta na rua”. O edil aguarda uma nova audiência com a secretária de Estado Adjunta da Saúde Cármen Pignateli que pediu que a autarquia enviasse uma exposição detalhada com os seus argumentos antes de receber os eleitos.
Durante o debate foram apresentados vários exemplos de centros e extensões de saúde que estão sem médico de família no distrito de Santarém. O deputado Bruno Soares considerou que está em marcha uma ofensiva para o encerramento de mais unidades e serviços e para abrir caminho para a expansão dos privados na saúde."
in http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=13987&idSeccao=424&Action=noticia

28.2.07

SONHADORES INATOS

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28.2.07

À SAÚDE!

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Uma cançãozinha para o senhor ministro da saúde...
( com um abraço para o ABRUZOLHOS)

28.2.07

Estamos em luta, pá!

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REUNIÃO DE UTENTES DA SAÚDE SOBRE O ACESSO AOS CUIDADOS PRIORITÁRIOS E A CUIDADOS HOSPITALARES NO MÉDIO TEJO


A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo, reúne com todos os aderentes no dia 1 de Março de 2007 (quinta-feira), pelas 21 horas, na Casa Sindical de Torres Novas, Avenida 8 de Julho, Lote 4 r/c.

O objectivo desta reunião plenária é analisar as condições de acessibilidade a cuidados de saúde na região, face às reorganizações dos centros de saúde e dos serviços hospitalares.

Aos aderentes à Associação de Utentes da Saúde, da qual a actual Comissão se assumiu como Comissão Promotora, serão propostas acções que levem ao reforço da organização dos Utentes e também iniciativas públicas que contribuam para a sensibilização dos responsáveis para a necessidade de mais médicos nos Centros de Saúde e uma reorganização dos Serviços de Urgência, que respeitem as características sócio-demográficas da região e as valências técnicas de cada uma das unidades do Centro Hospitalar.

27.2.07

com o tejo, aqui tão perto, o cantor dos Riachos

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27.2.07

E você?

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você compraria um carro em segunda mão a este sujeito?
Aqui em Torres Novas, há quem confie nele cegamente. Conforme se viu na Assembleia Municipal de ontem.
Alguns já estão safos, mas outros..coitados!...
Devem estar à espera de se afundar com o senhor Campos... alguns com carreiras políticas tão prometedoras, fazem-me pena, vê-los assim a arrastarem-se penosamente.
As urgências dos Hospitais de Torres Novas e de Tomar só não vão tornar-se SUB (serviço de urgência básica) porque as populações, lutando, não o vão permitir.
Aos pequenos aprendizes de política aqui da terra, coitados, o futuro pouco dirá deles ,nem da sua mediocridade nem da sua subserviência!

( já agora parabéns à comissão técnica que inventou o termo SUB. Nunca uma sigla na Saúde foi tão apropriada para qualificar aquilo que realmente significa: uma sub-urgência!)

27.2.07

Uma história de ficção?

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à porta de uma fábrica sempre se distribuíram papéis. Desde que a Liberdade chegou a portugal, naquela madrugada de Abril.

Até a uma certa tarde de fevereiro.

...mas do lado de fora, os papéis chegaram a quem os devia receber.

Viva a Liberdade!

26.2.07

Assembleia Municipal

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Hoje em Torres Novas realiza-se mais uma reunião ordinária da Assembleia Municipal. Embora não esteja na Ordem de Trabalhos, espera-se que alguém se pronuncie sobre a desqualificação das urgências do Hospital Rainha Santa Isabel de Torres Novas. E esperamos que todos continuem a assumir as suas responsabilidades. É bom que a Assembleia Municipal, não se esqueça, que por proposta da CDU, enviou à Comissão Técnica das Urgências uma série de propostas (votadas favoravelmente pelo PS, PSD e CDU) que foram pura e simplesmente ignoradas por essa comissão.
Hoje à noite saberão todos manter a sua posição? Ou cederão cobardemente às pressões que publicamente o ministro anda a fazer?
(Pois é podemos falar da União Soviética, do marxismo-leninismo, etc...
Isso é uma conversa teoricamente agradável que alguns gostam de ter, manter ...Mas o essencial é sabermos quem defende as populações da nossa rua?)

26.2.07

Esclarecimento

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Alguns problemas com a NETCABO têm-me impedido de manter a regularidade desejada. Vou-me servindo de uma net "emprestada" aos bocadinhos...
Em breve espero ter o problema resolvido...

22.2.07

Uma lista negra

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Eis a ilustre lista NEGRA de Salazar e Caetano.

Em nome da memória. Em nome da palavra FUTURO!

1931
O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;
1932
Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;
1934
18 de Janeiro Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal
1935
Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
1937
Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
1938
António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
1939
Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
1940
Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941
Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
1945
Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
1948
António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
1950
Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
1962
António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;
1963
Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;
1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na “fuga-libertação” de Alcoentre, em Junho de 1975;
1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.

( DO BLOG BANDEIRA VERMELHA)

22.2.07

A VER O MUNDO

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Jorge Carreira Maia, chega agora aos blogues de Torrejanos. A VER O MUNDO:
BEM VINDO!
http://www.averomundo-jcm.blogspot.com/

21.2.07

Página Torrejana

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Conheci António Rodrigues, do lado de lá da cabine de som.

Na Rádio Local de Torres Novas, na Página Torrejana, era recorrente, já então, a defesa firme do Hospital de Torres Novas. A voz sempre incisiva e algumas vezes decisiva de António Rodrigues animavam os torrejanos para a sua luta.

Os anos passaram. Quase 20 anos. ( ...como o tempo passa)

o jovem Rodrigues de 1988, que então conheci, é hoje Presidente da Câmara e um destacado dirigente do Partido no governo.

O Hospital de Torres Novas ( juntamente com os outros hospitais do Médio Tejo) vai ser alvo do mais violento ataque que há memória.

Espera-se (?) uma palavra firme e dura de António Rodrigues.

E uma atitude, já agora. Um gesto ao menos?

Para que, enfim, Rodrigues, não tenha que dar razão aos que dizem ( e eu sou um deles) que António Rodrigues seria mais útil a Torres Novas aos microfones da Página Torrejana, naquelas 2 horas de sábado, do que hoje todos os dias à frente dos destinos da autarquia e da distrital socialista.

21.2.07

Carlos Reis

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Em 1863, nesta data nasceu em Torres Novas o pintor Carlos Reis.

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21.2.07

Serviço Público.

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Subitamente, a meio do concurso, sempre bem disposto, a referência a Eugénio de Andrade. Silêncio.
A leitura do " Poema à mãe".
Foi ontem à noite no Um contra Todos, na RTP. Um momento (raro) de serviço público em horário nobre. Autêntico.
Com a responsabilidade de José Carlos Malato.
Poema à Mãe
( Eugénio de Andrade)
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...

Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas c
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."

Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim. .
E deixo-te as rosas...

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19.2.07

do Sérgio Godinho

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Senhor Ministro Correia de Campos,
Nós aqui, no Médio Tejo
Vamos defender o NOSSO DIREITO À SAÚDE!!!
Só há liberdade a sério quando houver


a paz o pão habitação saúde educação


só há liberdade a sério quando houver


liberdade de mudar e decidir


quando pertencer ao povo o que o povo produzir

Urgências Centralizada em Abrantes
A proposta final apresentada ontem pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências confirma o que já se esperava. Na nossa região Abrantes e Santarém ficam dotadas de Serviços de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) enquanto que para os hospitais de Tomar e Torres Novas propõe-se um serviço de Urgência básica.
O relatório refere a "crescente concentração de valências de urgência num pólo" do Centro Hospitalar do Médio Tejo, ou seja em Abrantes.

Esta "revolução" nos Serviços de Urgência a nível nacional deverá ser aprovada pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, dentro de dias.

Fonte do gabinete do ministro da Saúde afirmou ao Correio da Manhã que a decisão do governante "pode aceitar ou não as propostas que constam no relatório final da comissão".
Um trabalho da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Tomar – que avaliou os acessos às Urgências a partir de todos os pontos do País, tendo em conta o estado das estradas, circulando a uma velocidade de 60 quilómetros/hora – constatou que 60 mil indivíduos estão a mais de uma hora de distância de uma Urgência.
O relatório final sobre a Rede das Urgências pode ser lida AQUI.

O assunto é notícia em vários jornais:

Comissão apresenta estudo
Revolução nas urgências
Falta de médicos ameaça a nova rede de urgências

O que é proposto
Nova rede de urgências confia nos transportes

Informação restirada do Site: http://www.otemplario.pt

19.2.07

do JT

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PCP apela aos autarcas e população que se manifestem

O relatório final de reestruturação da rede de serviços de urgências foi conhecido em Janeiro. A proposta continua a ignorar o Centro Hospitalar do Médio Tejo como um todo e prevê a centralização da urgência médico-cirúrgica em Abrantes e a desqualificação das urgências de Torres Novas e Tomar para urgências básicas. As propostas alternativas apresentadas na fase de discussão pública não surtiram qualquer efeito. O PCP veio mostrar-se contra esta decisão e apela às populações afectadas que não se conformem.


A direcção regional do PCP realizou na segunda-feira, dia 12 de Fevereiro, em Torres Novas, uma conferência de imprensa para denunciar a situação que, acredita, irá afectar as populações do Médio Tejo. O médico José Vaz Teixeira esteve acompanhado por Fernanda Duarte e Manuel Ligeiro.
A decisão final, ainda não oficialmente aprovada pelo ministro da Saúde Correia de Campos mantém a proposta inicial de instalar em Abrantes a urgência médico-cirurgica e em Torres Novas e Tomar urgências básicas.
Na prática, as populações que recorrerem aos hospitais de Torres Novas e Tomar terão à sua espera dois médicos, que ainda se desconhece se serão médicos de clínica geral ou especialistas, dois enfermeiros (actualmente a urgência de Torres Novas tem sempre cerca de 38 enfermeiros em serviço) e um auxiliar de acção médica. Ou seja, ficará ao nível de um centro de saúde.
A medida só deverá ser aplicada na prática a partir de Junho, de acordo com palavras do Ministro da Saúde, citadas por Fernanda Duarte, secretária da direcção regional do PCP. Uma boa calendarização, ironizou a representante comunista, uma vez que essa será altura de férias dos portugueses e época de menor atenção a questões essenciais, como é o caso.
Para o PCP, esta proposta é prejudicial para a maioria da população que o Centro Hospitalar serve, inclusive para a população de Abrantes que, se à primeira vista parece sair beneficiada, será muito prejudicada "quando caírem nas urgências os utentes de todo o Médio Tejo".
Na base da crítica a esta proposta, o PCP aponta o facto de se estarem a concentrar os cuidados urgentes numa zona periférica do Médio Tejo e no hospital que, dos três, é o que apresenta piores acessos.
Esta dificuldade de acesso poderá colocar em risco a vida do doente, como escreve o PCP num documento que irá distribuir ainda esta semana pelas populações prejudicadas, uma vez que "66 por cento da população dos 15 concelhos abrangidos terão os cuidados urgentes mais longe e os outros 34 por cento terão filas de espera mais longas".
A mesma força política acredita ainda que o Hospital de Abrantes não tem capacidade para responder à actual procura de cuidados urgentes.
A média de casos que acorrem às três urgências do centro, rondam, actualmente, as 500 urgências por dia. Ou seja, mantendo-se a média, a urgência do hospital de Abrantes terá de ter capacidade de resposta, sozinha, para 500 casos diários de urgência.
Se a justificação para concentrar urgências passa pela necessidade de resolver problemas financeiros, o PCP adianta ainda que esta proposta não só complica a vida dos doentes, como não apresenta qualquer solução para questões financeiras e de gestão do centro.
De acordo com Manuel Ligeiro, ex-administrador hospitalar e membro da direcção regional do PCP, esta é já uma proposta antiga: "É uma proposta de 1998, apenas com nomes diferentes e não é por mero acaso que nunca foi colocada em prática. É irrealista".
Por estas razões e muitas outras, o PCP continua a dizer não a esta proposta e adianta que continuará a lutar para que não entre em vigor.
Para tal, o Partido Comunista apela a toda a população que não se conforme e que se mostre contra esta medida que irá prejudicar os 15 municípios.
O PCP apela especialmente aos autarcas dos municípios visados, que defendam a saúde das populações.
Recorde-se que a proposta inicial do governo PS teve uma fase de discussão pública, durante a qual a Câmara e a Assembleia Municipais de Torres Novas, em unanimidade, se mostraram contra a medida e redigiram uma proposta alternativa que foi enviada ao Ministro da Saúde.
Também outros municípios tiveram posições semelhantes. Acções estas que não surtiram qualquer efeito, uma vez que o governo manteve a proposta inicial, sem ter tido em conta os alertas dos governantes locais.
A proposta do PCP, tal como a dos restantes autarcas locais, passa por considerar o Centro Hospitalar do Médio Tejo, enquanto entidade única, como um Serviço de Urgência Médico-Cirugico, uma vez que preenche todos os requisitos para tal e defende que caiba ao conselho de administração do centro "organizar as urgências de acordo com as valências existentes nas três unidade".
Na base desta proposta está o facto de o PCP reconhecer que nenhum dos três hospitais está, actualmente, capaz de receber o funcionamento de toda a urgência.
A especialidade de oftalmologia, por exemplo, com o serviço de intervenção e serviços complementares, está actualmente sedeada no Hospital de Tomar e o serviço de cardiologia em Torres Novas. A verificar-se a centralização da urgência em Abrantes, terá de se reequipar o hospital, de forma a dar resposta às situações de urgência.
Esta complementaridade desejada pelo PCP será possível, de acordo com Manuel Ligeiro, se houver boa organização das três unidades, nomeadamente ao nível dos transportes e tele-medicina.
O PCP promete não deixar de lutar para evitar que a proposta avance, terminou Fernanda Duarte: "Vamos tomar posições nos órgãos institucionais e alertaremos e incitaremos a população para que se manifeste contra esta medida. Apoiaremos as iniciativas da população, mas gostaríamos de resolver isto antes por negociações".
Inês Vidal


19.2.07

PELA NOSSA SAÚDE!

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Por todo o país cresce o descontaentamento.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo ( que abranje os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes) também está a ser vítima da política deste (des)governo!
As urgências de Tomar e de Torres Novas vão ser esvaziadas para Abrantes - com os desgraçados dos Abrantinos a terem que gramar lá com toda esta gente!!!!!
Está na hora de virmos para a rua!!
Organizemo-nos! Arranjemos faixas pretas! Vamos para as Ruas!
Todos! As povoações servidas por Torres Novas, Tomar e Abrantes não são carneiros ao serviço do desmando do senhor ministro!
O Presidente da Câmara de Valença, do PS, já suspendeu todos os seus cargos nos órgãos nacionais do seu partido...
Saberão todos aqui, fazer o mesmo?
Nós, os torrejanos, servidos pelo novo hospital Rainha Santa Isabel, ainda acreditamos no milagre das Rosas?
Não sejamos ingénuos!
Só quem luta pode vencer!

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Algumas ( apenas algumas) Palavras que gostaria de ter escrito:

" Apenas acrescento que apesar de ter votado "sim", não me apetece bater palmas, porque "vale mais descobrir o silêncio do que vir a saber que não há paraíso". Infelizmente, confirmei que o meu país continua dividido. Entre um Portugal Velho e um Portugal Novo, com o segundo a ter a mania de o poder modernizar à força, repetindo a estúpida cena de uma certa guerra civil, com caceteiros e pingos de cera, quando deveríamos ter sido miguelistas liberais, para que tipos como eu não tivessem que desembarcar no Mindelo.Quase dois séculos depois, basta olhar o mapa e reparar que um Portugal profundo, das ilhas aos distritos do interior Norte e do Minho, foi polarizado pelo propagandismo de certa casta capitaleira, com muitos púlpitos a repeti-lo, e ainda entra em palpitação fundamentalista, contra outros fundamentalismos de sinal contrário, onde todos mentem quando fantasiam numa espécie de luta da vida contra a morte, ou vice-versa.Esperemos que reine o bom senso, sem fantasmas nem preconceitos. Para que uma nova lei se aproxime da vida, não utilizando a tipificação criminal como "grande educador do proletariado", bem como o polícia, o tribunal e a prisão como instrumentos morais. E aqui subscrevo uma frase solta de Alberto Costa, na noite de ontem, para quem, com o "sim", pode haver um melhor combate tanto ao aborto clandestino como ao próprio aborto. Por mim, que fui inequívoco na defesa do "sim", sem embarcar no engodo dos "nins", julgo que chegou agora o tempo do efectivo combate pela vida, antes e depois das dez semanas. Portugal continua por regenerar. "
www.maltez.info

12.2.07

VOTAÇÃO EM TORRES NOVAS

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Torres Novas:

SIM: 64.39% ( +10.23%)
NÃO: 35.61%

Vitória do sim em toda a linha, inclusive na freguesia de Chancelaria. No total concelhio, há uma subida de 3789 votos no SIM. Apenas Assentiz, manteve o voto maioritário no NÃO. Registe-se a espectacular subida em Alcorochel, com uma subida do SIM em 30% -sinal claro de transformações sociológicas, que já se tinham verificado nas autárquicas.
ALCOROCHEL:
1998: Sim =»29.46%
2007: Sim =»59.46%

ASSENTIZ:
1998: Sim =» 30.80%
2007: Sim =»47.59%

BROGUEIRA:
1998: Sim =» 52%
2007: Sim =» 67.46%

CHANCELARIA:
1998: Sim =»36.52%
2007: Sim =»50.68%

LAPAS:
1998: Sim =»63.74%
2007: Sim =»78.02%

OLAIA
1998: Sim =» 61.24%
2007: Sim =» 66.88%

PAÇO
1998: Sim=» 37.39%
2007: Sim=» 55.88%

PARCEIROS IGREJA
1998: Sim =» 53.49%
2007: Sim =» 66.88%

PEDRÓGÃO
1998: Sim =» 42.12%
2007: Sim =» 57.87%

RIACHOS
1998: Sim =» 64.44%
2007: Sim =» 70.19%

RIBEIRA BRANCA:
1998: Sim =» 81.34%
2007: Sim =» 85.28%

SALVADOR
1998: Sim =» 57.47%
2007: Sim =» 60.66%

SANTA MARIA
1998: Sim=» 60.74%
2007: Sim=» 66.85%

SANTIAGO
1998: Sim =» 58.95%
2007: Sim =» 70.44%

S. PEDRO
1998: Sim =» 58.89%
2007: Sim =» 65.89

ZIBREIRA
1998: Sim=» 45.21%
2007: Sim =» 62.44%

MEIA VIA
1998: (NÃO EXISTIA A FREGUESIA)
2007: Sim =» 67.10%

(FONTE: stape)

12.2.07

Sim, vale a pena lutar!

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Vitória da sociedade portuguesa - a sociedade dos homens e das mulheres, todas. De todas as convicções e credos.
É a vitória da tolerância.
Agora que a Assembleia legisle. Rapidamente para respeitar a vontade popular.
Sim, vale a pena lutar.

9.2.07

QUE ESPERAR EM TORRES NOVAS NO DOMINGO?

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Como foi em Torres Novas no referendo de 1998?

No total do concelho, a abstenção foi a grande vencedora: 65.57%
O Sim obteve 54.16% de votantes e o Não 45.84 %.

A nível de freguesias o SIM ganhou em : Brogueira, Lapas, Olaia, Parceiros de Igreja, Riachos, Ribeira Branca, S. Pedro, Salvador, Santiago e santa Maria. O NÂO ganhou em Alcorochel, Assentiz, Chancelaria, Paço, Pedrógão e Zibreira.

A freguesia que deu mais votos ao SIM foi RIBEIRA BRANCA ( 81,34%) dos votos e em Alcorochel 70.54% votaram não.

Entretanto nestes nove anos algumas coisas alteraram-se e poderão surgir melhores resultados para o SIM nalgumas freguesias que foram alterando significativamente as suas tendências de voto da Direita para a Esquerda. E isto porque objectivamente o NÃO está conotado com os sectores mais conservadores da sociedade, estando o SIM a ser apoiado pelos partidos de esquerda. Será isto verdade para o referendo? Domingo saberemos.

Assim poderão ser esperados melhores resultados para o SIM em Alcorochel ( nas últimas autárquicas a CDU ficou a uma unha negra de conquistar a junta); em Assentiz (cuja tendência de voto em todas as eleições desde 1998 se deslocou para o PS); no Paço ( onde PS e CDU, no conjunto, melhoraram as suas votações ); no Pedrógão ( que é actualmente uma junta CDU com o PS a ser a 2ª força, destronando outro bastião tradicional do PSD) e talvez, porque não? na Zibreira. Provavelmente, apenas a Chancelaria manterá o seu voto no NÃO.

Mas tudo isto são apenas OPINIÕES baseadas numa correlação entre a tendencia de voto nos partidos nas últimas eleições e a votação no referendo, mas também que fique claro que esta correlação pode não existir. Só o Domingo revelará se esta nossa curiosidade de cariz "proto-sociológica" existirá ou não.
Para já, o importante é votar. Já agora no... SIM, CLARO!

9.2.07

SIM! ...com a FESTA DA VIDA!

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CARLOS MENDES
http://www.youtube.com/watch?v=AMNascNmBkY

Que venham todos de vontade
Sem se lembrarem de saudade
Venham os novos e os velhos
Mas que nenhum me dê conselhos!

9.2.07

Em Movimento...pelo SIM!

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9.2.07

Vale tudo?

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Acabo de receber, por vários amigos, a notícia: um "blogue do não” usou nas suas páginas uma canção minha, para, em ultima análise, promover os seus pontos de vista em relação ao referendo de Domingo.Para mim, não é um assunto novo. Muitas vezes, canções inteiras foram usadas em contextos ampliados — e muitas vezes amplificados. E muitas outras se apropriaram de frases minhas para dizer — e pensar — outras coisas. Goste ou não goste (e gosto várias vezes) acho que tudo isso faz parte de qualquer acto criativo. Se não o quisesse expor a esse risco, guardava-o na gaveta.Só que há limites, claro. Desde já, neste caso, enganaram-se, não só na intenção, mas no próprio título da canção. Em vez de “Espalhem a notícia” deviam ter posto (e postado) "Chamem a polícia”...A minha canção é uma elegia à qualidade da vida, e à alegria consciente de dar à luz um novo ser. Nada que se pareça com humilhação, falsas promessas de apoio a gravidezes indesejadas, sugestões de trabalho comunitário para substituir penas de prisão e outra pérolas que tais.E sim, sim à vida que a canção exalta e reconhece. Espalhem a notícia.
Sérgio Godinho

9.2.07

Hipocrisia verde - outras verdades inconvenientes

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O senhor que teve mais votos que o sr Bush mas perdeu as eleições - graças ao "indiscutivelmente" democrático método eleitoral do Império- esteve em Lisboa para apresentar a sua face ambiental. Pelos vistos o homem está nomeado para os Óscares, para o Príncipe da astúrias e para o Nobel - é uma espécie de profeta...

Para ouvir o senhor Gore deslocaram-se para Belém ao Museu da Electricidade a nata da sociedade portuguesa. Uma espécie de chá das tias...

Entretanto cá fora, os motoristas arrumaram as bombas: os BM´s, os Mercedes...

(viram lá os clios, os puntos?)

Uma pergunta se faz favor: Qual terá sido o grau de concentração de CO2 naquela zona de Lisboa ontem?



"Ai que horror querido, o planeta 'tá a quecer, tá a ver? ôlhe acelere lá mais um cadito que já tá na hora d'ir a outro coqueteil, tá a vêr? "

9.2.07

Manhã de Novembro,1981 - Cine-Clube Torres Novas

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O Cine-Clube de Torres Novas mantém a sua actividade cultural. Para além da divulgação cinematográfica, às quartas no Virgínia e regularmente em Vila Nova da Barquinha com a colaboração com a Câmara Local. tem apostado também na formação tendo em visto a formação de novos públicos para o cinema. Além disso colabora com as colectividades que lhe solicitem apoio e ainda desenvolve outras actividades como debates públicos, noites de poesia literatura e música...

Isto numa colectividade cuja direcção é essencialmente composta por jovens.

Sábado que vem apresenta mais uma sua curta metragem: É o resultado intenso de uma equipa de jovens - de vários pontos do país- que se juntaram em torno do Cine-Clube de Torres Novas para concretizar um projecto comum revelador do seu amor ao cinema, à arte e à cultura.

Sábado à noite no Teatro Virgínia, em Torres Novas vai ser apresentado a curta metragem:
MANHÃ DE NOVEMBRO, 1981
Estreia nacional da curta-metragem realizada pelo Cine-Clube de Torres Novas.
Quando um acontecimento absorve as nossas memórias, tira-lhes o sentido, desfoca-as, dilui-as. Um único momento bifurca a estrada futura. Até que um dia o passado retorne a casa, em forma de um filme.
Um filme de: Mariana Castro e Sílvio Santana

Uma história de: Sílvio Santana

Com: Ana Fradique e Hugo Gama

Música Colleen

Produção: Nuno Guedelha e Rita de Freitas

ESTÃO TODOS CONVIDADOS: ENTRADAS LIVRES

9.2.07

Dia Sim!

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8.2.07

Tinha quer vir

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Na edição desta semana do JORNAL TORREJANO, José Ricardo Costa não resistiu...e claro, saiu-se com mais um artigo anti-comunista.

Desta vez navega na onda que corre o programa da RTP "Grandes Portugueses" que coloca na mesma moeda Salazar e Álvaro Cunhal.

Mas faz mais: destaca o seu poruguês, o seu estimado Mário Soares.

Este não é francamente um artigo em novidade de JR Costa - era até bem prevísivel que o viesse a escrever.

Mas como a liberdade é um exercício que a todos cabe exercer, gostaria só de referir em relação a este assunto alguns aspectos:

- a história não se faz de opiniões mas de factos.
FACTOS:

- Salazar foi um ditador que se inspirou no fascismo e no corporativismo, foi aliado do nazi fascismo europeu, liderou o país num regime de partido único, criou a lei do condicionamento industrial que atrasou economicamente o país, manipulou eleições, prendeu e matou os seus OPOSITORES, apoiou-se numa polícia política, inventou os tribunais plenários, usou a censura no jornalismo e nas artes em geral, criou prisões políticas, criou o campo de concentração do tarrafal, criou uma guerra colonial, enfim...

- JR Costa - como muitos opinion makers aliás- acha que Cunhal é a outra face desta moeda e que só não foi um ditador porque não conseguiu.



Ora esta opinião é para mim errada - peço desculpa...Vejamos os factos:



-Álvaro Cunhal nasceu numa família burguesa e cedo abraçou o seu ideal: esteve preso, conheceu as piores torturas, conheceu o isolamento total, fugiu para o exílio, liderou um Partido que lutou consistentemente contra a ditadura salazarista, defendeu na sua obra RUMO À VITÓRIA (escrita ainda antes de Abril de 1974) a democracia e o multipartidarismo, o PCP esteve desde a 1ª hora com o MFA em 25 de Abril de 1974, Cunhal foi elogiado por Soares no 1º Maio de 1974 como um herói nacional, o PCP fez parte responsavelmente dos diversos governos provisórios no pós revolução, aceitou os resultados eleitorais para a Assembleia Constituinte e aprovou a Constituição de 1976. O PCP pós 1974 objectivamente entrou no jogo democrático!

- Além disso Cunhal assumiu-se como romancista e artista plástico. De Salazar só se conhece a tacanhez....

Discutimos Factos ou Opiniões?

Dizer que Cunhal e Salazar fazem parte da uma mesma história é legítimo porque vivemos em democracia. Pode-se não gostar do projecto político do PCP e de Cunhal - nem das fotografias da Vida Soviética que JR COSTA refere. Mas misturar Salazar com Cunhal é ostensivamente algo que só serve para uma coisa:

Limpar Salazar, o Salazarismo e os restos que por aí ainda andam...

Notinha final: JR COSTA refere CEAUSESCU como um aliado do PCP e de Álvaro Cunhal. Comete mais um erro histórico grave: Ceausescu foi um aliado do Euro Comunismo ( de Itália e Espanha) de que o PCP se afastou - por via disso nos anos de 1974 a 1976 era uma persona grata para Mário Soares e para o PS. Foi aliás elogiado por Mário Soares com quem teve estreitas relações. Portanto em matéria de alianças...Já para não falar das ligações do PS à CIA.

8.2.07

Sérgio Vilarigues

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Faleceu hoje o militante do PCP Sérgio Vilarigues aos 92 anos. Com uma vida dedicada ao povo Português e à sua libertação, foi um dos fundadores do Tarrafal - que inaugurou em 1936, tendo passado nesse campo de concentração salazarista o período mais duro.

Neste tempo de branqueamento do de Salazar e da sua ditadura, o "canhotices" curva-se perante a memória de mais um herói português desaparecido.

"nenhum de nós anda sozinho/ até os mortos vão ao nosso lado"
Nota do Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português
O Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Português informa, com profunda mágoa e tristeza, do falecimento hoje, dia 8 de Fevereiro, aos 92 anos, de Sérgio Vilarigues, um dos mais destacados dirigentes comunistas em mais de oito décadas e meia de história do PCP, com uma vida dedicada à luta dos trabalhadores e do seu Partido de sempre, pela liberdade, a democracia e o socialismo.Sérgio de Matos Vilarigues, operário salsicheiro, aderiu à Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em 1932 e ao Partido Comunista Português em 1935.Preso em 1934 passou pelas prisões de Peniche e Angra do Heroísmo antes de ser transferido em 1936 para o Campo de Concentração de Tarrafal donde saiu em 1940.Participante destacado na reorganização de 1940/41, Sérgio Vilarigues passou à clandestinidade em 1942 onde se manteve ininterruptamente até Abril de 1974. Eleito para o Comité Central no III Congresso em 1943, foi responsável, entre outras tarefas, pela Organização Regional do Algarve, do Sul do Tejo, do Norte, das Beiras e de Lisboa. Foi responsável directo da imprensa do Partido, em largos períodos entre 1947 e 1972, perfazendo um total de 16 anos. Membro do Secretariado do Comité Central do PCP desde 1947 foi desde o V Congresso sucessivamente reeleito para o Comité Central do PCP, para a Comissão Política e o Secretariado, tendo deixado de pertencer a estes organismos executivos em 1988, quando passou a integrar a Comissão Central de Controlo e Quadros.Sérgio Vilarigues assumiu importantes responsabilidades ao nível dos organismos executivos do Comité Central. Foi responsável pelas relações internacionais do PCP tendo desempenhado tarefas de grande importância e significado histórico de que é exemplo a sua presença na proclamação da independência de Angola em 11 de Novembro de 1975. Na sua condição de resistente antifascista e tarrafalista participou recentemente, a convite do governo de Cabo Verde, nas comemorações que assinalaram os 70 anos da abertura do Campo do Tarrafal.Um dos mais destacados exemplos da resistência ao fascismo, da luta pela liberdade, democracia e transformações revolucionárias de Abril, Sérgio Vilarigues era um exemplo de relacionamento fraterno e profundamente humano, associado a uma inquebrantável combatividade e firmeza na luta política.O Secretariado do Comité Central endereça à família as suas sentidas condolências.

7.2.07

Virgens

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Louçã em Outubro de 2005 parece que se enganou nas contas...Na sua declaração após os resultados das autárquicas afirmou:
""O populismo ganhou algumas batalhas e perdeu uma, em Amarante, por isso, saudamos o povo de Amarante", assinalou Louçã, que admitiu ter saído derrotado nesse seu cavalo de batalha que era a luta contra os que denominou como "candidatos-bandido": Fátima Felgueiras (Felgueiras), Valentim Loureiro (Gondomar), Isaltino Morais (Oeiras) e Avelino Ferreira Torres (Amarante)."
Perante as notícias saídas hoje a público, parece que Louçã se esqueceu de mencionar uma Presidente de Câmara Municipal.
Afinal tanto se gabaram se ser os únicos impolutos na política portuguesa, os mais sérios, os únicos que não tinham autarcas investigados ( o que não é dificil quando se tem uma só Câmara Municipal...) regojizando-se alguns bloquistas com episódios ocorridos com autarcas reconhecidamente sérios e honestos como Sérgio Carrinho na Chamusca e vai-se a ver afinal...agora também vão ter que se agarrar ao argumento da presunção de inocência não é?
Ainda alguém acredita, agora, em virgens puras em casa de meninas? Se se confirmarem as notícias de hoje, poderemos dizer estatístiscamente que TODOS os presidentes de Câmara do Bloco estão indiciados e a ser investigados pela PJ?
Uma coisa digo sem hipocrisias: estas notícias não são boas, não fico satisfeito e são mesmo motivo de apreensão...


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7.2.07

YES!

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7.2.07

José Augusto Paixão : Em movimento pelo SIM

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O Jornal de apoiantes do EM MOVIMENTO PELO SIM conta com o depoimento de várias personalidades de relevo da sociedade portuguesa. Na sua segunda página deparamos com o depoimento do torrejano JOSÉ AUGUSTO PAIXÃO, dirigente cooperativo. Foi com alegria que vimos este torrejano amigo a prestar o seu contributo pelo SIM junto de tantas figuras relevantes do nosso país. José Augusto Paixão, recorde-se, tem um presente e um passado de forte intervenção cívica: Além de ter sido dirigente sindical e de ser dirigente cooperativo, José Augusto Paixão foi autarca na Junta de Freguesia de S. Pedro, é dirigente da LOC - Liga Operária Católica, é membro da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo e membro da Assembleia de Freguesia de S. Pedro ( Torres Novas) eleito como independente na lista da CDU que encabeçou. Com um abraço para o amigo Paixão, eis o seu depoimento pelo Sim:

7.2.07

Álvaro

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" Se todo o aborto é um mal, o aborto clandestino é uma catástrofe"
Álvaro Cunhal, na tese de Licenciatura em 1940

6.2.07

O oportunismo paga-se caro

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O oportunismo paga-se
É evidente que tanto Matilde Sousa Franco como Rosário Carneiro abusam da sua posição de deputadas "independentes" do PS para militarem na oposição à despenalização do aborto, contra a posição oficial do Partido de que são deputadas, com uma visibilidade que nunca teriam se não tivessem essa qualidade.Mas é evidente que isso nunca poderia suceder, se não fosse o oportunismo político do PS (primeiro em 1995, depois em 2005) em integrar no seu grupo parlamentar personalidades ostensivamente de direita, que nada compartilham com o património político e cultural do PS, como é o caso das duas referidas deputadas. O oportunismo político paga-se, cedo ou tarde. E ainda bem!"
Vital Moreira in CAUSA NOSSA:http://causa-nossa.blogspot.com/

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6.2.07

Votar Sim

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Faltam poucos dias. De uma campanha cansativa e por vezes incómoda. Mas que ninguém falte: AGORA SIM!

2.2.07

É Nossa!

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É nossa. Ainda.

Mesmo que quem está nas cadeiras do poder, façam tantas vezes dela letra morta.
É nossa. E será - porque por ela lutaremos.
31 anos depois da sua aprovação - 2 fevereiro 1976!
Está viva a Constituição de Abril!
Com uma palavra de apreço para os constituintes torrejanos: António Rodrigues Canelas, Hilário Teixeira e Pedro Natal da Luz.
" A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independencia nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar os Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno." (do preâmbulo da Constituição aprovada em 1976)

2.2.07

Brindes

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Deu nas notícias na televisão há hora de almoço.

A esquadra da PSP de Torres Novas está mesmo para ser encerrada - salvo qualquer desmentido em contrário....
Depois de tantos, rumores, zuns-zuns e desmentidos, afinal o pior parece confirmar-se. E o pior não é a Cidade ficar à mercê da GNR - é saber se a GNR tem meios sufcientes para proteger as populações do concelho e da cidade simultaneamente...
Estamos a uma hora de Lisboa - mas o interior parece começar aqui,a onda de encerramentos de serviços públicos (saúde, segurança...) começa ao kilómetro 98 da A1...
Mais um brinde socialista para Torres Novas ! Mais um barrete enfiado a António Rodrigues?

2.2.07

Cartoon

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Do Avante! desta semana

2.2.07

DELIBERAÇÃO COMPLETA DA ERC

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Está on line no site da ERC a deliberação 3 -RG-I/2007.


Desculpem lá esta pequena seca...
Conselho Regulador da
Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Deliberação
3/RG-I/2007
Pedido de apreciação de rigor jornalístico da notícia publicada no
Jornal Torrejano, de 3 de Novembro de 2006
Lisboa
24 de Janeiro de 2007
1
Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social
Deliberação 3/RG-I/2007
ASSUNTO: Pedido de apreciação de rigor jornalístico da notícia publicada no Jornal
Torrejano, de 3 de Novembro de 2006.
I. Identificação das partes
1. Em 10 de Novembro de 2006 deu entrada, nesta Entidade, uma “Queixa/Pedido de
esclarecimento” remetida pelo cidadão José Manuel Alves Mota Pereira, contra o
“Jornal Torrejano”, relativa a uma peça publicada por este periódico, em 3 de
Novembro de 2006.
II. A queixa
2. Está em causa uma notícia titulada “Francisco Louçã em Torres Novas: As
dificuldades aumentam, o país está certamente a andar para trás”.
3. No essencial, suscitam-se questões de rigor informativo, designadamente quanto à
utilização de expressões como:
(i) “A Alcaidaria do castelo de Torres Novas encheu-se”, quando não se terá
especificado o número de presentes;
(ii) “Francisco Louçã que é já tido por muitos torrejanos”, quando não se terá
esclarecido quais e quantos os torrejanos em causa.
(iii) “o único que vem explicar o que se passa no país”, quando não se terá
deixado claro se a expressão é da jornalista ou de outros cidadãos.
(iv) “vinda do Líder do Bloco à cidade por diversas vezes nos últimos tempos”,
sem se enumerar, alegadamente, a quantidade de vezes e o lapso temporal em causa.
2
4. O denunciante questiona se, de facto, não estaremos perante “um défice de
objectividade jornalística, tendo a jornalista emitido a sua opinião por via de uma
entidade vaga e abstracta, criada por si e funcionando como o seu alter ego, neste caso
‘os torrejanos’?”
5. Solicita-se que a ERC faça cumprir “os preceitos de objectividade, isenção, rigor e
factualidade jornalística”.
6. Acrescenta que a polémica abrangeu igualmente observações incluídas no seu blog,
às quais a jornalista autora daquele artigo terá dado resposta numa coluna de opinião do
jornal em referência.
III. A posição do denunciado
7. Notificado, ao abrigo do disposto no número do artigo 10º dos Estatutos da ERC,
aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro, o Jornal Torrejano pronunciou-se
nos seguintes termos.
(i) Esclareceu que “[o]s torrejanos sabem, em geral, que a sala da alcaidaria
alberga cerca de 200/230 pessoal” nomeadamente porque “é nela que se realizam
todo o tipo de comícios, sessões, debates, palestras, encontros, festas, sendo um
espaço fisicamente conhecido por torrejanos”.
(ii) Que quando a jornalista coloca a expressão “único que vem explica o que se
passa no país” o faz “entre aspas, exactamente para indicar que não é uma afirmação
sua, mas uma expressão ou tendência que terá constatado no contacto com as
pessoas e os meios políticos em que se move no exercício da sua profissão.”
Defende que se trata de “um traço de reportagem, uma nota expressiva, com algum
grau de subjectividade, é certo, mas nenhum género jornalístico (nem uma simples
notícia) é quimicamente ‘puro’, como se sabe”.
3
(iii) Relativamente à questão das visitas de Francisco Louçã, o jornal questiona se
deveria ter sido elaborado “um relatório de visitas do líder bloquista”.
Acrescentando que considera tratar-se “de uma questão verdadeiramente absurda”.
8. Para além da resposta às alegações do denunciante, o Jornal acrescenta que:
(iv) Se é certo que o partido de que o alegado queixoso é dirigente concelhio,
sempre foi historicamente uma força política com um peso eleitoral significativo em
Torres Novas, “[a]contece que nas últimas eleições legislativas o Bloco de Esquerda
ultrapassou o PCP/CDU, colocando-se como terceira força política no concelho”.
Segundo o mesmo, os “9 por cento de votos no BE não serão uma votação residual”,
“daí o incómodo para os militantes e simpatizantes comunistas do concelho, questão
que nos ultrapassa completamente”.
(v) Por várias vezes publicou textos do denunciante e que, caso tivesse sido
solicitado, nunca lhe seria negado qualquer esclarecimento. Sendo certo que seria
escusada uma apreciação de um conjunto de questões “que parece remeter,
simplesmente, para um ressentimento de uma força política contra outra”.
IV. A competência da ERC
9. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social é competente para apreciar a
matéria em discussão, nos termos do preceituado na alínea c) do artigo 7.º dos seus
Estatutos, aprovados pela Lei n.º 53/2005, de 8 de Novembro (de ora em diante
“EstERC), que dispõe que “[c]onstituem objectivos da regulação do sector da
comunicação social a prosseguir pela ERC (…) [a]ssegurar que a informação fornecida
pelos prestadores de serviços de natureza editorial se pauta por critérios de exigência e
rigor jornalísticos, efectivando a responsabilidade editorial perante o público em geral
do que se encontram sujeitos à sua jurisdição, caso se mostrem violados os princípios e
regras legais aplicáveis.”, bem como do preceituado na alínea a) do número 3 do artigo
24.º do mesmo diploma que prevê que “[c]ompete, designadamente, ao conselho
regulador no exercício de funções de regulação e de supervisão (…) [f]azer respeitar os
4
princípios e limites aos conteúdos difundidos pelas entidades que prosseguem
actividades de comunicação social, designadamente em matéria de rigor informativo e
de protecção dos direitos, liberdades e garantias”.
V. O direito aplicável
10. Está em causa o respeito pelo dever de rigor informativo, previsto no artigo 3º da
Lei de Imprensa, que dispõe que “[a] liberdade de imprensa tem como únicos limites os
que decorrem da Constituição e da lei, de forma a salvaguardar o rigor e a objectividade
da informação, a garantir os direitos ao bom nome, à reserva da intimidade da vida
privada, à imagem e à palavra dos cidadãos e a defender o interesse público e a ordem
democrática”.
VI. Análise
11. A peça em causa é uma reportagem da cobertura da deslocação do líder do Bloco de
Esquerda, (doravante BE) a Torres Novas, assinada por uma jornalista que acompanhou
essa visita. Trata-se de uma peça na qual a autora para além do relato de factos e da
citação de palavras do líder do BE introduz elementos de valorização das suas palavras
através de expressões como “(...) Constatados este factos, Francisco Louçã não hesita na
resposta a dar a José Sócrates”, “Quanto à questão do aborto, o líder do BE lembrou que
o que está em causa (...)”, “Louçã foi mais longe (...) ou “E assim, Loução explicou
(...)”.
12. Para além disso, a peça insere em discurso directo, com aspas, a frase “Francisco
Louçã [que] é já tido por muitos torrejanos como o único que vem explicar o que se
passa no país”. sem a atribuir a qualquer fonte.
13. Trata-se, pois, de saber se as práticas usadas na peça em análise constituem ou não
quebra do rigor informativo.
5
14. A reportagem é um género jornalístico que possui uma estrutura organizativa mais
flexível do que uma peça estritamente noticiosa. Numa reportagem é reconhecida ao
jornalista uma margem considerável de interpretação dos factos, isto é, a fronteira entre
informação, interpretação e opinião não é tão rígida. Assim, relativamente às citações
supra citadas, atendendo ao contexto em que surgem considera-se que elas se integram
no tipo de afirmações que não excedem a margem de interpretação própria de uma
reportagem, não obstante nos casos citados no ponto 11 supra devesse ser mantido um
maior distanciamento face ao protagonista da peça.
15. Já no que se refere ao uso de uma citação em discurso directo sem atribuição de
fonte, ao contrário do que alega o jornal, constitui um desvio aos cânones tradicionais
do rigor jornalístico. Ora, tratando-se de uma reportagem nada impediria a autora de
assumir como sua a interpretação quanto à lotação da sala que acolheu o acontecimento
relatado, sem necessitar de a atribuir a terceiros que depois não identifica. Contudo,
noutras partes do mesmo texto as citações dos protagonistas da reportagem encontramse
devidamente atribuídas.
16. Perante o exposto, pode concluir-se, em síntese, que no texto em análise:
- Não foi ultrapassada a fronteira que numa reportagem separa informação e
interpretação;
- Não foi, por conseguinte, posto em causa o rigor informativo.
VII. Deliberação
Tendo apreciado uma queixa de José Manuel Alves Mota Pereira contra o Jornal
Torrejano, por alegada falta de rigor informativo na notícia titulada “Francisco Louça
em Torres Novas: As dificuldades aumentam, o país está certamente a andar para trás”,
publicada na edição de 3 de Novembro de 2006, o Conselho Regulador da ERC, no
6
exercício das competências previstas na alínea a) do número 3 do artigo 24.º dos seus
estatutos, delibera proceder ao arquivamento do processo.
Lisboa, 24 de Janeiro de 2007
O Conselho Regulador da ERC
José Alberto de Azeredo Lopes
Elísio Cabral de Oliveira
Luís Gonçalves da Silva
Maria Estrela Serrano
Rui Assis Ferreira

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